É preciso sempre lembrar as responsabilidades de quem causa as tragédias.
Imagem: Jornal o Tempo de Minas Gerais
Elas são apontadas em duas direções: para a Vale, que fez um projeto porco e para o governo de Fernando Pimentel, o pior da história do estado de Minas Gerais que além de aprovar a ampliação de duas minas no local do crime, sancionou a flexibilização do licenciamento ambiental.
As duas minas foram construídas em Brumadinho.
Ambas estão localizadas no entorno do Parque Estadual da Serra do Rola Moça, uma das mais importantes áreas verdes de Minas Gerais, como informa o portal Antagonista.
O pedido foi aceito e assinado por Rodrigo Ribas, superintendente de Projetos Prioritários, do governo Fernando Pimentel.
Numa reportagem do JORNAL O TEMPO é relatado como isso foi feito.
A Vale colocou informações erradas e omitiu outras no processo que pedia a ampliação do licenciamento da empresa. A Vale sempre dizendo que estava tudo ótimo.
A Superintendência de Projetos Prioritários ainda aprovou três licenças ambientais ao mesmo tempo para a continuidade das operações da mina do córrego do feijão por dez anos.
A deliberação normativa 217/2017 feita pelo governo do Estado de Minas tinha por objetivo desburocratizar e dar rapidez aos processos de licenciamento ambiental.
E isso feito sob protesto da FONASC – Fórum Nacional da Sociedade Civil das Bacias hidrográficas
Ou seja, o governo de Fernando Pimentel, tinha total ciência do que estava acontecendo e tem total responsabilidade assim como a Vale da tragédia ocorrida.
A Samarco até hoje não cumpriu o prometido com os moradores de Mariana num caso até parecido. Lembrando a total conivência do governador para com a mesma
O prefeito de Brumadinho não tinha NENHUM projeto para a área, ainda mais sendo do Partido Verde.
Romeu Zema, atual governador do NOVO em entrevista disse que sua proposta era a simplificação e desburocratização dos processos, chegou a pensar em unir meio ambiente e agricultura numa mesma secretaria, como Bolsonaro, mas depois mudou de ideia e passou a defender legislação ambiental rígida, mas sem se detalhar muito.
É preciso responsabilizar de maneira criminal os culpados e devolver aos sobreviventes a vida digna que eles tinham.
Estamos sem dúvida diante da maior tragédia ambiental brasileira
