quinta-feira, maio 9, 2024
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“Não vai ter limite orçamentário para ajudar o RS”, diz ministro Paulo Pimenta

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O governo federal irá montar um escritório permanente em Porto Alegre para acompanhar as operações de socorro ao estado, que vive a maior tragédia de sua história por causa das fortes chuvas.

Os ministros da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, e da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, irão neste sábado para a capital gaúcha.

Em entrevista à TV Brasil, o ministro Paulo Pimenta disse que o escritório funcionará até que todas pessoas sejam resgatadas. Centenas de famílias estão ilhadas em diversas áreas do estado com difícil acesso em razão do alto volume dos rios e o mau tempo e 68 pessoas estão desaparecidas. Mais de 8 mil pessoas já foram resgatadas.

O governo federal já disponibilizou embarcações para os resgates, caminhões, retroescavadeiras para desobstrução das vias. Antenas serão enviadas para o restabelecimento da comunicação e internet. O Ministério da Justiça autorizou a ida de 100 agentes da Força Nacional para apoiar as operações no estado.

“Não vai ter limite orçamentário para que a gente possa dar o apoio necessário para construir cada casa, cada estrada, cada ponte, cada escola, cada unidade de saúde, devolver a dignidade e as condições de trabalho e de segurança para nosso povo”, disse o ministro.

Aeroporto de Porto Alegre suspende voos por tempo indeterminado

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Foto: Agência Brasil

A concessionária que administra o aeroporto de Porto Alegre informou, há pouco, que os pousos e decolagens foram suspensos por tempo indeterminado.

Em nota, a Fraport informou que a medida, que começou a valer às 20h, foi tomada para garantir a segurança de funcionários e passageiros diante do estado de calamidade provocado pelas fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul.

A concessionária também pediu que os passageiros entrem em contato com as companhias aéreas para obter mais informações sobre seus voos.

Até o momento, o Rio Grande do Sul já registrou 39 mortes em decorrência das chuvas que atingem o estado desde o início da semana. Segundo a Defesa Civil, 68 pessoas estão desaparecidas.

Mais de 8 mil pessoas já foram resgatadas pelas forças integradas de segurança e 24 mil estão desalojadas. Até agora, o governo contabiliza 265 municípios afetados, do total de 497 em todo o estado.

Voos
A Latam informou que os voos com destino a Porto Alegre e da capital gaúcha para outras localidades estão cancelados até o meio-dia deste sábado (4). Os voos entre Caxias do Sul (RS) e Passo Fundo (RS) seguem mantidos, mas podem sofrer impactos em função das chuvas. Para os passageiros com voo marcado para domingo (5), a empresa está oferecendo remarcação sem multa ou cobrança de nova tarifa.

A Azul cancelou pousos de decolagens até o meio-dia do próximo domingo (5). A empresa também informou que os passageiros que tiveram voos cancelados receberão mais informações por meio do aplicativo da Azul, WhatsApp, e-mail e pelo site da companhia. Clientes com passagens marcadas para os próximos dias poderão remarcar os voos ou solicitar cancelamento em troca de crédito para viagens futuras.

A Gol cancelou todos as chegadas e partidas até as 23h59 de domingo. A empresa também aceitará remarcações de voos sem taxas adicionais. O valor ficará na forma de crédito para futuros voos. A modalidade vale para chegadas e partidas dos aeroportos de Porto Alegre, Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas, Santo Ângelo e Chapecó (SC).

Exclusivo: Kelida Marques revela previsões preocupantes sobre o show da Madonna e faz alertas

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Exclusivo: Kelida Marques revela previsões preocupantes sobre o show da Madonna e faz alertas
Foto: divulgação

Você viu o Brasil coberto de crisântemo. O que é e quais as perspectivas para o país à luz dessa previsão?

 R: O crisântemo traz muitos significados, um deles pela parte positiva é o renascimento e paz. Mas, por outro lado, ele significa luto, o mais interessante é que essa visão se passou no meio da imprensa e do jornalismo, eram duas visões do Brasil através de seu mapa coberto. Por esse motivo, do lado da luz e sombra da previsão, peço vibrações positivas ao nosso país.

 Quais os cuidados que as pessoas devem ter no show da Madonna?

  R: É sabido no meio espiritualista universal e mundial que a Madonna tem algumas ritualísticas mágicas e ligadas a alguns cultos específicos que nada tem a ver com nossos cultos aqui no Brasil. São algumas ritualísticas ligadas a seitas de pessoas famosas de Los Angeles, é um mundo muito restrito. Dentro dessas ritualísticas existem as especiais que são chamadas de doadoras de energia. O êxtase causado pela música e shows abastece essas egrégoras para trazer mais fama, dinheiro, sucesso e juventude. Outro cantor que recentemente realizou uma grande mudança em sua vida artística para fazer parte deste meio foi Sam Smith. Então os cuidados necessários são: Bebam bastante água, se possível antes e depois do show, façam um banho de rosa branca para equilibrar as energias e não entrem na água de forma alguma.

 Você diz ter visto barcos tombando. Explique mais…

 R: Sim, eu avistei algumas lanchas, na verdade tombando e em uma dessas lanchas estava uma atriz famosa. Não sou uma pessoa ligada ao meio artístico. Minha recomendação é que evitem nos próximos 21 dias passeios ou uso de lanchas.

 Você diz ter visto rios transbordando e que a água era vermelha. Seriam em regiões específicas do Rio de Janeiro ou do Brasil?

  R: Sim, eu vi um Rio no meio de uma cidade transbordando e uma mulher empurrando uma espécie de barco, a água estava acima dos ombros dela, ainda nessa mesma visão, carros estavam em cima de pedras, essa previsão não é para o Rio de Janeiro e sim para algumas cidades. Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Aracaju, Sergipe, Paraná. São Paulo e RJ devem tomar cuidado com fortes ondas de calor e que provocará muitas tempestades isoladas, que podem provocar muitas perdas de bens materiais, incluindo animais.

 O que significa água vermelha nesse caso?

 R: Isso significa muitas emoções e situações intensas que podem provocar tumultos e gerar desconforto ao ser humano. Vejo que essa água vermelha reflete muitos conflitos que colocarão fortes emoções no povo brasileiro.

 A cidade maravilhosa, como é chamada, enfrenta grandes desafios. Qual a sua previsão de maneira bem objetiva para o Rio de Janeiro? 

 R: A partir de Julho deste ano, o Rio poderá sofrer muitas perdas em relação à liberdade de ir e vir. Bem provável que o governo e a prefeitura do RJ sejam prejudicados por planos de terceiros e a população venha a passar até o ano de 2026, muitas limitações sociais.

 Considerações finais?

 R: A previsão feita através da clarividência espontânea, serve para alertar as pessoas de possíveis acontecimentos e com isso o objetivo positivo é fazer com que atitudes de precauções sejam tomadas antes do fato acontecer. Ressalvo que não realizo tiragem de cartas e não faço previsões sobre vida de pessoas famosas, simplesmente, algumas visões me veem e cabe a mim comunicar. Por muito tempo deixei de fazer tais revelações ou mostrar minhas previsões, pois, outros profissionais se apossaram e muitos infelizmente ganharam fama e dinheiro em cima das minhas falas e da fala da espiritualidade. Vide algumas previsões feitas por mim: 

Desencarne do Jô Soares e Rainha Elisabeth. 

Invasão do Palácio do Planalto em Janeiro de 2023.

Túneis subterrâneos sendo utilizados como estratégias de guerras.

Doenças de pele que levaram a feridas sérias e essas feridas e doenças chegaram através da água.

Acredito que a espiritualidade de forma séria pode alertar possíveis acontecimentos para que os rumos sejam mudados de forma positiva.

Sobre:

  Kelida Marques é Psicanalista e Especialista em espiritualidade, ministra palestras e dá diversos cursos. Aos 11 anos, foi iniciada na leitura do baralho cigano por uma cigana de um acampamento local, uma experiência que aprofundou sua conexão com a espiritualidade e moldou seu destino tendo aprendido a ler cartas.

Redes sociais: 

Instagram: Kelidaoficial

Youtube: https://www.youtube.com/@CiganaKelida

Tarô e Saúde Mental: Entendendo a Conexão

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Tarô e Saúde Mental: Entendendo a Conexão
Foto: divulgação

 Por Kelida Marques

Em um mundo cada vez mais acelerado e saturado de informações, encontrar momentos de introspecção e paz interior pode ser um desafio. A saúde mental, um tema outrora envolto em tabus, hoje ocupa o centro das discussões sobre bem-estar, com um crescente reconhecimento da importância de cuidar não apenas do corpo, mas também da mente. Nesse contexto, práticas ancestrais de autoconhecimento, como a leitura de tarô, surgem como valiosas aliadas na busca por equilíbrio e clareza mental.

O Tarô como Espelho da Alma

Longe de ser uma simples ferramenta de adivinhação, o tarô é um espelho reflexivo da jornada humana, oferecendo insights profundos sobre nossos dilemas internos, emoções e desafios. Cada carta é um arquétipo, representando aspectos universais da experiência humana, e sua leitura pode desencadear processos de reflexão que são fundamentais para o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal.

Uma Ponte para o Inconsciente

O tarô atua como uma ponte entre a mente consciente e o inconsciente, permitindo um diálogo mais profundo com partes de nós que frequentemente negligenciamos ou reprimimos. Em um cenário de terapia ou de autocuidado, o tarô pode ajudar a trazer à tona questões subconscientes, facilitando um entendimento mais claro de nossos padrões de pensamento, comportamentos e emoções.

Alívio para Ansiedade e Estresse

Em momentos de ansiedade e estresse, a prática do tarô pode servir como um momento de pausa e reflexão. A concentração necessária para interpretar as cartas ajuda a desacelerar a mente e a focar no presente, uma habilidade valiosa em um mundo que frequentemente nos empurra para a multitarefa e para a preocupação constante com o futuro. Essa pausa pode ser profundamente terapêutica, oferecendo um respiro necessário e a oportunidade de encarar nossas preocupações sob uma nova perspectiva.

Tomada de Decisões e Autocuidado

O tarô pode ser um excelente recurso para a tomada de decisões conscientes, oferecendo insights que nos permitem ponderar diferentes caminhos e possibilidades. Ao invés de ditar um destino, o tarô estimula a reflexão e o questionamento, ferramentas essenciais para quem busca viver de forma mais intencional e alinhada com seus valores e objetivos pessoais.

Complemento, Não Substituto

É crucial entender que o tarô não substitui o tratamento psicológico profissional. Em casos de transtornos mentais ou crises emocionais, a busca por um psicólogo ou psiquiatra qualificado é fundamental. Contudo, como complemento a esses tratamentos, o tarô pode oferecer uma camada adicional de suporte e autoconhecimento, contribuindo para o processo de cura e crescimento pessoal.

A conexão entre tarô e saúde mental é rica e multifacetada, oferecendo um caminho alternativo para aqueles que buscam compreender melhor a si mesmos e navegar pelas complexidades da vida com mais serenidade e consciência. Ao integrar o tarô em práticas de autocuidado e reflexão, podemos abrir novas portas para o bem-estar emocional e mental, reafirmando o valor de olhar para dentro como parte essencial da nossa jornada de cura e auto descoberta.

Sobre:

  Kelida Marques é Psicanalista e Especialista em espiritualidade, ministra palestras e dá diversos cursos. Aos 11 anos, foi iniciada na leitura do baralho cigano por uma cigana de um acampamento local, uma experiência que aprofundou sua conexão com a espiritualidade e moldou seu destino tendo aprendido a ler cartas.

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Youtube: https://www.youtube.com/@CiganaKelida

Mimoso do Sul: A Força do voluntariado

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Por Vera Moll

CIDADE DEVASTADA.
90% DAS CASAS DESTRUIDAS
90% DO COMÉRCIO DESTRUIDO.

Essa é a terrível realidade que assombra Mimoso do Sul, ES. Não teve, porém, força suficiente para sensibilizar o governo federal. Quem a socorreu? O governo estadual, em parte; o município com o esforço desmedido do Prefeito Peter Costa com seu secretários e funcionários em desvantagem na luta perante a catástrofe para atender os todos pedidos de socorro da população. Mais de cem ligações. Em vídeo, ele chora, meu pai, Saul, está na água com seu barco, pede aqueles que possuem a embarcação que ajudem nos salvamentos.

O jovem prefeito de 34 anos, continua se esforçando para fazer frente à tragédia que castigou impiedosamente à cidade. A natureza não possuiu misericórdia em seus impulsos de destruição. Ele, porém, mantém laços de amizade e bom relacionamento com as cidades vizinhas que, comovidas, enviaram os recursos que possuem: suas máquinas e as pessoas para operá-las. Caminhões, escadeiras, retroescavadeiras e patrol para tirar a lama. Doaram alimentos, marmitas pronta. Quase todos os municípios do estado do ES estiveram presente na luta insana para ajudar à população a sobreviver à terrível catástrofe.

Uma dona de casa escreve em letra vermelha SOS VOLUNTÁRIOS. Ela precisa desse maquinário do Mutirão para tirar o barro do seu quintal que tem por volta de 1200m2 e está tomado pela lama à altura do joelho, impossibilitando que se retorne à casa. E por ele passa uma manilha que está destruída e muitas casas da redondeza depende desse fluxo de água. A acredito que a ajuda que ela pede está chegando com esse mutirão. Boa
sorte, amiga.

Só tomei conhecimento da enchente no sábado pela manhã com a mensagem de Idalina, minha irmã. Ao ver os primeiros vídeos colocados na internet, enlouqueci, a cidade, no entanto, estava incomunicável. Em família todos em busca desesperada de notícias. A primeira que recebi, como já detalhei, veio em mensagem do whatsApp de minha sobrinha Marcela, às 20.21 h do sábado. Benditas palavras. Estamos vivos, tia. O que vi no momento inicial foram os vídeos dos voluntários mostrando as ruas transformadas em rios caudalosos levando os carros e cobrindo a praça e o teto de casas nunca antes afetadas por enchentes.

Foram os voluntários da própria cidade ou amigos de localidades próximas que no primeiro momento, colocaram, com coragem e bravura, seus barcos na enxurrada. Foram eles que ajudaram a população a sair de suas casas e as salvar. Depois vieram os de fora, sós ou em maior número, a pé, de ônibus, de carros. Vieram ao ver os vídeos assustadores. Neles os habitantes pediam ajuda sem que fosse preciso pronunciar palavra ou levantar em brados a voz.

A cidade está destruída, casas e muros caíram, pontes caíram, difícil caminhar por ela, em todo canto se encontra obstáculos que impedem a passagem, procurasse outra saída, novos obstáculos, muita poeira. Devastação. Risco de infecções, os ratos são vistos circulando nas ruas, qualquer machucado pode ser a via de contaminação pela leptospirose. Alguns caso já foram relatados. De toda parte chegam os voluntários, muito bem-vindos. A grande Vitória tem enviado cestas básicas, produtos de higiene, absorventes para as mulheres. As universidades estão enviando seus estudantes em 3 / 4 ônibus para limpeza da cidade e das ruas. A Policia Militar mandou um grupo de aprendizes para ajudar.

O Corpo de Bombeiros participa ativamente nas distribuição de água, marmitas e limpeza das casas. Voluntários de várias cidades veem para ajudar onde for necessário. A COLAMISUL cedeu espaços para o Corpo de Bombeiros se reunir e organizar suas atividades. O comércio de Campos se cotizou e fez doações à cidade.

As Forças Armadas estão presentes na cidade. Alguns caminhões do Exército com tração que podem chegar a lugares ultrapassando barreiras intransponíveis para outros veículos. Grupos da cidade de trilheiros e motoqueiros servem de guia para lugares de difícil acesso. Estou vendo em um vídeo que recebi, um grupo de Gipeiros construindo pontes com árvores caídas para levar socorro às comunidades rurais isoladas. Os bancos: Banestes, Banco do Brasil, Sicoob, Sicredi, Cooperativa de crédito, estão montando contêiner para atendimento pessoal. E têm caixa para saque que podem ser feitos nas agências de Muqui. O Detran e a EDP, companhia de energia elétrica, também montaram contêiner de atendimento. Dois supermercados pequenos e três farmácias estão abertos. Coisas básicas, no geral, falta tudo.

Leonardo Cozendey diz que a reconstrução vai ser muito demorada. Dificuldade de linhas de crédito para o comércio que perdeu 90% de sua capacidade de atuação. Para as casas, prédios comerciais, além da dificuldade de capital, não existe mão de obra suficiente ou material para construção. Tudo será feito aos poucos. Ele que mora próximo ao Salão paroquial, localizado em ponto mais alto, a água atingiu o primeiro andar onde fica se escritório. Ele conseguiu salvar os computadores e instrumentos específicos usados no trabalho. Todo o resto foi perdido, mas não atingiu a casa onde reside a família. Assisti o  esforço do pároco em vídeo, em campanha, coordenando e recebendo as doações, falando sobre as necessidade atuais da população. As roupas de vestir recebidas são suficientes, precisa-se de colchões, roupas de cama, água etc. A ressaltar o empenho do deputado federal Evair de Melo. Fez um vídeo mostrando com vagar parte da cidade devastada.

Ajudou com esforço pessoal aos seus habitantes desolados. Nesse momento em que sua participação é apontada, é preciso que seu trabalho se intensifique junto a seus pares na câmara federal. Tia Aylse, mal saída do drama de seu salvamento dramático, já entrou com o pedido de Emendas Parlamentares para a reconstrução da Associação Pestalozzi que ela preside. Sônia Mileipe insiste em emendas parlamentares para direcionar o Programa Minha Casa, Minha Vida na reconstrução de Mimoso. As emendas parlamentares são as verbas destinadas na câmera para o municípios. Lembrem-se, senhores deputados, a situação de Mimoso do Sul é de calamidade pública. Foi declarada como a 3ª maior tragédia ocorrida no país, atrás apenas de Brumadinho e Mariana. Pela sua dimensão cobra a participação efetiva do governo federal que foi consagrado nas urnas e tem compromisso com o povo brasileiro. Os votos foram dados no calor de um Brasil, ainda que dividido, ou até por isso, tomado por intenso sentimento patriótico, a indiferença diante de tão devastadora tragédia fere nossa sensibilidade.

AINDA EXISTE ESPERANÇA

Aqueles que viram de perto o cenário pós enchente, exclamam lamentosamente, Mimoso acabou, Mimoso está destruído. Eu que não presencie o pavoroso cenário de destruição da cidade senão através de vídeos e narrativas, sinto meu coração destroçado, não certamente com o mesmo horror que meus irmãos, que tudo lhes foi e é mostrado frente a seus olhos incrédulos. Deitada na cama à noite fico pensando por horas, Meu Deus, o que nossos avô e nossos pais levaram mais de um século para edificar com seu trabalho, em labuta de dias sem fim, tudo foi reduzido à lama e destroços. Em seu propósito, a boa criação do filhos que seriam cidadãos honestos, educados em colégios como o Monsenhor Elias Tomasi, prédio erguido pela geração de meus pais, doado para o ensino público, onde cursariam o estudo fundamental e, um pouco mais tarde, o Ensino Médio. Alguns com direito a profissão, como o Normal e Contabilidade.

A maioria dos jovens se viu afastada do fantasma do analfabetismo, mas deles muitas não foram poupadas, principalmente mulheres e homens adultos. Como seria se nos víssemos, a essa altura da vida, idosos, sem casa, sem móveis, sem cadeiras para sentar, sem cozinha onde preparar a comida que nos sustenta, sem cama, sem colchão onde descansar o corpo das lidas da vida! Desvalidos! As nossas maiores amigas no serviço da casa como fogão, geladeira, máquina de lavar, todas carregadas ou destroçadas pela enxurrada.

Haveríamos de verter lágrimas de sangue, sem esperança de refazer os bens que construímos, fossem eles da melhor qualidade ou simples e práticos que nos permitisse uma velhice tranquila. A esperança e a fé que levou a construção de nossa amada cidade em lugar agreste, com potencial de servir de guarida e sustento para seus descendentes foi varrida do coração em poucas horas frente a século de trabalho.

A cidade devastada, no dizer da Defesa Civil, não tem mais lugar para a Esperança? Vamos falar primeiro da economia, com a proposição de uma outra ideia, Márcio Fructuoso sugere propor uma isenção fiscal total para o município até 2040, com apenas uma taxa para constituição de um fundo específico para reconstrução da cidade e amparo da população.

Quando estou às voltas com problemas que geram desespero, ou que não sejam de natureza tão terrível, mas enfim problemas que pedem solução, durmo e acordo de madrugada, em geral às 2h e fico pensando por horas fio, e assim foi nessa noite. E o que me ocorreu? A nossa geração também viveu dos sonhos de nossos avôs e pais, parte de nós chegou a universidade que permitiu voos maiores: a medicina, a engenharia, o direito, a pedagogia, a psicologia, a filosofia, as ciências sociais e, mais modernamente, o turismo, a teologia, a informática etc. E ou o ensino técnico com bons empregos na indústria e no comércio. Espero tenhamos dado um passo à frente com a universalização da escola fundamental para jovens e crianças. A longo prazo, Mimoso tem de se reinventar de outra maneira, talvez eu fale isso porque não fui atingida na carne, mas também pelo hábito de criar múltiplas narrativas, algumas lançadas para o futuro. Mimoso tem de construir outros projetos, outros sonhos. Os sobrados de sólida construção, resistentes há anos de ocupação, expostos ao sol, à chuva e às ventanias, poderão ser reformados, mas a cidade perdeu o capital acumulado em séculos, não terá recursos para a reconstrução de sua nobre arquitetura.

Em nome da esperança, as montanhas e morros verdejantes que ladeiam o vale continuam lá incólume, enfeitando e criando um jardim suspenso que poderá embelezar uma nova cidade. E nesse belo panorama natural com que ela terá de contar na sua idealização.

O que me ocorre de início, são projetos culturais, que possam atrair
público e divulgação para a cidade. Darei parcos exemplos, para servir de
inspiração a outros projetos mais factíveis. Penso, há muito tempo, na
criação de um Instituto de Pesquisa Histórica. Em Mimoso e Muqui muitos
se dedicam a essa atividade, mas para ser alavancado, precisa da
participação da prefeitura e do estado, nada que peça recursos
extraordinários. Nele teriam lugar os pesquisadores, cursos ministrados,
debates públicos com participação de intelectuais convidados e uma plateia
com interesse no tema. Sem faltar, claro, as publicações e os prêmios.
Outra ideia que me ocorre é que somos devedores do Cine São José que
nos colocou, eu diria, à uma parte considerável de sua população, como
espectadores do cinema de Hollywood, quando ele produzia bons filmes e,
em menor número, ao melhor que se produzia no mundo e no Brasil.
Talvez um Festival de Cinema, com a exibição paralela do que se produz
no Espírito Santo, vi algumas coisas boas de lá.


Acredito que em nós ficou um gosto pela atuação cênica. Stênio
Garcia é nosso conterrâneo. Esse poderia dar origem a outra atividade com
a participação da esfera pública. Um Festival Nostalgia que recriasse os
costumes usuais dos anos 60 com a programação cinematográfica do Cine
São José: na sexta-feira à noite, sessão para os amantes do cinema, sem
esquecer, por favor, os faroeste. No sábado, sessão Matinê para crianças e
jovens, com filmes de aventura e uma série no final. Delas só me lembro de
Tarzan, o herói da selva. No domingo, às 20 h, a fina diversão para a
sociedade mimosense, com filmes do último lançamento cinematográfico
com as pessoas arrumadas, vestido e salto alto para as mulheres; sapato,
calça e camisa social para os homens. Uma vez terminado a sessão, as
crianças podiam ter direito a um picolé no Jarbas, eu adorava o de coco. O
footing arrefecia na praça, todos seguiam felizes para casa, hora de dormir
para começar amanhã outro dia de trabalho, escola e as intermináveis
tarefas doméstica pra as donas de casa.

A agricultura familiar ou agro negócio, as pesquisas e os
conhecimentos acumulados no setor, podem, a longo prazo, recriar sua
riqueza. As ideias podem ser tolas colocadas no calor do tragédia, mas
estou pensando que a renovação possa acontecer como herança de nosso
patrimônio cultural. Que venham ideias viáveis, projetos, sonhos. São os
sonhos que fazem renascer a esperança no coração dos homens!

Vera Moll é escritora, autora de vários livros, entre eles “Meu adorado Pedro”

A vida depois do tsunami de água e lama

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Por Vera Moll

A maioria absoluta conseguiu salvar sua vida, seu bem mais precioso. Como esse feito se deu? Pela coragem de seus habitantes e convocação de amigos das cidades próximas que trouxeram seus barcos movidos a motor porque só eles podiam vencer o rio caudaloso que agora corria pelas ruas da cidade.
Barcos pequenos sem motor seriam virados pela fúria das águas e barcos muito grande como lanchas destruiriam parte das edificações submersas.

Alguns salvamentos me foram relados ainda no calor da angústia que nos consumia. E farão parte indelével da memória, não porque eu só possa olhar para a parte que me toca, mas como espelho refletiriam o acontecimentos semelhantes que ocorreram nas outras casas e prédios onde as pessoas lutaram bravamente para salvar suas vidas, a vida dos vizinhos e daqueles que pediam socorro ao alcance de sua vista e ouvido.

Marcelo e Duda, maridos de minhas sobrinhas, enfrentaram o perigo em águas traiçoeiras e salvaram suas famílias. De Marcelo foi exigido grau maior de tino e frieza, como a água estivesse chegando próximo ao teto do segundo andar, ele colocou no alçapão, entre o forro e o telhado, um colchãozinho onde acomodou os filhos enquanto Patrícia o ajudava na operação de salvamento. Sim, perderam tudo, mas é assunto a ser enfrentado depois com garra e gerência das necessidades que serão colocadas em curso.

Cristina, tia de Marcelo, sobrevivia desde a madrugada com água chegando ao pescoço, ele não pensou, se atirou no rio que corria caudaloso e nadando até lá a salvou. Foi um ato de desespero, a força da água era tal que levava os carros, levou o carro de bombeiros, o que caísse ali lhe pertencia, Marcelo conseguiu vencê-la, louvado seja Deus, por sua estrutura física incomum, altura de 1.90, somados a sua poderosa força de vontade.
Celinha, minha cunhada, tendo de gerir a casa agora agregada das filhas, seus filhos e maridos, e como excelente dona de casa, colocar boa comida na mesa, roupa de cama limpa para todos, ainda assim me disse, no fim de semana passada, já conseguiu lavar parte da roupa das meninas, pergunto, ficaram em bom estado, a maioria sim, foi a resposta. Mais uma esperança, nesse mar de atribulação, as roupas não estão todas perdidas, com uma boa lavagem e ferro, podem continuar vestindo seus donos.
Solução inviabilizada nesse momento para a grande parte a da população que perdeu suas máquinas de lavar.

Tia Aylse, de 87 anos, viúva de meu querido tio Hélio, sempre esteve à frente da Associação Pestalozzi de Mimoso com grande competência e assertividade beneficiando em torno de 200 famílias que lutam com variadas deficiências de suas crianças e adolescentes. Como ela conseguiu se salvar? Ela foi acordada por sua cachorrinha, conseguiu falar com Helinho, seu filho, que ligou para o pai do Prefeito, seu Saul, que pediu a ajuda dos bombeiros. As janelas são todas gradeadas, a essas alturas, ela estava pendurada na janela, cabeça batendo no teto. Os bombeiros serraram parte da grade por onde puderam tirá-la. Ela pediu, queria que salvasse minha cachorrinha, o bombeiro mergulhou e a salvou. A maioria da população conseguiu se salvar, mas é de indagar, como vai se alimentar, se a cidade perdeu 90% de suas cozinhas, 90% do comércio e, o mesmo tanto na prestação de serviços.
Como a população vai encontrar novo rumo, com os bens que possuíam e conseguiram acumular com o trabalho, perdidos. De mãos vazias, com a roupa do corpo, como vão refazer a vida com alguma dignidade, e não é um caso isolado, 90 % da população está sem nada, desamparada.
As doações muito generosas têm ajudado nessa luta para obter comida nessas semanas que seguiram à catástrofe, assim como os voluntários que trabalharam incansavelmente, tantos os da cidade como os que vieram de fora, um serviço heroico em prol da sobrevivência da população desvalida.
Vou relatar alguns casos, o primeiro, a história de um casal jovem, cujo vídeo despertou muita atenção. Um drama de amor. A jovem esposa, grávida, foi colocada pelo marido dentro da geladeira e ali a conduziu vencendo a força da água. A mim causou aflição todo o tempo da travessia, tanto era o medo que a porta se vedasse, asfixiando-a. Terminou com ambos sãos e salvos. O episódio emocionou particularmente aos paulistas que fizeram expressivas doações. Com ela, um voluntário montou uma cozinha com farta distribuição de marmita. A que vi continha canjiquinha, que por si só seria um refeição completa e saborosa. Duas outras histórias aflitivas que exemplificam como o comércio foi destruído. Toti, um amigo, havia reformado a casa ao gosto de sua esposa, porém, dela só restaram os destroços. Mais o pior ainda está por contar, ele foi guardar o caminhão, seu instrumento de trabalho, em uma parte mais elevada, retornou poucos minutos após, os 500 bujões de gás, do qual ele é o representante, tinham sido carregados pela enxurrada. Vejam o tamanho de seu prejuízo, eles eram entregues em consignação e pagos ao final, no acerto de contas.

Thier perdeu duas farmácias, vou relatando alguns poucos casos que
me chegaram espelhando as perdas acontecidas em todas as famílias nas áreas atingidas pela catástrofe. O filho de Maninha, acabara de montar consultório segundo o último padrão odontológico; esforço e capital perdido. O médico, que cuidou de mamãe nos seus últimos 20 anos de vida, perdeu junto com a esposa, também médica, o consultório utilizado há muitos anos pelo casal.
No setor de produção de bens, a Cooperativa de Laticínios de Mimoso do Sul perdeu 2 milhões e quinhentos mil reais. Tento recolher notícias sobre a ajuda do Estado estadual e Federal. O governador, SR. Casa Grande, eu soube, esteve em Mimoso três vezes, e tem se empenhado em socorrer a cidade e seus moradores. Prometeu 3500 reais aos mais pobres. Um cadastro seria feito para que a medida seja efetuada. Dando seguimento, no sábado passado, dia 6 de abril, o Governo do Estado esteve presente em Mimoso para atender a população afetada pela enchente, com o programa Cartão Reconstrução: emissão de documentos, microcrédito, crédito, informações aos empreendedores etc.
Quando pergunto pela presença do governo federal as respostas são sempre negativas, vagas: até onde sei não vi nada do governo federal.

Salvo a presença e atuação do deputado federal Evair de Melo. Apesar da boa presença do SR. Casa Grande, governador do Estado do ES, fico descrente com a burocratização no programa do CARTÃO DA RECONSTRUÇÃO. Quais os critérios para receber o Cartão Reconstrução: Ter cadastro no CadÚnico com dados atualizados nos últimos 24 meses. (Em situação de calamidade pública, como a exigência se explica?), Ter renda familiar de até 3 salários mínimos. (Os mais pobres não estarão provavelmente habilitados) e Ter os danos causados pelas chuvas comprovados pelos órgãos competentes. (Defesa Civil Municipal). Creio que tais critérios criam dificuldades para beneficiar as pessoas mais pobres como tinham me dito a iniciativa seria dirigida. Faço uma pausa para contar um episódio que se inscreve no gênero do assombro, mas é notícia que vem com a tragédia que atingiu Mimoso do Sul, ES.

Carlos Alexandre tinha um caminhão, quando a água começou a subir, ele o estacionou em lugar alto, mas não o suficiente, foi parcialmente destruído pela agua, o seguro quer dá perda total, mas não dá para comprar outro caminhão. De caminhão fretado foi até Conceição de Muqui, distrito de Mimoso, entregar os bujões de gás.

De lá não pode passar, A natureza não possui misericórdia em seus impulsos de destruição. Mais de vinte pontes caíram, as maiores com certeza. Reserva não existe mais. Os fazendeiros perderam tudo. Tragédia maior, vidas perdidas. Casas perdidas. As lavouras de café destruídas pela enxurrada. Os bois que pastavam na várzea levados pela agua. Ele relata cenários nunca vistos que dão outra dimensão à tragédia.

Ouvimos muitas e muitas vezes a expressão: a fé remove montanhas. A fala é simbólica, mas a realidade transforma nosso entendimento do mundo, vivemos o suficiente para saber que as montanhas podem, de fato, se mover. Assombro, a lavoura de café, com mais de 10 mil pés de café na hora de ser colhido, foi removida para a estrada. Do cafezal só restou destroços. A narrativa muda de tom, o inacreditável aconteceu visto e testemunhado pelo homem, a montanha foi removida para a estrada. As pessoas se horrorizam, se benzem, cruz credo, dizem é o fim dos tempos, conforme anunciado na Bíblia.

Ele conclui, o peso da tragédia que as atingiu é intolerável, as pessoas estão muito deprimidas, nem sei o elas podem fazer, ele diz. Peço socorro ao engenheiro, Leonardo Cozendey. A montanha removida de lugar é um evento pequeno, mas da mesma natureza das mudanças que há milhões de anos separou a Pangeia, a terra única e coesa, em vários continentes, será algo semelhante? Acredito que não, são fatos decorrentes da fortes chuvas que excederam ao normal. Verdade, vejo agora no vídeo, o solo que a sustentava permanece lá, só ela foi removida. Como disse o engenheiro antes, são eventos naturais e atípicos que não serão sentidos novamente por essa geração. Sim, com a graça de Deus, não passaremos por isso novamente. Lá ninguém ouviu falar no governo federal. Mudo, ausente na terceira maior tragédia brasileira.

Continua…

Vera Moll é escritora, autora de vários livros, entre eles “Meu adorado Pedro”

 

 

 

 

https://www.instagram.com/veramoll.escritora?igsh=ZzZxcGh4NmIyajN1

 

Mimoso do Sul: Uma cidade destruída por uma avalanche de água e lama

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Por Vera Moll

MIMOSO DO SUL, no estado do Espírito Santo, é uma cidade centenária em cuja fundação minha família esteve presente: seu Gamboa, nosso avô paterno, fez o primeiro calçamento de pedra e construiu sua rede de esgoto; nosso avô materno, o português, seu Motta, tornou-se o maior produtor de café Do Estado.

Leia mais sobre o caso aqui: https://www.agazeta.com.br/es/cotidiano/o-antes-e-depois-de-mimoso-do-sul-apos-as-chuvas-0324

Quando Mimoso foi tomado pela avalanche de lama e água, meu próprio berço foi destruído, levando com ele nossa história, a história da cidade, do nosso povo agora sem casa, cozinha, alimento, colchão, comércio, seus pertences todos perdidos, seus carros levados pela chuva.

Com eles ficaram as casas condenadas, vazias, sem água para lavar os destroços que lhes restaram, documentos perdidos e sem eles, a cidadania. Para nós que moramos fora, porém, deixamos lá nosso quintal, onde aprendemos metade do que sabemos na vida, instalou-se o pavor, como estão nossos irmãos, nossos primos, nossas famílias? Não havia comunicação, só víamos na Internet os vídeos com as casas que conhecíamos desde sempre com água até o teto, as ruas, por onde transitamos por tantos anos transformadas em rios caudalosos, o que será desse povo, da minha gente, da minha família, que será deles, Meu Deus, que aflição! À noitinha tive notícia, Marcela, minha sobrinha, passou a melhor mensagem que recebi anos a fora, Estamos vivos, tia.

A comunicação restabelecida, falei com Gamboinha, meu irmão, sua casa situada na parte alta da cidade, nada sofreu. Os vídeos continuavam chegando, Beto e Helinho, nossos primos, na entrada do terceiro andar de seu prédio. Em nossa família todos vivos, amém.

Uma notícia muito triste, Rosita foi encontrada morta em casa afogada. Oh, Meu Deus, perder dessa maneira a amiga, grande professora de literatura da cidade, que tanto apoio me deu na leitura dos meus livros. Que sua alma descanse em paz, ela que, conseguiu realizar com honra a missão a que lhe foi destinada no mundo.

Para aqueles que acordaram a tempo na madrugada, com água pela cintura ou pescoço, tiveram sorte e muita ajuda para sair pela janela ou pelo telhado, dali levados pelos barcos dos amigos, heróis da cidade. Ou ficaram esperando até serem resgatados para algum lugar seguro na manhã de sábado pelos helicópteros. Na dimensão da tragédia que ocorreu em pouquíssimas horas na madrugada do dia 23 de março de 2024, a maioria salvou-se.

Muito doído para aqueles que perderam seus entes queridos.  Não há palavra que possa ser dita, que console.

A defesa civil nacional a elegeu como a 3ª Maior Catástrofe do Brasil, atrás apenas de Brumadinho e Mariana.  O rio Muqui do Sul subiu quase 8 metros. Na praça de mimoso a água ficou à altura de 6 metros. A parte baixa da cidade foi toda inundada. Só a parte alta ficou a salvo da fúria das águas. A cidade perdeu 90% de suas casas, com elas as cozinhas e seus eletrodomésticos, os colchões e móveis inutilizados, o que sobrou são restos aos cacos. A prefeitura perdeu todos os carros.

A cidade que se construiu no vale está devastada. A perda do comércio foi de 90%. Estoques perdidos, consultórios e farmácia destruídos. Não tinha caminhão pipa que fornecesse água para limpar a lama, os destroços e bichos mortos permanecem nas casas e nas ruas. Os vírus e as bactérias espreitam seus habitantes.

Na explicação do engenheiro agrônomo, Leonardo Cosendey Coelho, a causa desse tsunami que, na madrugada, sorrateiramente, atingiu Mimoso, foi uma precipitação anormal de chuva. Segundo observações não oficiais, o cálculo que se faz é que nas cabeceiras tenha chovido mais de 400 mm durante à tarde e noite do dia 22 para o dia 23 ou até mais.

Para se ter uma ideia da quantidade de chuva, a média em Mimoso fica em torno de 1300 mm por ano, ou seja, um terço do é esperado para o ano inteiro choveu em poucas horas.

Mimoso possui 3 bacias hidrográficas de captação: Bacia de Belmonte, Bacia de Conceição de Muqui onde nasce o rio Muqui do Sul e a Bacia do Café Moca.

O principal Rio é o Muqui do Sul que nasce na Comunidade Oriente, na parte mais alta do município, localizada em Conceição de Muqui. Ele corta Mimoso em duas partes. Os outros dois alimentam o rio Muqui. Foram trombas-d’água que caíram nessas 3 cabeceiras. Da comunidade Do Oriente até Mimoso ele percorre entre 35 a 40 km.

A chuva começou à tardinha e a água chegou à cidade em torno das 10/11horas.

O desastre acontecido castigou impiedosamente o povo da cidade. Mas há uma esperança, na fala de Leonardo Cozendey, o engenheiro.

A causa foi um fenômeno natural e atípico que espera-se, não aconteça novamente para essa atual geração.

Continua…

Vera Moll é escritora, autora de vários livros, entre eles “Meu adorado Pedro”

Escritora impacta de maneira positiva outras mulheres ao relatar sua história de vida  

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Escritora impacta de maneira positiva outras mulheres ao relatar sua história de vida  
Foto: divulgação

Tendo em vista uma história de vida marcada pela superação de traumas, violência doméstica entre outros desafios, que entrevistei com exclusividade, a escritora Sirlene Proença. 

 Você vivenciou uma história de engano e violência. Como foi, de maneira resumida, passar por esses traumas?

 R: No início, claro, foi bem traumático pelo fato de eu nunca ter vivido uma situação como essa. Era recém-casada, tinha 20 anos de idade, evangélica, inexperiente sobre o assunto e nunca tinha presenciado violência doméstica ou psicológica na casa dos meus pais! Contudo, passei esses traumas e muitos outros, entendendo a diferença entre ser “religiosa” e “espiritual”. Aos poucos fui aprendendo o significado de um casamento saudável e a não aceitar menos que isso na minha vida. Aprendi a agradecer todos os dias por estar viva, embora muitas vezes, com lágrimas nos olhos! 

Curei os meus traumas pelo que passei sendo vítima de violência doméstica, me perdoando. (porque uma das maiores dificuldades depois de passar por violência doméstica é superar o sentimento de culpa). Só assim foi possível mudar a minha situação, me permitindo novas oportunidades para amar e ser amada e respeitada, mantendo sempre o desejo de que a minha experiência ajudasse muitas mulheres um dia a saírem dessa mesma situação que vivi!

 Quais as experiências obtidas na fase em que você viveu a imigração para os Estados Unidos?

 R: A experiência por ter entendido de uma maneira traumática que para qualquer país que decidamos emigrar, devemos não só saber as leis de imigração como as leis gerais daquele país!  Mesmo assim, aceitei as consequências dos meus erros, embora cometidos de uma maneira inocente, porque foi a melhor decisão que tomei na minha vida. Estados Unidos é um país maravilhoso, cheio de oportunidades. Valeu a pena!

 Quais conselhos você deixa para quem tem o sonho de ir morar no exterior? 

 R: Se instrua antes de irem para outros países, procurem saber sobre as leis daquele país, não só leis de imigração, mas leis em geral do país que você esteja interessado em morar. E claro, seguir! O resto é fácil! 

 Como você superou tudo isso?

 R: A partir da minha confiança em Deus! Entendi a diferença entre ser evangélica e espiritual. Tomei asco de ser vítima em várias situações. Li muito sobre o comportamento humano, me tornei “expert” em “ler as pessoas”. Entre muitas maneiras, busquei me superar para que eu pudesse passar de vítima a vencedora, foi o “exercício do espelho”.

– Depois de Jesus Cristo, o espelho é meu melhor amigo. O dia que você conseguir se olhar no espelho, ver suas falhas, fraquezas, traumas, erros, escolhas etc. e conseguir se amar, perdoar, sorrir para você mesma, você estará curada. Superar significa ser ou se tornar superior, ultrapassar! Curar significa recuperar a saúde, eliminar uma enfermidade. O espelho ajuda a identificar a doença, ajuda na cura e por fim, a superar! Você tem o poder de superação ou destruição própria. Eu escolhi superar!

Quais são os seus projetos para ajudar as mulheres com a sua visão empírica?

 R: Ministrar programas de mentoria, reunir outras mulheres com experiências em diferentes áreas para formamos uma equipe completa, onde poderemos ajudar as mulheres não só a sair de um relacionamento abusivo, como também  prepará-las para o mercado de trabalho, treinar os filhos para que não sigam o ciclo abusivo que estão acostumados, ensiná-las não só a cuidar da imagem, mas do coração, dando suporte com as terapias necessárias. 

 – Programas de educação. Muitas mulheres voltam para o abusador porque não tem uma profissão ou não conseguem administrar a casa e os filhos sozinha. Vamos procurar cursos profissionalizantes para que essas mulheres encontrem a liberdade financeira.

 – Uma mulher por inteiro vale ouro! A luz não deve brilhar só dentro dela, mas por onde ela passar!

Todas as suas experiências e história de vida estão no livro “A Escolha é Sua”. Como as pessoas podem fazer para adquiri-lo?

 R: Você poderá adquirir o meu livro através do website: www.sirleneproenca.com.br

Lá, você terá acesso ao meu livro, e poderá fazer perguntas, dar depoimentos, compartilhar suas histórias etc. Visite! 

 Quais as suas redes sociais?

 R: Instagram :@sirleneproencak @livroaescolhaesua

  Facebook: Sirlene Khan

Sobre:

  Sirlene Proença é mãe, esposa, empresária, palestrante e escritora. A empresária pode ser a voz de muitas mulheres, que relata, sem máscaras, sua trajetória de garotinha do interior do Paraná que catava algodão até a mulher poderosa, segura, e vitoriosa, morando atualmente, na Flórida, Estados Unidos. Ela conta a sua trajetória de vida, em sua biografia “A Escolha é Sua”, além de abordar temas como processo de aprendizado no universo feminino, relacionamentos, força feminina no mercado de trabalho, maternidade e carreira, equilíbrio trabalho-família, entre outros.

Exclusivo: Juliana Agustineli fala sobre a sua palestra em evento do Bradesco na Bahia

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Exclusivo: Juliana Agustineli fala sobre a sua palestra em evento do Bradesco na Bahia
Foto: divulgação

  Juliana Agustineli  é criadora do Movimento da Perfumoterapia, é palestrante, empreendedora, perfumista autodidata, pesquisadora sobre os impactos do sentido do olfato no bem-estar das pessoas, tendo criado a Oficina da Essência.

Exclusivo: Juliana Agustineli fala sobre a sua palestra em evento do Bradesco na Bahia
Foto: divulgação

Qual foi o tema do evento na Bahia e como você avalia os resultados?

 R: Levamos a vivência da “Perfumoterapia” para os premiados do evento Bradesco de Seguros 2023, onde os campeões de vendas receberam premiações pelo excelente desempenho. Tivemos três dias de muita emoção, histórias inspiradoras e vivências de resgate de memórias olfativas e multissensoriais que impactou centenas de pessoas. O evento aconteceu nos últimos dias 19 e 21 de abril na Ilha de Comandatuba, no lindo estado da Bahia.

Como foi a  sua participação?

 R: Foi muito impactante e de profunda conexão com diversas histórias de vida. Tive uma impressão bastante positiva sobre minha participação, principalmente nas trocas que tivemos com os convidados. Estou muito feliz e satisfeita com o resultado das vivências da Perfumoterapia.

Qual a sua avaliação sobre o envolvimento do público com o tema Perfumoterapia?

 R: Pessoas impactadas e emocionadas, esse foi o sentimento! Os convidados foram muito receptivos e mergulharam nas suas emoções e memórias e compartilharam comigo histórias muito emocionantes, comoventes e significativas de suas vidas. Foram em média duzentas pessoas que me permitiram viajar com elas nas suas memórias autobiográficas e reescrever mais um capítulo das suas histórias.

Quais as suas perspectivas daqui para frente no tocante aos seus projetos?

 R: O foco é levar a vivência multissensorial da Perfumoterapia para eventos dessa magnitude, principalmente em eventos corporativos, visando o melhoramento do ambiente corporativo, do aumento da produtividade dos colaboradores e principalmente das relações e reconhecimento do capital humano dentro das organizações, por meio da gestão emocional e gerenciamento e resgate de memórias com a perspectiva da melhoria da saúde emocional nas empresas.

Considerações finais

R: Com o coração repleto de gratidão, esse é o sentimento que traduziu esse evento grandioso. A vivência da Perfumoterapia como resgate e construção de memórias e estímulos multissensoriais baseado principalmente em neurociência, traduz uma temática muito diferenciada dentro dos muitos treinamentos e vivências in company já existentes no mercado de eventos, porquê é única, especial, nova e exclusiva, e permite aos participantes um momento de descompressão e profunda conexão com suas memórias e emoções, mas tem um viés voltado à produtividade e gestão de pessoas no meio corporativo. O capital humano precisa ser valorizado e compreendido, para que as equipes sejam construídas por pessoas que se sintam parte de um time ao qual elas se sintam bem, felizes e confortáveis de fazerem parte.

“Emoções conectadas, pessoas impactadas, memórias traduzidas em essências. Isso é Perfumoterapia. E o mundo vai ouvir falar desse assunto”, concluiu Juliana Agustineli. 

 Redes sociais:

@julianaagustineli

@oficinadaessencia

Fotos: divulgação