Um documento do COAF mostra que o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro recebeu diversos depósitos com valores totais de 96 mil reais no intervalo de um mês, em 2017.
Essa movimentação chamou a atenção do COAF.
A TV Globo deu a informação no Jornal Nacional
O documento traz informações sobre movimentações financeiras de Flávio Bolsonaro entre junho e julho de 2017. São 48 depósitos em espécie na conta do senador eleito, concentrados no autoatendimento da agência bancária que fica dentro da Assembleia Legistativa do Rio (Alerj), e sempre no mesmo valor: R$ 2 mil.
Os depósitos foram feitos em cinco dias:
- 9 de junho de 2017: 10 depósitos no intervalo de 5 minutos, entre 11h02 e 11h07;
15 de junho de 2017: mais 5 depósitos, feitos em 2 minutos, das 16h58 às 17h;
27 de junho de 2017: outros 10 depósitos, em 3 minutos, das 12h21 às 12h24;
28 de junho de 2017: mais 8 depósitos, em 4 minutos, entre 10h52 e 10h56;
13 de julho de 2017: 15 depósitos, em 6 minutos.
O Coaf diz que não foi possível identificar quem fez os depósitos. O relatório afirma que o fato de terem sido feitos de forma fracionada desperta suspeita de ocultação da origem do dinheiro. Classificam ainda que o tipo de ocorrência pode ter havido com base numa circular do Banco Central que trata da lavagem de dinheiro.
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Pedro Augusto da TUPI movimentou 4,1 milhões de forma atípica, segundo COAF.
A realização de operações que por sua habitualidade, valor e forma configuram artifício para burla da identificação dos responsáveis ou dos beneficiários finais.
Na Rede Record, o senador em entrevista ao Jornal da Record, negou todas as informações