É preciso falar sobre fake news

0

É preciso falar sobre fake news

Um dos assuntos mais comentados, se não o mais comentado da eleição, mais do que os próprios candidatos é um só: fake news.

Nunca se espalhou tanta mentira, nunca se falou tanto disso e nunca se mentiu tanto sobre o assunto também. Vejamos.

É preciso identificar que notícias fakes ou mentiras são mais velhas que a história. A grande imprensa atua com um corporativismo tremendo ao não admitir que é uma das grandes propagadoras de mentiras que existe e pior, ainda se coloca como se ela fosse a única fonte confiável de informação. A grande imprensa mente quando julga necessário e quando está em jogo a imagem de adversários políticos e empresariais. Cito cinco fake news da imprensa

Balsa família – Segundo o jornalista Bernardo Mello Franco, o Prefeito do Rio, Crivella teria feito uma brincadeira de mau gosto ao citar que as chuvas foram um “balsa família. Acontece que a frase não é dele e sim do jornalista José Simão para brincar com Dilma Rousseff e não há gravação do jornalista que prove isso. Sobre Crivella existem inúmeras fake news. Ainda mais quando vem do Globo, que o odeia e já tentou golpea-lo.

Brizola amigo de traficante – Essa é antiga mas o Globo já associou o ex-governador Brizola a um traficante em 1989,sendo que a foto divulgada não era verdadeira. O que a época o jornal ignorou foi que Moreira Franco, apoiado por ela tinha um bandido disfarçado de personalidade trainer na sua equipe

Lula e a fuga para a Itália – a Veja passou vexame quando em 2016 disse que o ex-presidente Lula, hoje preso, tentaris uma fuga para a Itália. Com capa vermelha e tudo, não houve sequer uma prova que mostrasse isso, foi fácil provar que era inverdade.

Eduardo Bolsonaro e a “namorada” Patrícia Lélis: A grande imprensa se não disse que era uma jornalista, disse que era ex-namorada. A mesma que passou vergonha ao acusar Marco Feliciano de estupro. Mais, ainda esqueceram de investigar. Foi fácil provar que ela nunca namorou sério Eduardo. Pode ter tido caso, transado mas namorado fixo não, só o site Metrópoles fez um bom trabalho jornalístico no caso.

Caso Escola Base: Esse é um triste episódio que mexeu e destruiu a vida de muitas pessoas. A imprensa comprou a fantasiosa tese de abusos sexuais e estupro dos donos de uma escola em São Paulo.

Estes são apenas cinco exemplos do pior que pode acontecer. A grande imprensa pode e deve falar sobre notícias falsas mas não pode achar que só ela vale. A imprensa alternativa e independente existe e deve ser respeitada.

Os sites que são especialmente para fakes existem e devem ser combatidos e denunciados mas vivemos no Brasil e o nosso país não possui a instrução suficiente para que pessoas saibam discernir uma coisa da outra. Muitas pessoas sequer abrem a notícia no Facebook.

No WhatsApp acontece a mesma coisa.

Entrando no cenário político atual e na eleição: Militantes petistas e Bolsonaristas tem uma coisa em comum: a virulência no ataque e a acusação que tudo é fake news, quando é contra o seu candidato e a violenta profusão de notícias falsas.

A imprensa grande compra uma tese muito perigosa quando claramente se opõe a Jair Bolsonaro ao associa-lo unicamente a fake news

Tivemos essa semana, Cortella, Varela e Barbosa no governo Haddad. Ao mesmo tempo a histeria coletiva de que Bolsonaro cometeu caixa 2 não se sustenta em provas.

A própria matéria da Folha de São Paulo acusando empresas de comprar impulsionamento de fake news pró Bolsonaro também não se sustenta quando não apresenta os contratos que provaram o caso.

A repórter tem mérito mas a matéria falta em provar de fato se isso aconteceu. E não é o caso já que se fosse, as fakes seriam impulsionadas somente na semana que vem.

Mais, a ode Bolsonarista ataca quando vê uma notícia que vá contra ele, como a agressão do capitão a uma mulher em 1998, mais que isso, eles divulgaram a tese esdrúxula de que Pablo Vittar estaria no suposto governo Lula.

As Fake News fazem parte desse jogo midiático, de comunicação e política quando a campanha de Dilma inventou que Marina acabaria com o Bolsa família e até mesmo quando a mídia comprou delações como se fossem verdade, sem provas contra quem fosse.

Eleitores Bolsonaristas e Haddad compartilham ou já compartilharam fake news só que a mídia não pode em hipótese alguma colocar um candidato como se fosse o manipulador de fake news. A grande mídia não tem essa moral.

Coibir esse tipo de compartilhamento não pode ter a ver com acabar com a liberdade das pessoas como faz o sempre extremista, PSOL que agora quer que o aplicativo tenha restrições.

Associar fake news a um candidato é absurdo e injusto, da mesma forma como se fez com Donald Trump. Bolsonaro e Haddad tem eleitorado e militância suficiente para não precisarem pagar por compartilhamento de fake news.

É prejudicial quando não há debates. Quando os candidatos não vão debater sobre os problemas do país e para pessoas comuns, como eu e você, isso afeta gravemente até mesmo o esclarecimento do que é fake ou não é.

Essa onda de fake news vem também de pessoas que usam e montam sites, não com objetivo político mas para querer influenciar de alguma forma, exemplo é o Pensa Brasil. Sem falar que muitas vezes o alimentador disso só quer cliques, só quer ganhar dinheiro através das visualizações. Soma se isso a uma população que na sua maioria não sabe discernir o que é fake ou fato e se manipula facilmente seja com uma fake news do WhatsApp ou de uma notícia enviesada da televisão ou do jornalão.

Minha previsão é pessimista em relação a isso. Não creio em melhora não. Pelo contrário. So irá acontecer se tivermos uma melhoria na qualidade educacional e ações de informação. A mídia tradicional também precisa encontrar um caminho. Imparcial. Fazer aquilo que a cartilha do jornalismo manda, não do patrão.

Teremos dias complicados pela frente.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.