segunda-feira, maio 13, 2024

Rio volta a vacinar profissionais da educação

CoronavírusRio volta a vacinar profissionais da educação

A Prefeitura do Rio antecipa na próxima semana o calendário para os trabalhadores da educação pública e privada. Outros quatro grupos de grande vulnerabilidade contemplados pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) também terão as datas antecipadas. Já no dia 31 de maio, a imunização contra a covid-19 será aberta para a população em geral, respeitando sempre o escalonamento etário.

Até a quinta-feira (20), 1.896.481 pessoas haviam tomado a primeira dose (D1) da vacina contra covid-19 no Rio, representando 28,1% da população carioca. Desse total, 880.280 completaram o esquema vacinal, recebendo também a segunda dose (D2) do imunizante. Um dos primeiros grupos prioritários convocados na campanha de vacinação, os idosos residentes na cidade já alcançam 97,3% de cobertura da D1.

“Ainda há pessoas que não tomaram a segunda dose dentro do prazo. Estamos realizando busca ativa por elas, mas fica o pedido: se conhece alguém que tenha tomado a primeira dose e não tenha retornado para a segunda na data indicada, peça que ela vá ao posto de vacinação onde tomou a D1 o quanto antes”, alertou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, reforçando a importância do retorno dos pacientes para completar o esquema vacinal.

As cinco categorias que terão sua vacinação antecipada a partir da próxima segunda-feira, 24 de maio, serão os trabalhadores da educação das redes pública e privada entre 49 e 45 anos (escalonado uma idade por dia, regressivamente), pessoas com doenças crônicas neurológicas, população em situação de rua, população privada de liberdade e funcionários do sistema de privação de liberdade. Com essa inclusão, o município contempla os 20 principais grupos indicados pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19.

“Todos nós queremos ser vacinados. O Brasil tem um número altíssimo de pessoas querendo se vacinar. É importante reforçar que sempre trabalhamos muito para que os profissionais da educação tivessem prioridade. E é isso que estamos fazendo no Rio”, ressaltou o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha.

A secretária municipal de Assistência Social, Laura Carneiro, falou sobre a expectativa de vacinação da população em situação de rua: “Vamos vacinar as pessoas em situação de rua por meio das instituições de acolhimento, escritórios de rua e consultório na rua da SMS, até que este público seja completamente atendido. São 7.272 pessoas nessa situação, segundo o censo realizado em 2020”.

Metas da prefeitura

Até 29 de maio, quando será concluído o calendário dos grupos prioritários, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) espera alcançar a marca de 30% de toda a população do Rio vacinada com pelo menos a D1. A partir de 31 de maio, a ampliação da campanha de vacinação avança para a população em geral, seguindo escalonamento por idade. A expectativa é de que, em cinco meses, até 23 de outubro, 90% dos cariocas com 18 anos ou mais estejam vacinados com a D1 contra a covid-19. O cronograma completo, que está disponível em coronavirus.rio/vacina, foi planejado de acordo com a previsão de envio de vacinas divulgada pelo Ministério da Saúde. A manutenção do calendário de vacinação na cidade está condicionada ao cumprimento deste cronograma.

Além do avanço do calendário etário, a repescagem para as pessoas dos grupos prioritários que faltaram à D1 no dia destinado à sua idade está acontecendo diariamente, até o final de maio. Já o cidadão que perdeu a data da D2 deve ir o mais brevemente possível à mesma unidade de saúde onde tomou a D1, para completar o esquema vacinal. A SMS disponibiliza mais de 260 pontos de vacinação em toda a cidade, funcionando de segunda-feira a sábado. A lista desses pontos, o calendário de vacinação e mais informações sobre grupos prioritários, documentos, etc. estão disponíveis em https://coronavirus.rio/vacina e nas redes sociais da SMS.

Fotos de Edu Kapps/Prefeitura do Rio

Cenário epidemiológico

O 20º Boletim Epidemiológico apresentado nesta sexta-feira (21) apontou que, assim como na semana anterior, todas as 33 regiões administrativas do município apresentam risco alto para a transmissão da covid-19, considerando as internações e óbitos. Os número de casos, óbitos e atendimentos de síndromes gripal e respiratória aguda grave (SRAG) da pandemia também mantêm tendência de queda, como tem sido acompanhado nos boletins anteriores.

Desde março de 2020, o Município do Rio soma 310.670 casos de covid-19, com 25.737 óbitos. Somente em 2021 são 107.554 casos e 7.217 mortes. A taxa de letalidade deste ano está em 6,7%, e a de mortalidade, em 108,3 a cada 100 mil habitantes. A incidência da doença é de 1.614,6/100 mil.

Na última semana, 68 novos casos de variantes do vírus foram identificados na cidade, sendo 41 moradores locais. Desde a identificação do primeiro caso de novas cepas, são 458 casos no município, sendo 373 residentes. São 363 casos da variante brasileira (P.1) e dez da britânica (B.1.1.7). Dos moradores infectados por essas cepas, 28 faleceram, 13 permanecem internados e 332 já são considerados curados. Dos não moradores do Rio infectados pelas variantes, 24 vieram de Manaus, sete de Rondônia e 54 de outros municípios.

“Estamos acompanhando o caso da cepa indiana com o nosso sistema de vigilância em alerta. Ainda não aconteceu no Rio, e a transmissão é local, então é bem possível controlar. O Ministério da Saúde está investigando e tomando as medidas cabíveis. Seguimos acompanhando com atenção”, explicou Soranz.

Medidas restritivas prorrogadas até 31 de maio

Em novo decreto publicado esta semana, a Prefeitura do Rio prorrogou até 31 de maio as medidas de restrição. O objetivo, segundo eles, é manter algumas restrições sociais a fim de dar continuidade ao enfrentamento da pandemia, que tem resultado em queda sustentada de casos de covid-19 nas últimas oito semanas, e de óbitos, por cinco semanas consecutivas.

O Decreto Nº 48.893, de 19 de maio de 2021, determina que bares, lanchonetes, restaurantes, quiosques da orla e congêneres têm permissão para o consumo apenas para clientes sentados, com distanciamento mínimo de dois metros entre cada conjunto composto por mesa e cadeiras, limitado a oito ocupantes, sendo admitida música ao vivo até as 23h. Já as academias de ginástica, piscinas, centros de treinamento e condicionamento físico podem ter aulas em grupos, com a ocupação dos ambientes limitada a um indivíduo a cada quatro metros quadrados.

Casas de espetáculo, concertos e apresentações podem funcionar, desde que mantenham distanciamento mínimo de 1,5 metro entre os participantes, com capacidade de lotação máxima de 40% em locais fechados e 60% em locais abertos, somente com público sentado. As mesmas regras valem para atividades comerciais e de prestação de serviços localizadas no interior de shopping centers, centros comerciais e galerias de lojas, bem como as atividades de museu, biblioteca, cinema, teatro, casa de festa, salão de jogos, circo, recreação infantil, parque de diversões, temáticos e aquáticos, pista de patinação, entretenimento, visitações turísticas, aquários, jardim zoológico, apresentações, drive-in, feiras e congressos, exposições e eventos autorizados. Em todas essas ocasiões, a formação de filas de espera e de aglomerações na entrada e saída é proibida.

Continuam suspensos o funcionamento de boates, danceterias e salões de dança; a realização de eventos, tais como rodas de samba e festas, em áreas públicas e particulares; e a entrada de ônibus e demais veículos de fretamento no município, exceto aqueles que prestem serviços regulares para funcionários de empresas ou para hotéis, cujos passageiros comprovem, neste caso, reserva de hospedagem. A fiscalização das indicações do decreto será feita pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEOP), a Guarda Municipal do Rio de Janeiro e o Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e de Inspeção Agropecuária (IVISA-Rio) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

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