Eles não pensam em nós

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Essa semana vimos um espetáculo digno do absurdo no Senado. A absolvição de Aécio Neves, a bem da verdade que ele sequer era réu por causa da delação da JBS. O Senador voltou ao seu mandato mas comprometeu todo o seu futuro político, que até 2014 estava em ascensão. 

O áudio da conversa com Joesley não deixava dúvidas. Aécio estava totalmente comprometido. Sua culpa era inquestionável. Mas os que o absolveram não pensaram nisso. 

Mas vamos ser francos. Tirando alguns bem poucos, quem ali tem moral para julgar Aécio Neves? 

Fernando Collor de Mello? Ex-presidente impichado e que também vive envolto de escândalos de corrupção. 

Gleisi Hoffmann? Ré na Lava-jato 

Aliás, muitos ali que se colocaram como arautos da democracia se calaram dessa vez como Vanessa Graziotin, Cristovam Buarque por exemplo. 

Mas nao é só no senado em que a hipocrisia reina. 

A câmara dos deputados aprovou um fundão para as eleições de 2018 que vai usar 1,8 bi de dinheiro público para sustentar a campanha eleitoral deles. 

Só isso é motivo de ir as ruas protestar de novo. 

Por que tem que ser o povo a sustentar esses caras?

Por que pra ser político no Brasil não se exige nada, nenhuma formação e é a única “profissão” onde tirar dinheiro dos outros é a especialidade. 

A política se vê cada vez mais dentro de jogos escusos de poder. 

Na republiqueta brasileira corremos um risco grave de termos um segundo turno entre Lula, um bandido e Bolsonaro, um extremista. 

Você sabia que existe um deputado condenado e preso que cumpre mandato no congresso nacional?

Celso Jacob está cumprindo pena já no semiaberto e exercendo mandato de deputado. 

Você acha que um cara desses representa quem? 

Lembra do espetáculo da sessão que afastou Dilma Rousseff do cargo de presidente, pelos deputados? 

Parece que os políticos vivem num mundo paralelo em que não se afetam com nada que faça sentido na nossa realidade. 

A reforma política, uma pauta fundamental para o país virou a reforma que apenas beneficiou a eles mesmos.. 

Michel Temer por exemplo. Cargos, jantares, reuniões para apenas salvar a própria pele. 

Nada de fundos para a educação, nada de projetos para reduzir doenças graves no Brasil. Apenas reuniões para apoio nas denúncias em cima dele. 

É um presidente muito menos ético que Dilma, por pior que ela fosse. 

Olha os ministros de Temer… Moreira Franco, querido da mídia tradicional na década de 80 e um dos principais culpados históricos da crise de segurança pública no Rio, está sempre envolvido em alguma sujeira desde sempre. 

Mas que político é ético de verdade? 

Saindo de Brasília e indo para São Paulo, João Dória age como candidato a presidente numa agenda pelo país e cada vez mais governa menos e quando faz, faz besteira como a intragável ração que quer distribuir aos pobres de São Paulo. 

Luiz Fernando Pezão diz na nossa cara que vê Sérgio Cabral como um irmão e que não sabia dos escândalos envolvendo o ex-governador. 

Pezão sequer governou o estado apenas tentando estancar a sangria que ele ajudou a criar. 

Eduardo Paes deixou uma cidade diferente, mas a míngua.  E hoje curte férias nos Estados Unidos. 

O sucessor Crivella tem acertos e erros. 

Jorge Picciani que deveria estar preso, ainda é quem manda no estado do Rio. 

Qual o objetivo desses políticos nos últimos tempos?  Usar a população como estratégia eleitoral, usar a gente como discurso, como curral. 

Em Dezembro de 2010, Cabral, Paes, Lindbergh e Pezão estiveram no Morro dos Macacos, onde moro para inaugurar a base da UPP. 

A UPP hoje está abandonada, fracassou como projeto de segurança pública infelizmente.  

Nunca mais eles voltaram. 

Cada vez mais a política dá nojo. Cada vez mais o povo está numa anestesia que não o permite fazer mais do que ele faz. 

O que o povo quer de verdade? 

Nao quer encarar fila de hospital, quer asfalto na rua, quer respeito, quer se sentir seguro andando na rua, quer educação de qualidade, não quer ser assaltado pelo estado.  

E por que esses caras continuam a fazer pautas que não significam nada? 

Por que somos obrigados a aturar figuras como Romero Jucá nos representando?

O risco é termos um segundo turno entre Lula, a única pessoa da esquerda a aglutinar votos e Jair Bolsonaro, o que representa a anti-politica, um anarquista que hoje é dono de discursos muito parecidos com a antiga esquerda extrema. Para perceber como a esquerda e a direita se parecem nos extremos. 

Nojo da política que temos hoje. 

Não temos nada a ver com a realidade que os políticos vivem. 

Como pombos, cagam na nossa cabeça a todo instante e nada. 

Eles não pensam em nós. 

Mas não se preocupe. Daqui a um ano ele estará na sua porta prometendo mundos e fundos apenas pedindo o seu precioso voto. 

Olhos bem abertos. 

Eles não pensam em nós. 

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