Análise do filme Capitã Marvel. Confira!

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Por Daniel Mattoso

O universo Marvel já é o maior universo compartilhado entre seus filmes. Com 20 filmes lançados em 10 anos, o UCM como é conhecido, também abrange seriados em diferentes canais.
Mas apesar de nomes de sucesso como Homem de Ferro, Thor e Hulk, uma presença feminina começou a fazer falta neste universo. A ótima Scarlett Johansson interpreta a heroína Viúva Negra em cinco destes 20 longas, porém nunca um filme que podia ser chamado de seu. Sempre esteva ou no time dos Vingadores ou nos filmes estrelados pelo Capitão América ou Homem de Ferro.
Depois que a concorrente DC Comics acertou em cheio em colocar uma mulher protagonizando um filme de Super Heróis, a Mulher Maravilha, e este foi um tremendo sucesso de bilheteria e crítica, a Marvel percebeu que perdeu tempo em não ter um filme protagonizado por uma de muitas heroínas que possui. Mas era chegada o dilema: qual escolher?
A Viúva Negra é uma espiã russa, com raízes na guerra fria. Para complicar, existe um filme recente, de 2018, estrelado pela Jennifer Lawrence, chamado “Red Sparrow”, que conta uma história de uma jovem que foi treinada pela KGB (agência de espionagem russa) para ser uma espiã. Ou seja, quase a história da Natasha Romanova. E olhando para os seus próprios quadrinhos, a Marvel percebeu a ascensão de uma personagem que poderia representar na medida, uma nova fase dela nos cinemas: Carol Danvers, a Capitã Marvel.
Para o papel, a Marvel escolheu a premiada atriz Brie Larson, vencedora do Oscar pelo filme O Quarto de Jack. E iniciou um plano para transformá-la em ícone tanto em popularidade, quanto em poderes, deixando-a tão poderosa nos cinemas, quanto o Thor ou Hulk.
Carol Danvers iniciou sua história em quadrinhos de forma como coadjuvante. Inicialmente uma oficial do exército, ela era o interesse romântico do Mar-Vell, um super heroi alienígena que viva infiltrado na Terra. Depois de um acidente, Mar-vell passou alguns de seus poderes para ela, que passou a adotar o nome de Miss Marvel e ostentar uma roupa preta com uma faixa amarela.
Depois de muitas idas e vindas, nos quadrinhos, recentemente, a heroína passou a adotar o nome Capitã Marvel e um novo uniforme, vermelho, que é usado no filme.
Em falar nele, como explicar a presença de alguém tão poderosa se nunca apareceu nestes 20 filmes? A resposta está no passado. Sim, o filme é todo passado nos anos 90, numa incrível reconstrução de tempo, com direito a locadora Blockbuster, músicas da época, computadores lentos e orelhões. Na trama, Danvers faz parte de um grupo espacial de alienígenas Krees, chamado Starforce. Eles são responsáveis em monitorar um planeta com uma presença de alienígenas hostis chamados Skrulls, que podem mudar de forma. A missão é para resgatar soldados Krees, mas Carol é capturada.
Ela é colocada numa estranha máquina que penetra suas lembranças e os Skrulls identificam uma senhora na Terra que pode ser a resposta do que eles procuravam. Então, a heroína embarca para o nosso planeta, junto com os aliens, num jogo de gato e rato, para quem chega primeiro a ela. Neste caminho, ela conhece o jovem Nick Fury, que se alia a ela e estabelece uma interessante dinâmica de filmes de duplas, como Máquina Mortífera.
Enquanto está na Terra para completar a sua missão, Carol vai relembrando seu passado e percebendo que é terráquea e que sua história não é bem o que contaram para ela. E que aqueles que eram aliados podem se tornar uma grande ameaça e vice versa.
O filme traz diversos elementos machistas para reforçar o estereotipo da mocinha que não é merecedora do exército ou de ser uma excelente piloto. E com isso, a personagem reforça a todo tempo a necessidade de superação e de como se tornar uma oficial com excelência independente do sexo.
Essa característica é mostrada a exaustão na medida que o filme avança, e vamos conhecendo a história da personagem que vai descobrindo sua origem terráquea. A mensagem do longa é mostrar a força feminina que possui ainda duas outras destaques: Lashana Lynch, como a amiga e piloto Maria Rambeau e sua filha, Monica feita pela atriz mirim Akira Akbar.
A trama é fechada e mostra ao final do longa, a heroína entrega a Fury o pager, que ele usa para chama-la na cena pós créditos, em “Vingadores Guerra Infinita”. E em falar em cena pós créditos, há duas, mas o grande destaque fica para a primeira, com participação dos Vingadores que sobreviveram.
O filme é muito bom. Tem diversos momentos interessantes, mas o que fica faltando é um pouco mais de naturalidade. Carisma, a atriz tem de sobra. Veremos já em Abril no próximo e conclusivo filme dos Vingadores, as consequências desse retorno dela à Terra.
Nota 8.7

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