Claudia Carletto fala da sua candidatura a deputada federal e de suas perspectivas

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Claudia Carletto fala da sua candidatura a deputada federal e de suas perspectivas
Claudia Carletto

   Claudia Carletto é jornalista, pós-graduada em Marketing Político pela ECA-USP e mestre em Cidades Inteligentes e Sustentáveis pela UNINOVE. Filiada ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Claudia foi secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo de dezembro de 2019 e abril de 2022 e, anteriormente, secretária-executiva adjunta de Políticas para Mulheres na mesma secretaria (2018-2019). Neste período, num cenário de pandemia, esteve sob sua responsabilidade, entre outras atribuições, a estruturação e ampliação do atendimento de toda a rede de apoio para mulheres vítimas de violência doméstica na capital paulistana – para que se tenha uma ideia, somente em 2021, a Prefeitura de São Paulo registrou mais de 42 mil atendimentos em seus postos de acolhimento, um aumento de 75% em relação a 2020.

   A propósito da sua candidatura, a deputada federal, que eu entrevistei Claudia Carletto. Na oportunidade, ela fala sobre os seus projetos, perspectivas e expectativas para o dia das eleições.

Quando a senhora decidiu entrar na política e o que mais a motivou?

  R: Para mim, a política sempre representou um instrumento fundamental para construir uma sociedade mais justa e democrática. É através dela que podemos expressar nossa vontade e lutar pelas mudanças que consideramos necessárias para melhorar nossas cidades, estados e o País. Por isso, em 1994 decidi me filiar ao PSDB. Graduada em Jornalismo, continuei minha formação no sentido de seguir na política, fazendo pós-graduação em Marketing Político e mestrado em Cidades Inteligentes e Sustentáveis. Com a senadora Mara Gabrilli, desde 2005 venho trabalhando pelas pessoas com deficiência e pela população mais vulnerável.

   – Fui secretária-adjunta de Políticas para Mulheres na Cidade de São Paulo e, a convite do prefeito Bruno Covas, assumi em 2019 a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania. Quando tive esse estreito contato com os Direitos Humanos – e atuei pela igualdade de todos os cidadãos, sobretudo as minorias – vi que estava no meu lugar: um lugar de conseguir trabalhar pelos outros e de poder impactar, de fato, muitas vidas. E isso se dá através da ação política, por isso acredito que é a melhor forma que eu posso ajudar a desenvolver e construir o país em que eu vivo.

Quais os seus projetos na área da inclusão social ao assumir o cargo de Deputada Federal?

    R: Em meu Plano de Mandato, dividi esta questão em diversas áreas. Na área das pessoas com deficiência, quero defender a regulamentação integral da Lei Brasileira de Inclusão, lei da Mara Gabrilli, senadora e atual candidata à vice-presidência da República na chapa de  Simone Tebet para presidente; incentivar o investimento da gestão pública para eficiência nos sistemas de dispensação de órteses e próteses; apoiar a expansão dos centros de reabilitação, defender a inclusão da educação especializada para autistas; enfrentamento ao preconceito e discriminação, além de sugerir a criação de redes de apoio às famílias.

   – Já pela Igualdade Racial, pretendemos atuar no campo da segurança pública e justiça no combate a crimes raciais e de intolerância religiosa; ampliar a titulação dos 36 quilombos já reconhecidos no Estado de São Paulo; atuar para o bom funcionamento e fiscalizar a atuação do Plano Nacional de Igualdade Racial (Planapir); propor ajustes ao Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial para Inclusão dos Povos Tradicionais

   – Na área da diversidade sexual, vamos defender a criação do Estatuto das Pessoas LGBTQIA+; o fomento à pesquisa e mapeamento sociodemográfico com foco em planejamento de políticas públicas; defender os direitos da infância, adolescência e juventude LGBTQIA+ sem discriminação, com oportunidade de escolaridade e trabalho; garantir o acesso a cuidados em saúde mental e apoiar políticas de empregabilidade deste público.

Quais foram os seus maiores desafios no combate à pandemia em São Paulo?

   R:  O desafio foi enorme. Logo que assumi a Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo, chegou à pandemia e tivemos que atuar rapidamente para oferecer soluções para as famílias que perderam seus empregos, perderam renda e não tinham como colocar comida na mesa. Entre as ações desenvolvidas pela pasta neste período, está o Cidade Solidária, que previa a entrega de cestas básicas e de higiene por meio de doações de pessoas físicas e jurídicas. Até o final de 2021, foram entregues cerca de 6,1 milhões de cestas básicas e oferecidas 8,1 milhões de refeições. Além disso, criamos o Rede Cozinha Cidadã PoPRua, iniciativa com o objetivo de oferecer refeições a pessoas em situação de rua ao mesmo tempo que contribuía para a manutenção dos restaurantes afetados pelas medidas emergenciais. Pesquisa sobre o impacto da medida entre os restaurantes cadastrados apontou que 70% destes estabelecimentos só conseguiram manter o negócio graças aos recursos do Programa Cozinha Cidadã.

  – Ao mesmo tempo, com o aumento da violência, não apenas a doméstica, contra a mulher, mas contra os jovens, crianças, idosos e a população LGBTQIA+, precisamos ampliar os canais de denúncia e manter todos os equipamentos de direitos humanos disponíveis na prefeitura abertos e funcionando para atender toda essa população. Estruturamos e ampliamos o atendimento de toda a rede de apoio para mulheres vítimas de violência doméstica na capital paulistana – para que se tenha uma ideia, somente em 2021, a Prefeitura de São Paulo registrou mais de 42 mil atendimentos em seus postos de acolhimento, um aumento de 75% em relação a 2020.

Quais os projetos que a senhora tem para combate à violência doméstica?

  R: A discriminação e a violência contra a mulher, consequência da nossa própria estrutura social, não são mais aceitáveis em nossa sociedade. Um Estado mais justo para nós mulheres, significa garantir o respeito, a proteção, o acesso a emprego e renda em igualdade de condições, o acesso a saúde, uma vida sem violência.

  – Pensando nisso, queremos, antes de mais nada, garantir o amplo acesso aos cuidados de saúde das meninas e mulheres, buscar soluções para a garantia de acesso a renda e mercado de trabalho com igualdade salarial, dar prioridade nas ações de educação sexual desde a juventude, e acesso a amplas formas de meios contraceptivos.

  – Na nossa proposta está ainda a implementação de uma política de atendimento humanizado desde a gravidez até o parto, de maneira a combater a violência obstétrica. Além disso, vamos trabalhar pela ampliação da rede de enfrentamento à violência contra a mulher em todo país e defender o aumento do orçamento destinado às políticas para mulheres em geral.

Quais os seus projetos de combate à fome?

  R:  Hoje, no pós-pandemia e com a crise econômica que enfrentamos, milhões de brasileiros não conseguem colocar comida na mesa, o país retornou para o Mapa da Fome. Para conseguirmos reverter esse quadro, será preciso investir em planos emergenciais e políticas públicas de longo prazo que atendam às necessidades básicas e urgentes daqueles que, muitas vezes, vão para a cama sem se alimentar.

– Para isso, vamos defender o aperfeiçoamento orçamentário para políticas de enfrentamento à fome e erradicação da pobreza, defender e fiscalizar a aplicação integral do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) e propor melhorias à lei que criou o sistema.

Como as pessoas podem fazer para conhecerem o seu programa de governo? 

   R:  É só visitar o meu site www.claudiacarletto.com.br. Também estou no Instagram (www.instagram.com/claudiacarletto) e no Facebook (www.facebook.com/carlettoclaudia ).

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João Costa
João Costa é Jornalista, Assessor de Imprensa, é Membro da API (Associação Paulista de Imprensa), é "Prêmio Odarcio Ducci de Jornalismo, é "Prêmio de Comunicação pela ABIME – Associação Brasileira de Imprensa de Mídia Eletrônica, Digital e Influenciadores, é Prêmio Iberoamericano de Jornalismo, é Referência em Comunicação pela Agência Nacional de Cultura, Empreendedorismo e Comunicação – ANCEC, tem reconhecimento por Direitos Humanos pelo Instituto Dana Salomão e Menção honrosa do Lions Clube Internacional- Rio do janeiro. Teve participação ativa em eventos da Embaixada do Gabão no Brasil em Brasília, tendo inclusive, sido intérprete de discurso a convite do Embaixador do Gabão no Brasil, em jantar beneficente, com a presença do Vice-Presidente da República Federativa do Brasil. O mesmo possui participação em workshops, webinars, congressos e conferências.

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