O prefeito do Rio Marcelo Crivella sofre seu terceiro pedido de impeachment na prefeitura.
O advogado Pablo Filipe Soares de Andrade fez a solicitação baseado numa suposta “pedalada fiscal” cometida pela prefeitura na compra de um terreno da Caixa Econômica em 2017 para a construção de unidades do Minha Casa Minha vida, cuja obra ainda não saiu do papel.
A compra teria sido feita sem licitação e não teria passado pela Câmara dos vereadores
O prefeito teria realizado operação de crédito sem autorização da Câmara dos Vereadores, vinculando imposto para a compra do imóvel;
O pedido diz que Crivella bloqueou o pagamento de fornecedores, mas concedeu à Caixa Econômica R$ 10 milhões de crédito tributário; realizou a operação de renúncia de crédito sem previsão na Lei Orçamentária Anual e na Lei de Diretrizes Orçamentárias; violou o Decreto Municipal nº 12090/ 1993 que prevê os casos de compensação e não prevê compensação de créditos vincendos e burlou o cálculo dos índices mínimos a serem aplicados em educação e saúde estabelecidos na Constituição Federal.
Ao O GLOBO, Jorge Felippe (MDB), presidente da Câmara dos Vereadores disse que deve rejeitar o pedido.
— Estou propenso a rejeitar essa primeira denúncia. Numa análise superficial, não vejo como um caso de impeachment do prefeito — disse Felippe.
Em caso de o pedido de impeachment ser acatado, poderá ser votado já nesta terça-feira (2/4).
O apoio a Crivella diminuiu na câmara depois que vereadores ficaram insatisfeitos com o prefeito após acordos supostamente não terem sido cumpridos
Foi votada uma emenda na Lei Orgânica do Município para que caso houvesse impeachment, pudesse ter eleições indiretas. Por um voto, a emenda não passou.
O prefeito nesta quinta conversou com cinco vereadores insatisfeitos e disse a aliados que “Não se reage em meio a fumaça do disparo”
Advogado já defendeu miliciano e teve cargo no governo PMDB
Informações obtidas pelo jornalista Ruben Berta e divulgadas em seu Blog mostram quem é o advogado que pede o afastamento do alcaide do poder.
Pablo Filipe Soares de Andrade já trabalhou para o miliciano Orlando Curicica e já teve cargo no governo Pezão.
Orlando Curicica foi um dos apontados como suspeitos do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em Março do ano passado.
Pablo também trabalhou no governo Pezão através da indicação do então deputado André Lazaroni na presidência da FUNARJ, Fundação de artes do estado do Rio. Em 2018 ganhou o cargo de subsecretário adjunto de planejamento e gestão, onde ficou até o dia 28 de dezembro do ano passado.
André Lazaroni que mesmo não eleito já última eleição ganhou um cargo na diretoria de informática da Alerj tendo pedido exoneração na semana passada.
Confira aqui: https://blogdoberta.com/2019/03/29/impeachment-crivella-pedido-advogado-de-miliciano/
