O Ygor é jogador de futebol. É um jovem muito determinado, com uma história de vida única. Sempre deu tudo de si para alcançar seus objetivos no esporte. Ia para os clubes muitas vezes a pé. Mesmo quando as distâncias eram absurdas. Treinava durante horas para se tornar um jogador, um atleta, cada vez melhor. Cada vez mais capaz. Acompanhe essa entrevista única com esse campeão:
Com quantos anos você começou no futebol e quando percebeu que não era brincadeira e sim o seu caminho na vida?
Comecei com meus 5 anos de idade, no clube/projeto da comunidade do Lins, na cidade do Rio de Janeiro. Eu percebi que o futebol era o meu caminho, o meu propósito, quando eu fui convidado para a ser jogador da base do Fluminense. À partir desse ponto vi que o futebol não era mais brincadeira. Era e continua sendo o meu sonho.
Como você faz para manter o condicionamento físico na quarentena?
Então, está sendo muito difícil pois a grande maioria dos clubes está com os treinamentos bem reduzidos e cautelosos. E, quem está parado, está tendo que fazer treinamentos específicos em casa. Prejudicando assim um pouco da parte física e mental dos atletas.
O que você mais gosta de fazer no seu tempo livre?
Como na maioria da minha carreira tive que estar sozinho, sem os meus familiares, costumo deixar um tempo para estar em ligação com a família. Costumo descansar, jogar videogame, gosto de assistir jogos de futebol e basquete. Tento fugir um pouco da realidade dura que é ficar longe das pessoas que eu amo e também evitar a saudade. Procuro sempre estar ocupado para evitar pensamentos sobre eu estar longe da minha familía.
Qual é o seu maior objetivo no esporte?
Meu maior objetivo é ter uma carreira de sucesso e conseguir ajudar minha família a ter uma melhor qualidade de vida. Ter grandes conquistas. As vitórias tem uma sensação única depois de ter trabalhado muito para conseguir.
E fora do esporte, você tem algum sonho?
Tenho sim. O sonho de ter uma família, ter minha casa, meus filhos. E ser uma inspiração para muitas pessoas dentro ou fora do futebol.
Qual foi a coisa mais louca que você já fez pela sua carreira?
Eu já tive que dar calote em ônibus para conseguir ir treinar pois não tinha o dinheiro todo da passagem. Eu sei que foi uma coisa errada. Mas Deus sabe que tenho um coração bom e não cometeria esse erro sem nenhum motivo.
Quando você alcançar os seus objetivos atuais, o que pretende fazer?
Eu pretendo ter um tempo para a minha família. Conviver mais com eles. Ter um tempo para o meu futuro filho e desfrutar da vida sempre agindo no caminho correto.
O que você mais gosta no seu esporte?
Eu gosto muito do amor que é transmitido pelo futebol. As emoções que esse esporte acaba causando em nós. Essa vibração única. Une o Brasil e o mundo na mesma motivação. Essa energia que o futebol trás me dá motivação, força e vontade de seguir esse caminho.
Você já faz ou pretende fazer algo para apoiar crianças e jovens que passam por dificuldades?
Sim. com toda certeza. Pretendo fazer algo para ajudar a comunidade do Lins. Lá existem grandes talentos. Não só dentro do futebol, mas também em outras áreas. São crianças olhadas com maus olhos pela sociedade. Faltam de oportunidades e ensino para essas crianças e jovens. Por isso quero dar um apoio. Eu sei o que é ser uma dessas crianças que tem que batalhar muito para conseguir ir além. Eu saí de lá e sei que o quanto é sofrido. Vou dar o meu melhor para transformar a realidade dessas crianças e jovens.
Qual mensagem você quer deixar para as pessoas que estão pensando em desistir de um objetivo por causa das dificuldades ou porque os resultados não vieram no tempo que elas imaginavam.
Então, quero deixar a seguinte mensagem: com as dificuldades, vêm as glórias. Pensamento positivo sempre. Deus sempre olha para os seus filhos e dá as condições para cada um de nós sermos felizes.
Seja forte e acredite no seu próprio potencial. Só você pode alcançar o que você almeja. Então, nunca deixe de sonhar. Pode demorar, mas Deus é justo e vai te honrar.
(.)
FALA MANU
Olhem que história forte, cheia de desafios e batalhas. O Ygor nos ensina que as dificuldades estão aí. Todos nós temos as nossas batalhas. Mas quem determina o quanto essas dificuldades têm poder sobre nós é a nossa força de vontade, é a nossa fé nos resultados, nas vitórias, no sucesso.
E na minha visão, o Ygor não será um campeão algum dia. Ele já é campeão hoje. Nos tornamos campeões, vencedores, pessoas de sucesso, quando nós decidimos com toda a nossa força interior que vamos alcançar um determinado objetivo.
Hoje o Ygor joga na Europa. Mas não pense que ele realizou o sonho dele por completo. Ele está construindo a realização do sonho dele. Assim como eu também estrou construindo essa realização do meu sonho.
Mas nós já somos vencedores. A vitória é um processo contínuo de construção diária. E não é um processo fácil. Como o Ygor falou, ele está longe da família, dos amigos aqui do Brasil. Não é fácil essa batalha. Mas é o sacrifício dos campeões para chegar ao auge do sucesso.
Quem não faz sacrifícios, quem não está disposto a dar tudo de si, pode não chegar onde almeja. Dê seu melhor, assim como o Ygor nos ensina com a sua história.
Independentemente da sua área, tenha foco nos seus objetivos e se empenhe ao máximo. Esses conselhos são para todos. Não só para atletas. Nós, esportistas, aprendemos desde muito cedo a não desistir. Aprendemos na prática que os resultados não vêm de forma rápida e fácil. Depende do esforço diário e isso serve para todos os cenários.
Ygor, foi um prazer te entrevistar. Desejo a você muito sucesso e felicidade. Grande abraço e até a próxima.
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