O presidente Jair Bolsonaro exonerou hoje (8) o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, e anunciou o professor Abraham Weintraub para o cargo.
Nos dois meses e meio à frente do Ministério da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez afirmou que queria mudar os livros didáticos para revisar a maneira que é tratada a ditadura militar e o golpe de 1964, mexeu na pasta demitindo o secretário-executivo, depois trocou os substitutos e mexeu na presidência do INEP, pediu que escolas filmassem alunos cantando o Hino Nacional e depois enviassem o vídeo para o MEC. Voltou atrás.
Disse em entrevista que o brasileiro parece um “canibal” quando viaja ao exterior. Depois, disse ter sido “infeliz” na declaração, defendeu os cursos técnicos e defendeu que as universidades fossem restritas a uma elite intelectual mas que para mudar isso deveria se investir no ensino básico.
Além disso, desde o início da sua gestão, em janeiro, houve pelo menos 14 trocas em cargos importantes no Ministério da Educação.
A demissão de Vélez Rodríguez é a segunda baixa no ministério do governo Jair Bolsonaro.
“Aproveito para agradecer ao Prof. Velez pelos serviços prestados”, disse o presidente no Twitter
Vélez esteve hoje (8) pela manhã no Palácio do Planalto em reunião com o presidente Jair Bolsonaro e deixou o local pela saída privativa, sem falar com a imprensa.
Sobre o novo ministro
“Abraham é doutor, professor universitário e possui ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a pasta”, escreveu Bolsonaro em sua conta no Twitter.
Professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Weintraub é mestre em administração pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Executivo do mercado financeiro, atuou no grupo Votorantim e foi membro do comitê de Trading da BM&FBovespa. Em 2016, coordenou a apresentação de uma proposta alternativa de reforma da previdência social formulada pelos professores da Unifesp. Weintraub atua como secretário-executivo da Casa Civil, sob o comando de Onyx Lorenzoni.