Frederick Silva e Thainá Sodré continuam desaparecidos
Como informamos em primeira mão na semana passada, a empresa F3 Tech está sendo acusada de sumir com os investimentos de diversos clientes que apostaram na empresa e na possibilidade de retorno curto e valores altos.
Os donos, Frederick Silva e Thainá Sodré desde fevereiro não aparecem em público e seus familiares também não sabem dizer onde eles estão
AQUI: Exclusivo: Casal dono de empresa de investimentos some e clientes ficam sem dinheiro
Depois da veiculação da matéria, de forma impressionante diversos clientes que acabaram virando vítimas procuraram a nossa reportagem e deram os seguintes depoimentos, confira:
Mayara teve imensos prejuízos
“Conheci a F3 Tech através do pai do meu filho, resolvi investir tudo que eu tinha, deixaria 6 meses e pegaria depois o valor q tinha investido… Solicitei o meu primeiro saque e não tive problema, já no segundo atrasou 15 dias… E quando eu solicitei o terceiro fui informada dos atrasos, mas achei q fosse no máximo 15 dias, era p eu ter recebido no máximo até dia 14 março, mas isso não aconteceu…
Em abril eles enviaram um e-mail dizendo que em Junho tudo estaria resolvido, não iria ter mais atrasos, no dia 11 de abril mandei recado o Frederick pedindo que me ligasse urgentemente, ele me ligou e me tranquilizou, disse que as contas estavam bloqueadas e que não conseguia fazer transferências, mas estava trabalhando com 2 bancos virtuais e que já estava fazendo alguns pagamentos. Mas isso não aconteceu, no dia 24 de abril, resolvi ir na casa onde eles moravam na Barra da Tijuca, e descobri que eles não estavam mais morando lá… Tentei entrar em contato, liguei, mandei e-mail e nada de ser respondida. Entrei em um grupo que tinha mais de 100 pessoas na msm situação, comecei a ver que era mais sério do que eu pensava. Liguei para a mãe da Thainá e ela disse que não sabia onde estava a filha, e que não sabia se ela estava viva, falou que iria na delegacia prestar queixa sobre o desaparecimento, mas não sei se ela realmente foi.
Nunca imaginei que fosse passar por isso”
A microempreendedora Ana Carolina também perdeu parte do que iria investir em seu negócio para colocar na F3 TECH
“Eu investi no dia 25 de outubro e decidi fazer uma parte do resgate em fevereiro. Investi 3mil, e entrei em contato 2 dias antes como haviam explicado. Porém, quando falei disseram que seria só pedindo 10 dias antes, reclamei que não fui informada da mudança e que não iria resgatar mais, mas a empresa deveria ser mais transparente e comunicar qualquer mudança aos investidores
Com isso, fiquei desconfiada e fui nas redes sociais olhar as atualizações da empresa e vi que tinham algumas reclamações
Entrei em contato com um dos investidores e soube que já existia até um grupo e que algumas pessoas já estavam sem receber os seus investimentos
Comecei a acompanhar e me comunicar com o Roque (funcionário) até receber uma mensagem automática do whatsapp de que tudo deveria ser tratado por e-mail e recebi depois por e-mail uma mensagem sobre o desligamento do Ricardo (funcionário) e do Roque.
Tentei ligar para os telefones da empresa e para a minha surpresa todos estavam sem linha
A falta de organização já me deixou desconfiada, fui acompanhando o grupo ainda com um pouco de esperança, mas qdo os rapazes foram desligados e não consegui falar mais com a empresa aí sim percebi que caí em um golpe
Sou microempreendedora, no momento não está fácil, esse dinheiro deixei render para comprar materiais para o meu trabalho então imagina, seria a forma de fazer o meu negócio crescer tendo em vista q poderia comprar equipamentos melhores e investir em marketing com o dinheiro que iria render.
Agora confesso q talvez tenha que pegar outro emprego para dar continuidade a minha empresa pq é de criação, ilustração, então não é algo muito fácil de ter um retorno rápido. Esse dinheiro era justamente para segurar até a empresa estar estabelecida.”
Uma das vítimas disse que não conseguiu nunca conseguiu sacar nem uma parte do valor investido
Shara Mendes foi uma das vítimas
“Comecei a investir em setembro, através de uma amiga que indicou. E por saber que ela não entraria numa furada, eu fui”
Ela procurou pela empresa mas sequer responderam as mensagens via WhatsApp
Monique foi pela indicação de familiares que estavam obtendo retorno, começou a investir em janeiro e no todo aplicou mais de três mil reais.
No que ela ia pedir o saque, soube pelo noivo que também havia ajudado no investimento, que o casal estava sumido e sendo procurado pelas vítimas
” Minha mãe começou a fazer investimentos, minha irmã também e vi que elas estavam obtendo retorno. No início, não dei muita credibilidade, mas após ver que de fato havia resultado, afinal, não era algo que via na televisão ou com pessoas distantes, estava ocorrendo com pessoas do meu convívio, senti maior segurança e passei a investir também pouco mais de 3 mil”.
Monique pretendia usar o dinheiro para construir sua casa nova com o noivo.
” Pensei q meu noivo estava lendo alguma reclamação e que tudo iria se resolver. Até q parei para prestar atenção no que ele estava falando e fui ler a postagem também.
Fiquei bem triste, afinal, como lhe disse, contava com esse dinheiro para dar entrada na casa onde moro e eu tenho 20 anos, acabei de iniciar minha vida e já passo por uma frustração dessa”
AQUI: Exclusivo: Casal dono de empresa de investimentos some e clientes ficam sem dinheiro
Cris, técnica em enfermagem também relata tristeza com a situação após um momento pessoal complicado que passou.
“Conheci a empresa por meio de uma colega de trabalho, ela investiu, teve retorno e com a crise que está… A gente tem sonhos né e me interessei”
Mesmo desconfiada, chegando até a pesquisar na internet sobre a reputação da empresa, resolveu investir
“Todos falavam muito bem da empresa e do Frederick. Veio promessa, contrato, planilha. Investi todo o meu dinheiro.
Vou abrir um B.O. Talvez eu entre com ação depois, mas no momento não tenho condições psíquicas e financeiras para isso”
“É pior que ser assaltada a mão armada”
E não foi só em cima de pessoas do Rio de Janeiro: Fábio, de Salvador tinha vários investimentos na empresa e chegou até a vender o carro da namorada. Hoje perdeu tudo
“Eu tinha vários investimentos e tudo dava certo, até que em dezembro começaram os atrasos. Cheguei a vender o carro da minha namorada para investir. Perdi tudo. Ela ainda não sabe, mas irei pagar”
“Tenho mais de 70 mil reais com eles mas conheço pessoas que chegaram a investir mais de 100 mil para quitar o apartamento depois. Hoje estão sendo despejados”
Thaís teve na perda do investimento um grande transtorno e procura respostas
“Eu conheci a Thainá e o Fred por intermédio de amigos meus e eles estavam montando uma loja de roupas. Logo em seguida uma amiga começou a investir e começou a receber e bem através da F3 Tech.
Tivemos um convívio, fiquei mais próxima da realidade deles.
Resolvemos investir eu, minha mãe e minha irmã.
Investi dois mil reais em outubro e para sacar eu deveria avisar com antecedência para eles terem o prazo de sete a dez dias para depositar na conta.
Solicitei o saque em janeiro mas ficou programado para 17 de fevereiro. Depois que soube que as contas estavam bloqueadas e os funcionários sem pagamento, solicitei por medo e raiva, o valor total já que não queria correr riscos.
Aí que eles disseram que não tinham previsão de pagar, já que estavam com as contas bloqueadas”
AQUI: Exclusivo: Casal dono de empresa de investimentos some e clientes ficam sem dinheiro
Thaís que chegou a ser próxima do casal questiona o valor bloqueado e as viagens do casal.
“Ao mesmo tempo que alegavam o bloqueio de recursos estavam viajando para Londres por causa da loja”
“Quando eu comecei a ver que eles não respondiam mais email, whatsapp, nem nada, vi que caí num golpe”
Thaís disse que por conta da morosidade da justiça não acredita que terá seu dinheiro de volta mas lamenta o fato de outras pessoas terem investido muito mais e perdido.
” Tem gente que investiu economias de uma vida inteira. Não aceito que isso fique impune”
Além dos investidores que conversaram conosco, nos comentários da notícia semana passada novos investidores apareceram contando seus relatos.
Confira
Jaqueline Melo: Eu quero justiça e ver eles na cadeia
Allan Farias: Tinha 5 mil com eles e investi tudo que tinha. Muito triste isso.
Rocilea Vicente: Tenho com eles o valor de mil reais
Isabelle Braga: Também investi tudo que tinha, quase dois mil reais.
Várias vítimas já registraram B.O porém ainda não se sabe por onde anda o casal e nenhum dos seus familiares foi localizado até agora.
AQUI: Exclusivo: Casal dono de empresa de investimentos some e clientes ficam sem dinheiro
Caso pode ser pirâmide financeira
Um caso parecido foi com a empresa JJ INVEST que até o ano passado patrocinava clubes de futebol, incluindo o Vasco e até programas de rádio e jornalistas.
Jonas Jaimovick numa ascenção financeira rápida conseguiu transformar a sua empresa num negócio milionário através de trades e ações cujo rendimento seria maior que 10% ao mês com uma carteira de clientes que iam desde a comunidade judaica até mesmo Zico e Sérgio Mallandro.
Só que em janeiro Jonas sumiu, a empresa fechou e os cliente ficaram a ver navios
A diferença é que a JJ tinha diversos clientes ricos e a F3 TECH tinha como alvo a população mais pobre e oriunda das favelas.
O caso sendo enquadrado como pirâmide pode levar de 6 meses a 2 anos de prisão e multa por ser um crime contra a economia popular
O estelionato também pode ser aplicado com pena de 1 a 5 anos de prisão.
GAZETA procurou e continua procurando respostas dos acusados mas não obtivemos resposta. Quando eles se manifestarem o espaço será dado de forma integral
Estão no rastro deles. Apareceram em Curitiba com a loja Nataxashop.
Criaram o Nataxashop2 com notas de esclarecimento sobre mais um golpe por lá.