EDITORIAL: Paes novamente não assume seus B.Os e “afina” para Bolsonaro

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Eduardo Paes é o típico político pragmático. Nunca consegue dar uma opinião concreta sobre nada e sobre ninguém. Não consegue dizer em palavras o que pensa sobre determinadas pessoas e assuntos porque sempre alegava que as relações políticas estavam acima do pessoal e que isso era pro bem do Rio.


Mas no caso de uma pandemia é diferente. A motociata promovida pelo presidente Jair Bolsonaro foi um espetáculo de irresponsabilidade e de contaminação da Covid, longe de ser controlada na cidade, ainda mais com a variante presente. E ainda mais numa gestão errática na pandemia.

O prefeito do Rio, eleito, diga se de passagem, por exclusão, já que perdeu até para as abstenções, perdeu uma grande oportunidade de ficar quieto quando disse que Bolsonaro era a maior autoridade do país e que o povo é quem deveria multa-lo e não ele. Ué, mas quem multa é o prefeito, a responsabilidade é dele. Responsabilidade que faltou, quando foi flagrado numa roda de samba, bebendo chopp e cantando de forma desafinada achando que a vida tá uma beleza.

A questão é: qual a obrigação moral de um prefeito, seja ele qual for? Multar, punir quem promove aglomeração. Bolsonaro deveria ter sido punido. Mais, uma declaração pública do prefeito sobre o absurdo de domingo. Pior, seu silêncio imperou. Seu silêncio barulhento imperou.

Curioso, que a prefeitura não age da mesma forma quando pode se possível punir a população pobre com seu choque de ordem, quando pune pessoas pobres que aglomeram por estar em festas e etc, chamou as pessoas de irresponsáveis e tudo.

Age como um leão contra a população pobre mas afina perante as autoridades como o presidente Bolsonaro.

Essa é a mesma prefeitura que tá demolindo casas e mandando moradores saírem do Cesarão, a mesma prefeitura que com seu choque de ordem desemprega pessoas e não as permite trabalhar no pior momento da pandemia, mas com as autoridades e com os ricos as coisas são diferentes né?

A irresponsabilidade de Bolsonaro só agradou a seu eleitorado, mas pesa numa cidade que tá longe de acabar com a Covid.

A declaração de Paes mostra que mais uma vez ele age como um prefeito que não assume o que pensa, não assume seus B.Os, usando a linguagem do BBB, não sai de cima do muro.

Ainda que se possa sim pensar de forma pragmática, Eduardo Paes não poderia se omitir diante da situação da cidade e da Covid no país e no mundo.

Paes novamente afinou, como sempre fez na época do Lula, da Dilma e do Temer. Só fala pelas costas. Falta agir de forma mais responsável também.

Não só nesse caso, mas na sua terrível gestão também.

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