Antes da condenação, Rennan da Penha negou ligação com o tráfico

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O DJ Rennan da Penha, criador do conhecido Baile da Gaiola, na Comunidade da Vila Cruzeiro no Rio teve a chance de se explicar a respeito das acusações feitas de ligação com o tráfico de drogas e de que seus bailes seriam para promover e financiar o Comando Vermelho, é o que informa o Portal Eu, Rio.

Antes da condenação de seis anos e oito meses em regime fechado, ele declarou que não tem tempo disponível, nem necessidade financeira, de exercer a atividade de “olheiro”, pois realiza em média 15 bailes por semana. Negou que financiasse os bailes, explicando que quem custeia os eventos são os comerciantes, que instalam barracas para venda de bebida. Disse que todos os comerciantes reúnem dinheiro para pagar os músicos e o equipamento de som, e é dessa maneira que ele recebe seus rendimentos pela atividade profissional. Negou que alguma vez já tivesse recebido dinheiro do tráfico de drogas.

Renan negou ter algum acordo com os traficantes no sentido de promovê-los durante os bailes. Negou, também, a realização de bailes clandestinos, isto é, sem a anuência da UPP, declarando que “se quiser estender um pouco o baile os policiais vêm e acabam com o baile.

Página oficial também se manifesta

A página oficial de Rennan da Penha no Facebook também divulgou, na tarde deste domingo, um comunicado assinado por Nilsomaro e um segundo advogado do DJ. O texto diz que o artista “representa a cultura negra da periferia do Rio de Janeiro” e classificou a acusação como “tão estapafúrdia que beira a inocência”. Veja, abaixo, a íntegra do comunicado:

“Prezados,

Na qualidade de advogados do DJ Rennan perante os tribunais superiores, lançamos mão do presente comentário para os seguintes esclarecimentos:

A defesa de Rennan Santos da Silva discorda firmemente da decisão proferida pela segunda instância, que não apenas reverteu a ABSOLVIÇÃO proferida pela juíza que interrogou Rennan e as testemunhas de acusação, mas inclusive impôs pena acima do mínimo legal em desrespeito à primariedade do acusado.

Rennan é acusado pelo MPRJ de ser “olheiro” do tráfico. Tal acusação é tão estapafúrdia que beira a inocência, eis que tal função demandaria discrição. Os bailes de Rennan atraem mais de 25.000 pessoas, sendo a ele absolutamente impossível passar despercebido onde quer que seja.

Rennan da Penha representa a cultura negra da periferia do Rio de Janeiro, é justamente por isso sofre amplo preconceito fora do ambiente onde nasceu e foi criado.”

Uma manifestação para o próximo dia 28 está sendo convocada para protestar contra a condenação de Renan. O evento no Facebook já conta com a confirmação de mais de duas mil pessoas.

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