Bicheiros do carnaval condenados a prisão

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O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) condenou, em segunda instância, 21 pessoas por relação com a exploração do jogo do bicho e de máquinas caça-níqueis no estado do Rio de Janeiro. Entre elas, estão Aílton Guimarães, o Capitão Guimarães, e Aniz Abrahão David, o Anísio com penas de 23 anos de prisão. As penas foram definidas nesta quinta-feira (16), após dois dias de julgamento de recursos dos réus contra a primeira condenação.

Anísio, presidente de honra da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis, e Capitão Guimarães, ex-presidente da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio) foram condenados a 48 anos e 8 meses de prisão na 1ª instância.

Em 2012, a 6ª Vara Federal Criminal tinha condenado os dois a 47 anos de prisão e multa. Outro réu, classificado pelo Ministério Público Federal (MPF) como um dos líderes do jogo do bicho, Antônio Petrus Kalil, o Turcão, faleceu em janeiro de 2019. Além de Guimarães, Anísio e Turcão, 18 pessoas respondiam ao processo derivado da Operação Furacão, deflagrada em 2007.

O MPF foi representado pelo procurador regional da República Rogério Nascimento. Ele lembrou que esta não é a primeira vez que o crime organizado e policiais corrompidos sentaram no banco dos réus. “Notável neste caso foi ter revelado que a máfia do jogo, que já era poderosa no meio do século passado, entrou no século 21 explorando jogo eletrônico”, citou Nascimento que ainda ressaltou o poder de influência dos contraventores sobre policiais, lobistas e membros do judiciário.

Também foram condenados empresários do setor de bingos, policiais, delegados e advogados, que fariam parte da organização. A reportagem não conseguiu falar com as defesas dos condenados. Segundo o MPF, cabem recursos, no próprio TRF2, de embargos de declaração e de embargos infringentes, já que a decisão em relação ao total das penas não foi unânime.

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