Editorial: Crivella e FERJ estão errados, mais uma vez

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© Divulgação/Governo do Rio de Janeiro

O futebol voltou. Não era o ideal mas ele voltou. Voltou antes do tempo, voltou de forma apressada, desesperada, sem o menor sinal de que era possível entender o motivo de tanta pressa. No mundo todo, a maioria dos campeonatos ainda estão parados. As ligas que voltaram foram em países onde a curva da Covid diminuiu consideravelmente. Não é o caso do Brasil que registra ainda mil mortes diárias. A cidade do Rio apesar do isolamento social não ter dado certo dá sinais de alguma melhora, ainda não suficiente para uma volta ao futebol.

O prefeito Marcelo Crivella que até estava indo bem e se mostrando presente no meio da Covid fez tudo errado depois da famigerada reunião com o presidente Jair Bolsonaro e com os presidentes dos clubes, especialmente o Flamengo, o mais sedento pela volta ao futebol.

De forma equivocada, Crivella autorizou, desautorizou e autorizou de novo o futebol. E agora, sem nenhuma explicação técnica liberou um terço do público para ver os jogos.

Medida apressada, sem nenhuma explicação que convença. A explicação não é técnica. É eminentemente política. Crivella rasteja pelo apoio do presidente Bolsonaro.

Postura ainda mais servil tem os clubes diante da FERJ com o presidente Rubens Lopes que acha que seu cargo é vitalício. No poder desde a morte de Eduardo Vianna, o famoso Caixa D’água, Lopes acha que é dono do futebol carioca e sequer abre espaço para sair do poder que é muito conveniente para si.

Paulo Autuori estava certo. A FERJ continua é um feudo, não há democracia, diversidade de visões. Atrasa o futebol carioca e Brasileiro em todos os sentidos. Rubens Lopes precisa sair de lá imediatamente. O problema é que como um pastor, ele tem nos clubes pequenos, suas ovelhas. E uma parte da imprensa, que o apoia cegamente.

Mais uma vez o jogo de interesses joga contra a população e contra o futebol.

E eles estão errados, mais uma vez

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