Cemitério Maldito, por Daniel Mattoso

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Daniel Mattoso

O terror e remake andam juntos. As franquias de terror tendem a pegar uma ideia e multiplica-las em diversos filmes na qual se copia o elemento central e mudam-se os personagens, quer dizer, as vítimas. É super normal um conceito de filmes com partes 5, 6, etc. O conceito está estabelecido e o ideal é apenas realizar continuações para gerar mais lucro ao estúdio ou aos novos detentores daquela marca. E quando um filme fica muito ‘velho’ para as novas gerações dá-lhe se remake.

Tivemos remakes recentes de “It” (ótimo), “Sexta Feira 13” (regular), “A Hora do Pesadelo” (regular), “Carrie, a Estranha” (muito bom, com Julianne Moore) e “O Massacre da Serra Elétrica”. Chega ainda esse ano, “Brinquedo Assassino”.

“Cemitério Maldito” é mais um dessa lista. Com apenas dois filmes realizados, a obra de Stephen King é um clássico absoluto. A trama é bem peculiar. Uma família, enterra seu gato sem vida em um cemitério de animais e se surpreende com o retorno do felino. Por ser um filme de terror, o gato volta feroz, malvado. E com aquela informação, qual pai (ou mãe) que não enterraria o filho morto, podendo estar com ele mais uma vez?

Nesta nova versão o filho morto é trocado do pequeno Cage para a pré adolescente Ellie. E essa troca foi a maior surpresa do longa, pois a cena do acidente com o caminhão, é muito semelhante à trama inicial. Quando o pai, vivido pelo ótimo Jason Clarke abraça o filho, salvando daquele destino horrível, a plateia é surpreendida pelo destino fatal da filha. E horas depois do enterro, o pai decide enterrar a filha no mesmo cemitério.

O filme nos trás cenas de susto, mas o primeiro ato é um pouco arrastado. Depois da morte do gato, o filme até avança, mas perde muito tempo com traumas e visões do passado. Essa versão aborda alguns lances muito bem escolhidos, justamente pela escolha eficiente dos atores, e pelo final inédito da primeira versão. Boa opção, para aqueles que desejam ver algo diferente do original.

Nota 8.0

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