Na madrugada, o silêncio voa,
E a quietude ecoa tua voz dentro de mim.
Será um canto de amor pulsante
Essa paz que me envolve sem fim?
Quisera eu invadir tua noite,
Percorrer teus labirintos mentais,
Pensar teu sonho inexplorado, imaginável,
Beijar teu inconsciente, repleto de ternura,
E sustentar teu sono em meu abraço afável.
Minha serenidade noturna,
Oposta à angústia que me toma o dia,
Poderia, assim, te embalar em calmaria,
E meus lábios seriam um sopro de melodia
Para fazer descansar teu coração,
Paragem crucial do meu ser na imensidão.
