Artigo: Depois da porta arrombada 

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Por Rafael Dall’Orto, Engenheiro Ambiental da empresa Henvix

Quando as cheias de todo o ano, com chuvas já esperadas, viram uma notícia da qual já se sabia 

Pelo menos desde o dia 14 de janeiro, diversas regiões do Brasil estão vendo e vivendo casas desabarem, ruas comuns que viram ‘rios’, vidas, famílias e conquistas destruídas. Pode parecer que escrevo um artigo sobre 2011 ou 2014, talvez 2022. Mas estamos em janeiro de 2024. Não se pode dizer que é um imprevisto. A força da natureza dá sinais muito claros durante o primeiro mês do ano. Há décadas isso acontece.

O estado do Rio de Janeiro sofreu com muitos estragos, em especial na zona Norte da capital e na Baixada Fluminense, já na Bahia, por exemplo, Ilhéus e Vitória da Conquista também tiveram muitos problemas. E a previsão é de mais chuvas. 

Todas essas mazelas revisitam a população, a cada ano, uma pergunta inevitável, especialmente vinda de quem trabalha com a contenção de desastres naturais, prevenção, incentivo ao meio ambiente saudável ou quem vive os problemas: por que não agir nas épocas de estiagem? 

O Rio de Janeiro teve especialmente nas áreas de encontros de rios de esgoto como o Pavuna, morte, enxurradas, destruição, as pessoas ficaram presas na Avenida Brasil, a mais funcionais da cidade que liga bairros, regiões, acessos para cidade e se interliga a vias expressas muito importantes como as linhas Vermelha e Amarela.  

Solução 

Não que se vá resolver tudo do dia para a noite, mas o monitoramento por gestores ambientais é importante. Estruturas de profissionais, maquinários, projetos de ação, em tempos de estiagem que permitam criar alternativas de escoamento, bem próximo ou nesses rios e fazer obras, que são muito urgentes.

Outra medida ideal é desocupar casas em áreas de risco, claro, oferecendo nova moradia às pessoas. Longe da enxurrada, dos fios elétricos que caem na água, já que vivendo com dignidade, essas pessoas não serão viverão fatalidades como as que vimos este ano.  

Os plantios, como uma espécie de rede ambiental perto das encostas e beiras desses rios também são uma forma de prevenção, já que elas interferem muito para o bem daquelas áreas. Talvez projetos educativos de comunidade em comunidade mais amplos, que além de ensinar ou relembrar que não se deve jogar lixo nos rios. É preciso plantar mais e derrubar menos árvores, criar hortas comunitárias em lugares limpos e conservados até pela própria população que deve ter o apoio governamental com o insumo (sementes, mudas) para hortas comunitárias e a coleta d elixo, mesmo que em caçambas.

Hortas são uma boa alternativa de mostrar como são fundamentais as plantas, o meio ambiente e a limpeza para a nossa vida. Muitos projetos na Inglaterra deram certo, com pessoas trabalhando. Nós também podemos. 

Agir é agora, não dá para esperar o próximo ano. É iniciar projetos e aproveitar a estiagem que chega em setembro, geralmente. Para que 2025 seja, pelo menos, melhor.

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