quarta-feira, maio 8, 2024

Mulher sofre assédio sexual dentro do metrô, na Glória

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Um homem ejaculou na calça de uma passageira, dentro da estação de metrô da Glória, na última sexta-feira (26), por volta de 9h30 da manhã.

A vítima Gabriele Passos, contou que não havia percebido o assédio, estava lotada e que decidiu sair da estação para pegar outro meio de transporte e chegar ao trabalho, mas que havia um tumulto no local.

“No dia do ocorrido houve um acesso indevido na linha e chegamos a ficar cerca de meia hora parados na Praça Onze. Depois da Central começaram os avisos sonoros de que o metrô não iria passar da estação da Glória e que o desembarque era obrigatório”, contou ao Jornal O Dia.

“Quando eu desembarquei estava muito tumulto, muito empurra-empurra. Eu tentava chegar na roleta e estava muito cheio, não tinha como saber quem estava atrás de mim. Enquanto eu fui andando senti algo na minha calça. Eu não quis acreditar no que estava acontecendo, pensei que algo havia entornado, mas não quis acreditar e não fiz nada. Eu fui julgada por isso, por não ter reagido”.

O crime de importunação sexual é definido pela Lei n. 13.718/18 e é caracterizado pelo ato libidinoso (sexual) na presença de alguém de forma não consensual com o objetivo de “satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro”. Ou seja, a masturbação em público.

O assédio sofrido por mulheres em meios de transporte coletivo é um dos casos mais comuns, mas também enquadra ações como beijos forçados e passar a mão no corpo de outras pessoas sem permissão. O infrator pode ser punido com prisão de um a cinco anos.

Gabryelle conseguiu sair da estação e só do lado de fora notou que a calça estava suja. A jovem explica que ligou para a mãe e que chegou a cogitar não denunciar o assédio.

“Comecei a chorar, liguei pra minha mãe, mas não tive nenhuma reação como ir no metrô procurar ajuda ou a polícia. Eu só consegui chamar um Uber e ir embora. Eu sempre vejo essas histórias e nunca dá em nada então, não pensei em fazer alguma coisa. Fiquei me sentindo suja, tomei banho e ainda me sentia assim. Dá uma sensação de medo, de desespero” disse.

Ela registrou um boletim de ocorrência e disse que o metrô entrou em contato com ela para verificar quem seria o autor do crime.

Procurada pela GAZETA, a Polícia Civil informou que a 9ª DP (Catete) investiga o caso.

Também procurada pela Gazeta, a assessoria do Metrô Rio informou na íntegra:

“O MetrôRio repudia este tipo de violência em todas as suas formas e se solidariza com a vítima. Imediatamente quando soube do ocorrido, o que se deu após o contato dela no nosso canal de atendimento 0800 e nas redes sociais, a concessionária destacou uma profissional para ligar para a passageira, para pedir desculpa e solicitar mais informações para ajudar na localização das imagens das câmeras de monitoramento da estação.

A empresa orientou a vítima a fazer o registro de ocorrência e reforçou que dará todo apoio necessário às autoridades policiais na investigação. O MetrôRio sempre destaca nas suas campanhas que a vítima pode pedir ajuda aos funcionários da estação ou ainda acionar o botão de segurança dentro dos trens.”

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