96% das empresas realizam campanhas para fomentar programas de diversidade e inclusão

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Estudo realizado pela startup Blend Edu junto a 117 companhias identifica outras 10 práticas mais recorrentes para estimular a temática no mercado corporativo

A “Pesquisa Benchmarking: Panorama das Estratégias de Diversidade no Brasil 2022”, de autoria da Blend Edu, levantou as 11 ações mais recorrentes nos programas internos de diversidade e inclusão.

Segundo o estudo, realizado com 117 corporações nacionais de diferentes portes e áreas de atuação, 95,9% delas realizam campanhas e ações de comunicação para potencializar a comunicação inclusiva interna e externamente. Já 90,4% das empresas pesquisadas afirmam organizar eventos para promover a temática. A lista completa segue abaixo.

Thalita Gelenske

De acordo com Thalita Gelenske, fundadora e CEO da Blend Edu, as duas ações em destaque (campanhas e eventos) já eram as mais recorrentes desde a primeira edição da pesquisa aplicada em 2020. A boa notícia é o avanço na utilização de dados e monitoramento de indicadores. Subiu para 78% a quantidade de corporações que realizam pesquisas de censo de diversidade (crescimento de 10% em relação a 2020) e para 76% as que monitoram continuamente indicadores (alta de 8% em relação à edição anterior). “Isso nos leva a perceber que, gradativamente, as companhias têm investido mais no levantamento e monitoramento de dados, acompanhando a evolução das ações do programa de diversidade”, avalia.


No estudo também foi observado um aumento expressivo no número de organizações que têm canais de denúncias com recorte de D&I. Em 2022, o índice atingiu 86%, ao passo que estava em 70% na edição anterior. Para a empreendedora, esse fato mostra a tendência do mercado corporativo olhar cada vez mais para a pauta de compliance antidiscriminatório.

Outro ponto de destaque é o avanço no percentual de empresas que afirmam possuir grupos de afinidade. Enquanto somente 70% diziam ter esse tipo de iniciativa em 2020, na nova edição o indicador é de 89%. De acordo com Thalita, os grupos de afinidade e coletivos de diversidade podem ser aliados valiosos, desde que a empresa entenda o seu papel consultivo e diretivo. “Por isso, é fundamental que as empresas evitem terceirizar a responsabilidade de gestão da diversidade às pessoas participantes destes grupos”, completa.

A pesquisa também coletou que os programas de treinamento registraram um aumento de cinco pontos percentuais entre a edição de 2020 e 2022, com o indicador saltando de 75% para 80%. No mesmo período, os treinamentos direcionados para lideranças registraram crescimento de dois pontos percentuais, passando de 70% para 72%.

Por outro lado, houve uma redução de cinco pontos percentuais no número de corporações que afirmam realizar ações de atração e recrutamento de talentos diversos, com o índice caindo de 80% (2020) para 75% (2022). Apesar do percentual continuar em patamar alto, Thalita comenta que tendo como suporte os demais indicadores da pesquisa, a hipótese é de que as empresas estejam ampliando o investimento na criação de estrutura interna para serem mais assertivas nas contratações, assim como nas bases para uma cultura inclusiva. “Tais ações possibilitam uma maior taxa de retenção desses novos talentos. Acredito que esse cenário explica essa queda, até porque existem estudos que apontam uma alta rotatividade de pessoas, quando não existe um ambiente que proporcione o senso de pertencimento e desenvolvimento de carreira aos grupos minorizados”, conclui.

Metodologia da pesquisa


O estudo desenvolvido pela Blend Edu foi realizado a partir dos dados de inscrição das empresas para o Prêmio Diversidade Em Prática, que buscou mapear e reconhecer os cases mais inovadores do ambiente corporativo na área em 2022. A pesquisa completa pode ser baixada gratuitamente neste link.

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