Ainda tempestade

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Sou uma gota de água,
Sal cristalino da minha lágrima,
Que desce por entre as folhas do arvoredo,
Frondosos caminhos para te encontrar.

Mansamente, alcanço teu rosto.
Toco, devagar, os poros da tua pele
E me misturo com o suor, caloroso,
Que teu corpo exala ao caminhar.

Escorro pelo teu pescoço,
Alcanço tua mão
E me entrelaço em teus dedos,
Como quem deseja sustentar-se ali, sempre.

Mas a queda ao chão é inevitável.
Não há água parada que conduza vida.
E minha caída, certamente anuncia a chuva,
Nuvem carregada (para ti) de todo o meu amor.

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