segunda-feira, maio 20, 2024
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Acabou a Rádio Cidade e estão acabando com a Super Rádio Tupi 

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Red Hot Chili Peppers – Under The bridge foi a última música a tocar inteira na fase final da Rádio Cidade RJ 102,9. Logo em seguida começou a tocar uma música nova da Pitty que simplesmente foi interrompida de forma abrupta entrando um pagode no lugar.
 Acabou a Rádio Cidade 102,9. Se não foi a preferida dos rockeiros que ainda são órfãos no Rio das saudosas Kiss FM e principalmente da Fluminense FM 94,5 a Cidade ainda mantinha um pouco do chamado rock hit parade no ar, ainda fazia o rock resistir dentro do dial carioca. Hoje em dia é muito difícil qualquer empresa de comunicação sobreviver sem patrocínio e faturamento e a Cidade que tinha uma boa audiência sofria uma queda de faturamento o que afetava seu desempenho. 

A Cidade deixa um vazio no dial carioca, já que a Mania ainda continua em 90,9 e compete ainda com a líder no segmento FM O DIA 100,5. 

Claro e evidente que a internet faz parte dessa mudança, dessa migração de público que hoje prefere ouvir o seu som no Spotfy ou pelo YouTube do que pelo rádio, a MTV foi vítima disso também. A migração de público acabou sendo um mal pra ela que não soube usar a ferramenta pra sobreviver ainda na gestão do Grupo Abril. A Cidade acabou vítima disso também. 

A transição aconteceu exatamente a meia noite, sem despedidas. Foi como a vida, chega ao fim muitas vezes sem um adeus. 

Em contrapartida, uma das ainda líderes no dial carioca, a líder absoluta no segmento dela, a tradicional SUPER RÁDIO TUPI também naufraga na crise. Desde 2014, entrou numa crise profunda e mesmo em 2015 com contratações caras, como a de José Carlos Araújo continuou um processo de enxugamento. 

A Super Rádio Tupi pertence aos Diários Associados, empresa fundada por Assis Chateaubriand, o homem que trouxe a televisão para o Brasil. O grupo também passa por uma crise o que culminou na venda de emissoras de rádio e TV em Minas, o fechamento do tradicional Jornal do Commercio no Rio

 No fim de 2015, a Rádio Nativa FM uma das líderes no segmento popular fechou mesmo tendo boa audiência e bom faturamento. A crise se agravara. 

Agora em Julho um golpe duro. A demissão de bons profissionais da técnica da emissora, do comentarista Eugênio Leal, do narrador Jota Santiago e do veterano repórter Sérgio Américo entre outros. 

 A Rádio Globo mesmo em situação melhor, também se desfez de bons profissionais como o grande repórter Cláudio Perrout. 

É uma situação que eu mesmo não consigo entender bem, a crise que atravessa o rádio carioca. A Tupi sempre transitou bem com o governo carioca, vide o apoio de alguns radialistas a políticos do PMDB, tem bons patrocinadores como o Supermercados Guanabara. O que explica essa crise?  Muitas perguntas, respostas que não podemos afirmar com certeza. 

O que sabemos com certeza é que a Super Rádio Tupi está morrendo aos poucos, assim como a Cidade morreu, e que é muito ruim pro Rádio e pra comunicação fluminense e brasileira. 

Eu Desejo… Por Erick Bretas

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Por ERICK BRETAS  
 
Eu Desejo que os Jogos Olímpicos sejam incríveis. Que recordes sejam batidos, que os atletas dêem o melhor de si, que as cerimônias de abertura e encerramento nos emocionem, que as emissoras de TV captem e transmitam imagens espetaculares, que turistas e cariocas se congracem pelas ruas da cidade. Desejo que os problemas da Vila Olímpica se resolvam e que aqueles que lá se hospedarem levem lembranças de uma grande festa. Desejo que as grandes estrelas brilhem intensamente, que Usain Bolt corra como nunca, que Michael Phelps ganhe ainda mais títulos olímpicos, que americanos e chineses disputem medalha a medalha a condição de maior potência esportiva do planeta. Desejo que os australianos levem para a casa a última impressão do Rio, não a primeira. Desejo que o Brasil fique entre os dez primeiros no quadro de medalhas, que Artur Zanetti, Robert Scheidt e Fabiana Murer vençam, que os times de vôlei sejam campeões no masculino e no feminino, que as meninas do handebol façam a dobradinha mundial-olimpíadas e que o ouro olímpico no futebol masculino finalmente saia diante de um Maracanã lotado. Desejo aproveitar ao máximo a oportunidade de assistir ao maior evento esportivo mundial na minha própria cidade e não por outro motivo comprei ingressos para 16 dias de competição. 
Desejo que que não haja bala perdida de traficante, bomba de terrorista nem alertas de qualquer natureza, mas que se houver, a segurança seja eficiente e discreta e não atrapalhe as competições.

Desejo, porém, que antes, durante e depois dos Jogos nenhum brasileiro, em geral, e carioca, em particular, perca a capacidade de refletir sobre o que alcançamos e o que deixamos de alcançar com este evento. Desejo que todos entendam a oportunidade que perdemos de enfrentar o gravíssimo problema ambiental nas lagoas da cidade e na Baía de Guanabara. Desejo que todos se lembrem que os atletas da canoagem e do iatismo vão competir em águas poluídas com esgoto in natura por causa da omissão criminosa dos governos federal, estadual e municipal. 

Desejo que os eleitores se lembrem que a coalizão PT-PMDB mandou por uma década no país, no estado e no município e não enfrentou os problemas ambientais do Rio de Janeiro simplesmente porque nunca os encarou como prioritários. Mas desejo que essa conversa não contamine os Jogos e que não se faça aproveitamento político-eleitoral para nenhum dos lados num evento tão carregado de peso simbólico. Desejo que a população aproveite o legado que ficará, sim, em áreas como transporte e urbanismo — mas que a corrupção para liberar recursos da Caixa para as obras do Porto Maravilha seja investigada e os envolvidos, presos. Desejo que se investigue também a responsabilidade pelos atrasos em obras que agora nos obrigam a pagar R$ 233 milhões em despesas emergenciais sem licitação. 

Desejo também que o Comitê Olímpico nunca mais obrigue uma cidade que já tem dois campos de golfe a construir um terceiro e depois veja os principais atletas da modalidade desistirem de participar dos Jogos porque aqui não teremos as premiações milionárias dos torneios profissionais. Desejo que as arenas que fiquem no Rio sejam aproveitadas pelos atletas brasileiros e não se tornem elefantes-brancos como a Arena Pantanal e a Arena das Dunas, da Copa de 2014. Desejo que após os jogos não surjam contas secretas para o poder público pagar, porque o país e o estado estão quebrados e o município não pode jogar dinheiro fora.
Desejo, sobretudo, que as pessoas entendam que não há só o preto e o branco, que você não é obrigado a escolher entre ser o babaca que só torce contra ou o bobo alegre que bate palma pra maluco dançar. Afinal, isso aqui não é um Fla-Flu. São os Jogos Olímpicos.

Erick Bretas é jornalista da TV Globo, foi um dos criadores do quadro “Parceiros do RJ” do RJ TV. 

Apagaram a Tocha 

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Por Aloisio Villar – convidado especial

Apagaram a tocha anteontem. Meu Deus, que desastre. Sabem o que ocorreu hoje?

A mesma tá acesa sendo carregada em outras cidades como se nada tivesse ocorrido. Quem enriqueceu com os jogos não perdeu um real com o ato, o estado do Rio continua falido, hospitais com problemas, violência aumentando e a mídia ignorou que a tocha, que nesse momento está na mão de alguma subcelebridade em alguma cidade do interior que pagou para receber a mesma, foi apagada.

Quem apagou no máximo terá uma historinha para contar como os meninos na quarta série contam que botaram bombinhas no banheiro. Não são heróis, não são protestantes, são menininhos vândalos de quarta série que nao cresceram. Apenas isso.

Tá puto com os jogos? Acham que o Eduardo Paes só fala merda e o governo do estado é incompetente? São todos do mesmo partido e esse partido tem candidato nítido e declarado a prefeitura. Apaguem as chances dele ser prefeito. Protesto é isso.

Por que Donald Trump pode vencer a eleição americana ? 

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Por Renan Portela 

DONALD TRUMP x HILLARY CLINTON 

Você sabe por que Trump pode de fato vencer? 

Faz algum tempo, quando Trump ainda disputava as prévias, que eu escrevi dizendo que o partido republicano deveria escolher outro candidato, ou Trump teria pouquíssimas chances de derrotar Hillary. Na época, eu dizia que Rubio seria o candidato mais preparado pra isso.

Eu estava enganado! As ultimas pesquisas mais relevantes mostram ligeira vantagem para Trump em algumas, e empate técnico em outras. A confirmação de Mike Pence, governador de Indiana como seu vice, também o fortaleceu. Então a disputa está totalmente aberta, e a eleição americana (que tem sim reflexo imediato em todo o mundo) se apresenta como um dos reality shows mais emocionantes dos últimos tempos. 

Não podemos esquecer que o fato de estarmos vivendo em uma das gerações mais mimadas, chatas, e sensíveis da história, contribui e muito para que uma figura como Donald Trump (um tanto quanto bizarra) possua tanta força numa eleição americana. E também devemos nos lembrar que cenários semelhantes estão surgindo por todo o mundo. E nem precisamos comentar aqui o quanto Hillary também passa longe de ser uma das melhores candidatas da história americana. 

Qualquer análise que se limite a fazer coro ao bando, dizendo simplesmente que Trump tem tantos votos porque seus eleitores são racistas, machistas, fascistas, dentistas… não passa, ao meu ver, de uma análise muito rasa e que exime todo o outro lado de responsabilidade. Sim, afirmo que Trump tem força porque os seus adversários o fortalecem. 

As pessoas comuns, aquelas que não guiam seus pensamentos por bandeiras politicas fixas, e que são a maioria, estão de saco cheio de todo moralismo politicamente correto, de todas as artimanhas e radicalismos ideológicos coletivizantes que fazem com que pessoas pareçam papagaios berrando. 
Estão cansadas da postura de “coitadinhos” em posição fetal, estão cansadas de serem censuradas e de observarem em silêncio o abismo para o qual os vícios irracionais dessa geração estão nos levando. E isso, não é apenas algo que eu estou dizendo, basta perder alguns minutos do seu dia lendo comentários de americanos comuns na internet. Verão que muitos votarão contra Hillary simplesmente porque ela representa tudo o que estão de saco cheio, não necessariamente porque adoram o Trump! 

O outro lado, ao invés de se assustar com a possibilidade de Trump como presidente da maior potência global e ofender seus eleitores, deveria refletir um pouco sobre seus discursos quase religiosos, seus métodos, e sobre seus efeitos no mundo REAL. Simplesmente fazer um mea culpa. Desculpa, mas vocês erraram e continuam errando, e muito! 
Se eu fosse um eleitor americano, não teria em quem votar esse ano. Ambas as possibilidades me assustam um pouco. Me interesso mais em observar o cenário e suas consequências.
 Não acho nem de longe que Donald Trump seja o demônio que seus opositores pintam, mas me assusta, entre outras coisas, o que sua eleição pode gerar dentro dos Estados Unidos, uma nação cada vez mais dividida e com os nervos a flor da pele. Já a eleição da Sra. Clinton, significa a continuidade perigosa de um pensamento coletivo demagogo e hipócrita, que foge da realidade para conservar uma pose de unicórnio do bem, mas são capazes de destruir a civilização ao som de “imagine”! 

Fiquemos atentos aos próximos episódios! 

OBS- Outra coisa que fortalece demais o Trump lá fora, é curiosamente quando a mídia tenta enfraquece-lo. E o mesmo acontece no Brasil.

Vamos falar da JMJ 2016 Por Diego Magalhães

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DIEGO MAGALHÃES
Convidado especial do Blog do Léo

Alguém sabia que esse ano tem mais uma edição da Jornada Mundial da Juventude? Sua edição anterior foi no Brasil em 2013 e agora é na Cracóvia, na Polônia.

A jornada mundial da juventude é o maior evento jovem do planeta. Criado pelo então papa e atual santo, bem conhecido dos brasileiros, João Paulo II. O papa pop é o santo padroeiro da juventude. Isso se deve ao fato dele ter idealizado o encontro internacional de jovens católicos. Primeiro em Roma, em caráter pequeno apenas um encontro regional sem grandes intenções. Que com o sucesso do evento se expandiu e ganhou proporção mundial.
Desde a sua primeira edição em 1985, a JMJ, só cresceu. Chegando a levar 4 milhões de pessoas na sua edição histórica nas Filipinas.

O Brasil teve o privilégio de sediar a última JMJ que aconteceu no Rio de Janeiro em 2013. O evento no Rio, quase bateu o recorde de público com 3 milhões e 700 mil participantes. O Rio também entrou para a história por ter sido a primeira JMJ do papa Francisco e também por ter sido lugar da sua primeira viagem do pontificado.

Depois do Brasil a honra de sediar a JMJ é da Cracóvia, na Polônia. Cidade de São João Paulo II. O tema desse ano é bem aventurados os misericordiosos, diretamente relacionado ao Ano da Misericórdia proclamado pelo papa. Será uma oportunidade onde os jovens católicos do mundo interior se encontram para vivenciar a sua fé. Vivenciar e compartilhar.

Bem ligado à juventude e usando as redes sociais Francisco envia mensagens aos católicos pedindo que orem por ele. Já uma característica própria. Por onde anda pede ao povo que reze por ele. E parece que o pedido tem dado resultado. Com problemas de saúde e sem um pulmão, Francisco fará mais uma de suas viagens levando a mensagem de paz e de misericórdia. Usando uma frase que ele mesmo disse: “Jesus é o rosto da misericórdia de Deus.”

Ele quer ser também um rosto da misericórdia agora da Igreja para com seu povo que vive cada vez mais numa crise de fé.

Mas para quem andou pelas ruas do Rio de Janeiro e hoje anda pelas ruas de Cracóvia, a crise está longe de afetar a juventude do papa (como eles se auto denominam) que parece ser bem mais ativa e presente nas igrejas do que parece no dia a dia.

Ruas absolutamente lotadas de jovens, adultos, idosos, crianças, padre e freiras que mostram a força de uma igreja que está se renovando.

Cracóvia hoje respira juventude, fé e muito amor. E por que não dizer misericórdia? Com boa acolhida, cuidado mútuo e esbanjando disposição a JMJ tomou conta de mais uma cidade.

E o que acontece numa Jornada?

A jornada uma semana com eventos pré-jornada nas dioceses vizinhas é oficialmente de terça a domingo com missa de abertura sempre presidida pelo bispo local, Cerimônia de acolhida do Papa, catequeses pelas manhãs, festivais de música, arte, e atividades culturais ao longo dos dias, via sacra com o papa, vigília de oração e missa de envio. Além de contar com grande número de voluntários. A JMJ também movimenta consideravelmente a estrutura da cidade durante o evento. A cidade respira JMJ com as ruas tomadas pelo clima do evento.

Os jovens da JMJ ao se encontrar mesmo sem falar o mesmo idioma (aliás a língua não é nenhum problema para a comunicação) se cumprimentam com entusiasmo, cantam, dançam e carregam com orgulho as bandeiras dos seus países e expõem suas blusas de paróquias, pastorais, grupos e movimentos como se fossem times de futebol.

E como acontece a cada dois ou três anos, mais uma cidade será tomada pela animação de jovens.

O público fiel das JMJs já se pergunta onde será a próxima? As apostam vagam no duvidoso Panamá, EUA, África do Sul, Argentina, entre outros países surgiram como possíveis sedes. Mas só saberemos definitivamente o local sede da próxima quando o papa anunciar na missa de envio no último dia da JMJ Cracóvia 2016.

-Para quem quiser acompanhar via internet ou televisão pode ver pelo canal do Vaticano no YouTube que terá transmissão de todo o evento ao vivo e pelos canais religiosos do Brasil.

Fotos cedidas gentilmente por Diego Magalhães

Rio 2016

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Renan Portela – convidado especial

Me amarro em OLIMPÍADAS, e vou me divertir pra caramba assistindo a do Rio, afinal esporte é tudo de bom e desejo um grande evento para todos os atletas.

Por isso devo deixar de criticar a realização do evento aqui? Obviamente que não. Olimpíadas podem de fato serem usadas para desenvolver cidades e deixar de brinde inúmeros legados positivos? Com certeza. Para elevar o nível de centenas de esportes no país? Lógico! Mas, estamos falando de Brasil senhoras e senhores!

As criticas que representantes de delegações já estão fazendo ao conhecerem a vila olímpica, onde chegaram a usar o termo “inabitável”, é algo que não me surpreende nem um pouco como brasileiro. “Inabitável” aliás é um ótimo termo para muita coisa aqui!
Tirando a maestria que existe nesse país para roubar o dinheiro do povo, também usam esse dinheiro de maneira incompetente e vergonhosa. E olha que não estou falando de “vergonha alheia” não, estou falando de vergonha nossa!

Vejam bem, eu não sou daqueles que falam coisas do tipo “a saúde ta uma merda, a segurança, a educação, e vão colocar dinheiro nas olimpíadas?”, afinal acredito que riqueza se cria, e que com competência as olimpíadas não atrapalhariam em nada, pelo contrario, poderiam ser usadas como motivação para a reestruturação de vários setores fundamentais, fazendo com que os lucros superassem em muito os custos. Mas, ainda estamos falando de Brasil senhoras e senhores!

Também não sou daqueles conformados que dizem “ah, mas as olimpíadas trouxeram muitas coisas boas. Melhorou ali o transporte público (sic), o porto ta uma beleza”, etc. Simplesmente porque é MUITO POUCO perto do que poderia ser. Aliás, no Brasil se tem mania de enaltecer representantes do poder público quando melhoram muito pouco alguma coisa. Nunca vi politico bater o pau na mesa e dizer “resolvi pra caralho essa porra, isso não é mais um problema”. Sempre aceitamos os “estamos avançando aqui e ali, olhem esses gráficos”, enquanto continuamos na merda e esse discurso de “estamos progredindo” rende votos.

Enfim, sabe-se lá o que será desses jogos olímpicos, mas olimpíadas sempre ficam para a história. Quando soubemos que iriamos receber os jogos, já deveríamos saber que uma grande história seria escrita. Talvez uma história de glórias e evolução, ou talvez uma história de vergonhas e demonstração pública de incompetência. Façam suas apostas, porque eu já fiz a minha, afinal ainda estamos falando de Brasil!

OBS- Que nada estrague as belezas do esporte em si!

Bianca Estevam, mais uma vítima do machismo

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Bianca Estevam, 18 anos, jovem que gosta de animais e sonhava em se formar e viajar para a Itália com a mãe. Morta, enforcada, asfixiada, vítima.
Douglas Fernandes de Oliveira, tido pelos amigos como um bom sujeito, servia ao Exército, gostava de futebol e era apaixonado por Bianca.

Douglas matou Bianca com o fio do telefone na casa dela em Ramos, Zona norte do Rio. Douglas premeditou o crime. Não aceitou o fim do relacionamento e ao ver que não conseguiria convencer Bianca a voltar, resolveu de forma fria matar. A mãe a encontrou morta em casa, Douglas logo em seguida tentou se matar com chumbinho, sobreviveu e foi internado, foi preso. Se não foi, será.

Douglas seria apaixonado por ela..

Apaixonado seria a palavra?  Ou seria doente, possessivo?

Eles pareciam apaixonados mas ele queria mais. O ciúme excessivo, o sentimento de posse que ele tinha sobre ela a sufocava. Ele queria ter ela pra si. Ele queria ter o controle do que ela fazia, onde estava, quando e com quem.

Segundo o padrasto da vítima, Bianca já não conversava com ele e nem com a mãe já desde 2015, por causa de Douglas.

Mais um caso, mais uma vez vemos um homem que acha que é dono de sua namorada. Que acha que ela não pode olhar pra ninguém, falar com ninguém.

Na minha vida, conheci casais assim. Não dava pra falar um oi, que o namorado já se voltava a ofender, xingar e ameaçar, sim.. ameaçar. O que fazer com tudo isso?

Perdi amizades por causa disso. É revoltante.

O que fazer quando um namorado não permite que a namorada sequer use redes sociais? E quando ela usa, fiscaliza, hackeia, olha todas as conversas.

Que tipo de namoro é esse? Isso faz parte do machismo, do comportamento machista que o homem insiste em exercer com a mulher.

Não há confiança?

O ciúme desenfreado sufoca, faz os amigos em volta da vítima se sentirem até mal com tudo isso. A pessoa se isola, se vê num mundo onde só tem uma pessoa pra falar e controlar.

Como sair disso?

Douglas Fernandes mesmo sendo tido por alguns como um bom sujeito, também era visto como extremamente ciumento e desconfiado. Não aceitou o fato de Bianca ter terminado com ele, não aceitou o fato dela ter tomado uma atitude.

Esse crime é o reflexo desse tipo de comportamento de namorados que transformam a vida de suas namoradas num completo inferno. E não a deixam viver. O sorriso não é mais o mesmo. Não há vida. Há uma dependência doentia dele.

Um crime desse não tem perdão. Tirar a vida de uma jovem não se justifica. O motivo é tão torpe quanto o criminoso em si.

Que cada vez mais, as mulheres acordem e saiam desses relacionamentos que as sufocam. É preciso ter coragem. Esquecer o medo, se apoiar na família e em amigos.

O machismo mata, o medo mata, destrói, tira o sorriso. Ela tinha sonhos que foram tirados pela insegurança, pelo machismo, pela raiva, pelo ódio de Douglas Fernandes.

Ela apenas queria viver. Ele não deixou e tentou suicídio logo em seguida.

Ele não pode morrer. Ele tem que ficar vivo, ficar preso e todos os dias dormir e acordar com a consciência pesada e saber o que fez, saber que destruiu a vida não só dela, mas a família também. A dela e a dele.

Bianca, mais uma menina, mais uma jovem, mais uma vítima.

Quando isso vai acabar?

O Rock acabou? O Fim da Rádio Cidade

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Acabou. Acabou mais um ciclo. a Rádio Cidade acabou. Mais uma vez.

A Rádio Cidade foi arrendada pelo Grupo Universo do empresário Salgado de Oliveira controlador da Rádio Mania e esta a partir do dia 1 de Agosto estará no 102.9. ou seja, pagode e funk no lugar de uma das maiores rádios de rock do país.

Salgado teria, segundo informações recebido dinheiro do PMDB, partido de Temer, Cabral, Pedro Paulo e Paes para poder comprar o dial.
Me lembro do primeiro fim em 2006, quando a já extinta OI FM entrou no lugar.  Já era aquele sentimento de tristeza afinal o Rio não tinha mais nenhuma rádio de rock.

A Rádio voltou em 10 de Março de 2014, graças a uma campanha nas redes sociais promovida por rockeiros como Pitty, Tico Santa Cruz e outros. A programação já não era mais a mesma. O Rock mudou. Os interesses de mercado são outros.

Com a saída da ótima Kiss FM do dial carioca, só havia ficado a Cidade. E vinha mantendo uma boa audiência estando entre as dez mais ouvidas a frente de rádios como a Transamérica, Mix e Antena 1, mas nos últimos meses a audiência já não era mais a mesma. Audiência e faturamento caíram nos últimos meses.

O programa de maior audiência da rádio, A Hora dos Perdidos foi cancelado da programação gerando a revolta de fãs e ouvintes insatisfeitos.

Vieram demissões..e depois, o anúncio final de que a rádio encerraria as suas atividades no dia 31. Ontem, dia 21 a programação acabaria e até o dia 31, a agonia final com o chamado vitrolão.

Fundada no primeiro dia de Maio de 1977, a Rádio Cidade foi expoente do comportamento jovem no Rio de Janeiro. Ditou moda.

Não era só a Rádio Cidade, era a Rádio Rock.

Perde o rádio com mais uma emissora chegando ao final. Perde os vários profissionais desempregados.

Perde o Rio

Seria o Rio um lugar onde não se deva ter rádios de rock?

É triste, é muito triste.

Entrevista com Rebeca Gusmão

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Rebeca Gusmão foi ouro, prata e bronze nos jogos Pan-Americanos do Rio e bronze no Pan de Winnipeg e de Santo Domingo. Participou das Olimpíadas de Atenas, mas teve o sonho da medalha olímpica interrompido por uma polêmica acusação de doping que destruiu a sua carreira no ano de 2007, após o Pan do Rio.

Lutou até onde pode para provar a sua inocência, tentou a carreira política, se viu envolta em outra polêmica só que fora das piscinas com seu ex médico, foi jogadora de futebol e participou da edição 2015 do reality “A Fazenda” e agora ela lança um livro contando a sua história.

O livro “Virada Olimpíca: a carreira, a queda e a superação” da Editora Alto Astral fala sobre sua trajetória desde o início no esporte ainda na adolescência, até os dias de hoje passando pelos momentos de maior turbulência na vida da ex-nadadora como a história do Doping, passando até por tentativa de suicídio.

Irá atrair a atenção do leitor os bastidores da investigação do Doping, que apresentou muitas contradições e irregularidades dentro do padrão normalmente apresentado, como por exemplo troca de frascos lacrados com material coletado, mudanças de procedimentos irregulares e a proibição de um médico designado por Rebeca (com permissão da lei) a acompanhar os exames de contraprova em seu último recurso pela absolvição (depois de 3 anos de investigação). Segundo ela, seu médico foi expulso irregularmente do laboratório onde aconteceria o procedimento. Foi inocentada da acusação em agosto de 2009.

Rebeca foi obrigada a devolver as medalhas que havia conquistado e a recomeçar a vida longe das piscinas.

Além disso, a ex-nadadora conta no livro um pouco de sua história, de como é fortemente ligada à família, da rigorosa rotina de atleta, dos dias difíceis durante a investigação, da grande depressão que a aproximou da bebida e da compulsão por comida e de tentar o suicídio por duas vezes.

 

REBECA COM A MEDALHA DE OURO GANHA NO PAN DE 2007.

Foto:Guilherme Pinto/ Jornal Extra

A segunda delas (depois de beber um coquetel com tranquilizante, veneno de rato e água sanitária e passar três dias em coma), foi o fundo do poço para iniciar a superação.

Esse trecho do livro conta bem o que aconteceu:

“No dia 29 de agosto de 2013 eu decidi colocar um ponto-final na minha dor. Aquela quinta-feira tinha sido marcada por mágoa e tristeza. Tirar a minha vida não seria uma atitude repentina, tomada por impulso em um momento ruim: eu vinha alimentando a ideia havia meses, e ela crescia muito rapidamente. Mas só vim a descobrir que ela tinha tomado forma quando voltei ao meu apartamento naquele final de tarde (…)”.

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Hoje, Rebeca trabalha como personal trainer e está aguardando a chegada de seu primeiro filho, Zeus, que tem nascimento previsto, por ironia do destino, para o mês das olimpíadas no Rio. Ela brinca que será o sonho da medalha olímpica realizado.

Nessa entrevista dada ao Blog do Léo ainda no lançamento do seu livro ela conta sobre o livro, sobre o que ela considera co.o injustiça sofrida, fala sobre as Olimpíadas do Rio e sobre a chegada de seu filho Zeus.


Foto: Fábio Carvalho/divulgação

BLOG DO LÉO – Rebeca, você conta no livro sobre tudo que passou, desde o doping a tentativa de suicídio. O que você pensava nesses momentos de dificuldade e o que te deu força pra passar por tudo isso?

REBECA GUSMÃO – Passou tudo que vivi até chegar a cada momento..tudo muito difícil porque parece que não vai passar nunca aquela situação…o que me deu força para sair foi Deus e as pessoas que estavam ao meu lado, mas principalmente Deus porque por mais que a família, os amigos estejam ali com você, foi com Ele que vivi os momentos mais angustiantes..ELE sabia o que eu pensava e sentia..

 

 Você sente que sofreu preconceito de pessoas e da própria mídia em relação ao seu caso?

 – O preconceito das pessoas sempre irá existir…o ser humano é uma invenção que não deu certo, então não sei muito o que pode sair deles…são raros os que são bons e sabem respeitar a vida e o sofrimento alheio. Quanto à mídia, essa infelizmente vive mais de notícias ruins, de desgraça e desastres.. Mas aí voltamos ao ser humano…traz mais felicidade saber que o próximo está no buraco porque daí não sentimos inveja, sabemos que nossas vidas estão melhores…foi muito triste o que a mídia fez comigo, esqueceram q tinha família, sentimentos, criaram inverdades…mas não foram todos, alguns aprofundaram mais e sabiam que o buraco era mais embaixo.

 

No lançamento da sua biografia, você falou sobre a sua vida e sobre a gravidez do seu primeiro filho. É um momento especial pra você né.

O mais especial de todos que já vivi

 

Sua maior decepção na vida foi não ter conseguido voltar ao esporte onde é campeã?

Não, minha maior decepção na vida foi o ser humano.

 

Seu filho vai nascer no período durante a Olimpíada do Rio de Janeiro. Como você vê esse momento especial da sua vida, e como você vê o momento do Rio e do país nos jogos?

Vai ser a melhor olimpíadas da minha vida porque já vou estar com minha medalha no colo. Não acho que o Brasil fará uma olimpíada como foram as anteriores…acho q muito vai deixar a desejar..mas nossos atletas farão a parte deles. País que vive escândalos como esse não pode perder o foco nem se distrair com outros acontecimentos.

 

 Você foi jogadora de futebol, foi candidata a deputada e participou do reality “A Fazenda”. Como você avalia essas experiências na sua vida?

Experiências novas, boas, e que aprendi bastante.

 

Você acredita que um dia vai ser reparada pela justiça pelas injustiças que sofreu?

Não luto mais por isso. A justiça divina é a mais importante pra mim. E ela tem provado todos os dias que as pessoas q fizeram o que fizeram não sairão impunes da justiça DELE.

 

Quais seus planos para o futuro?

Viver um dia de cada vez, aproveitando ao máximo cada passo do meu filho. Continuar como Personal trainer e palestrante.