Um dos marcos da história do Brasil, a imponente sede do Batalhão Villagran Cabrita, em Santa Cruz, já serviu para muitos propósitos. O prédio, construído em 1556, é conhecido por muitos nomes: Fazenda Imperial de Santa Cruz, Fazenda de Santa Cruz, Fazenda Real de Santa Cruz, Fazenda dos Jesuítas e Fazenda Nacional de Santa Cruz. Ele foi construído nas terras doadas pela coroa Portuguesa para Cristóvão Monteiro, em agradecimento aos serviços prestados por ele na luta contra os franceses no Rio de Janeiro.
Após a morte de Cristóvão, a viúva Dona Marquesa Ferreira doou as terras aos Jesuítas, que a anexaram a outras que englobavam regiões como Guaratiba, Mangaratiba e iam até Vassouras, no Sul do estado do Rio de Janeiro. Assim foi criada uma grande fazenda que tinha como referência uma grande cruz, originando assim a Fazenda de Santa Cruz.
A Cruz e a fazenda já não existem, no entanto, outro símbolo do local ainda é possível ser visitado: a Ponte dos Jesuítas. Ela foi erguida para conter as águas do Rio Guandu, em uma espécie de represa, e fica cerca de 6km da sede da antiga fazenda, do outro lado da Av. Brasil.
Em 1759, a pedido da Corte, Marques de Pombal expulsa os Jesuítas do Brasil e as terras da Fazenda Santa Cruz passam a pertencer a Coroa Portuguesa se tornando a ÚNICA RESIDÊNCIA DE VERANEIO DA FAMÍLIA REAL NO BRASIL .
Com o advento da República, a casa principal da Fazenda de Santa Cruz, que já havia sido convento de Jesuítas e residência imperial, passou a abrigar tropas do Exército Brasileiro. Atualmente é sede do histórico Batalhão Escola de Engenharia.
Esse post foi produzido durante o roteiro do @descubrasantacruzrj. Na semana passada, eu publiquei uma entrevista com a Guia de Turismo Andressa Lobo, que pode ser conferida aqui
_________________________________________
ℹ️ Extra | Descubra Santa Cruz | Diário do Rio | Sergio Castro | Biblioteca Nacional