Sexsência com Mari Kiss: A história do beijo na boca

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A história do beijo na boca

Sabadouuuuuu!!! Hoje é 13 de abril, Dia do Beijo e nada mais justo do que um texto lindo sobre o tema! Delicie-se!

Boca com boca, troca de saliva, roçar de línguas… Vixi… Quando eu tinha doze anos eu achava isso bizarro. Mas, hoje eu não vivo sem… Beijar na boca para mim é um ato de carinho e a intensidade dos beijos diz tudo o que você quer naquele momento.

Beijo na boca. Se veio da pré-história ou dos egípcios, ninguém desenhou ou documentou nadinha em cavernas ou pinturas em tecido. As primeiras referências que temos desse comungar dos deuses vieram dos hindus no Oriente a aproximadamente 1200 a.C., no livro Satapatha (textos sagrados em que se baseia o bramanismo): “Amo beber o vapor de seus lábios”.

E, de forma mais sensual ainda, no Mahabarata (poema épico com mais de 200 mil versos, compilados a cerca de 1000 a.C.) descreve: “Pôs a sua boca em minha boca, fez um barulho e isso produziu em mim um prazer”.

Uiiiiiii.

Tempos mais tarde no indiano Kama Sutra – que eu sempre cito no Sexsência – mostrou uma visão mais amadurecida sobre o assunto, com cerca de 200 momentos que detalharam a prática, a moral e a ética do beijo.

Um verdadeiro manual para qualquer mortal e nele temos alguns exemplos de beijo como o “nominal”, onde só se poderia tocar a boca do amante com os lábios; o “palpitante”, que ensina a movimentar apenas o lábio inferior, e o de “toque”, no qual a mulher está autorizada a passar a ponta da língua nos lábios do namorado. Hoje praticamos isso à vontade e sem o menor pudor dentro e fora do sexo. Adoro!

Continuando esta palhinha histórica… Na Roma Antiga, o beijo se dividiu em três versões: o osculum, que significa amizade; o basium, mais quente e sensual, mas que se limitava apenas ao toque de lábios entre homens e mulheres, e o savium, que o poeta Ovídio definiu como “de língua, voluptuoso e vergonhoso”. Acho que este na verdade é brasileiro. Já para os gregos, o beijo tinha funções protocolares: beijava-se para selar um acordo e para demonstrar respeito, somente entre os homens… Que fique bem claro! Os cidadãos de mesmo nível social encostavam os lábios. Se um deles era de uma classe inferior, o beijo era no rosto. E quando a diferença social era ainda maior, os lábios de um desciam aos pés do outro. Vixi. Nada higiênico, pois sim?!
Mas, a pior parte da história do beijo não se deu na Grécia e sim na Idade Média a partir do século IV. A Igreja Cristã acabou com a farra dos beijoqueiros e tornou o ato ilícito e perigoso e o acusou de transmitir doenças do corpo e da alma. “Beijo com objetivo de fornicação é pecado mortal, mesmo que a fornicação não se consume”, dizia o édito de Sua Santidade. Aff… Qual é a graça de sexo sem beijo na boca?

Mas chegamos ao século XVII e o savium dos romanos voltou com força total. Hoje o conhecemos como beijo francês. E o mais curioso é que na França, o beijo de língua ficou conhecido como beijo inglês. Dá pra entender?

Há, ainda, comunidades que ignoram o beijo, como por exemplo, os nossos índios. Eles lidam com naturalidade com a nudez, o sexo e outras formas de carinho, mas o beijo não faz sentido algum para eles. Mal sabem o quanto é bom.

No século XX tudo virou festa… Era kissu no Japão e kiss nos Estados Unidos. Ah… E Kiss aqui no Brasil também… juro que sou representante fiel desta prática.
E agora, a pergunta que não quer calar… Por que, afinal, beijamos na boca? E, às vezes de um jeito louco e incontrolável e com aquela trocação de saliva toda… Ai… Me dá até um calor só de pensar. Bem, o nosso titio Charles Darwin disse que o beijo na boca não é inato nem instintivo para a humanidade. Já Otto Best, o pesquisador que mais se aprofundou no tema, disse que o ato de beijar carrega heranças culturais – simbolismo de afeto e intimidade –, e naturais, na alimentação boca-a-boca de mãe para filho praticada por povos primitivos.

Pelo sim e pelo não, beijar na boca é muito bom, saudável, movimenta 29 músculos faciais dos quais 17 são da língua, demonstra carinho e alguns, dizem para o que vieram: tesão e sexo. Risos. E ainda acelera os batimentos cardíacos que vão de 60 e a 150 por minuto, e os mais caprichados gastam cerca de 20 calorias. Sem contar que um beijo bem dado pode nos levar ao orgasmo sem penetração.

Uiiii… O importante mesmo é beijar muito desde que se tenha muita vontade. Essa é a dica do Sexsência para hoje. É claro que há muito mais o que se falar de beijo, sexo, amor, clitóris, orgasmo, penetração e por aí vai… Mas calma, o nosso trabalho no Sexsência continua.

Eu fico por aqui, gratidão por me ler e até semana que vem.

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