Mais uma Copa perdida. Os erros que levaram o Brasil a derrota

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Foto: Toro Ranai/ Reuters

A seleção brasileira de futebol lutou muito e perdeu para a boa seleção da Bélgica por 2 a 1 e está eliminada da Copa do Mundo da Rússia 2018.

Nesse momento surgem as mais diversas críticas e teorias, além de questionamentos sobre o porquê tudo isso aconteceu.

Uma das coisas que aponto é a maneira como a imprensa ressaltou e até relevou a eliminação de maneira surpreendente na minha visão.

Tudo bem que essa eliminação é diferente de eliminações anteriores do Brasil como em 2006, 2010 e em 2014 é claro.

Me lembra mais a de 2010 onde o time até o fim tinha chances e contra uma seleção semelhante a Bélgica, que foi a Holanda.

No final do jogo, como não vi em nenhuma Copa, Galvão Bueno, Ronaldo e Casagrande assim como a cobertura da Globo em nenhum momento questionou Tite, sua convocação, o que chega a ser normal pelo fato do treinador ter sido tratado como um Deus praticamente.

Tite não é o salvador da pátria. É um bom técnico que fez um bom trabalho no Corinthians através de uma maneira compactada de jogar, o que não significa que você pode pegar um Gabriel Jesus e transforma-lo num Jorge Henrique, por exemplo.

Não se questiona o fato de Tite ter levado jogadores machucados ou em claro desgaste físico para a Copa?

Fred, Douglas Costa, Renato Augusto, Danilo e até Marcelo tiveram problemas físicos na Copa.

Danilo estaria fora. A falta de formar um lateral substituto ao Daniel Alves, fez Tite levar Fagner para a Copa, jogador sem condições técnicas de estar ali.

Tite se apegou a sua patota Corinthiana na comissão técnica.

No todo fez um bom trabalho mas pra continuar e ter sucesso precisa mudar alguns aspectos:

O principal é Neymar. O pobre menino rico mostrou na eliminação da Copa que não amadureceu e que continua sendo um menino aos 26 anos de idade.

Tite o protege como se fosse um pai na sua aura de pastor praticamente. A demagogia que encantou a imprensa e a maneira como protegeu diversos jogadores.

A teimosia com Paulinho e com Gabriel Jesus, ótimo jogador mas o pior centroavante brasileiro em Copas de todos os tempos enquanto que Firmino pedia passagem.

Fernandinho sequer deveria ter voltado a seleção após o 7 a 1, onde foi o pior jogador.

Marcelo deveria ter ficado no banco, ótimo no Real Madrid, péssimo na seleção.

Tite se quiser continuar tem que melhorar e abrir mais o leque nas convocações. Dunga agiu da mesma forma e foi atacado virulentamente pela imprensa.

Tite fez sim um bom trabalho, a seleção vinha mal nas eliminatórias e com ele se classificou com sobras.

Ganhou amistosos, de fato criou uma esperança pelo hexa, mas os problemas aconteciam e eram deixados de lado.

É preciso primeiro, que o novo presidente da CBF, Rogério Caboclo assuma e diga a Tite o que quer e que Tite ouça mais. Essa pose de Pastor evangélico não rola.

Coronel Nunes é o presidente da CBF hoje. Não tem como dar certo isso.

Tite deve se continuar pegar uma base desses jogadores e convocar novos, também não é momento de zerar o time, mas mudanças mais profundas devem ocorrer. A zaga e as laterais certamente irão mudar. Casemiro, Gabriel Jesus poderão continuar.

Getty Images

Neymar, se não virar um Robinho ou um Ronaldinho Gaúcho da vida, pode se quiser disputar outra Copa.

Edu Gaspar defendendo-o foi lamentável, vergonhoso.

Era uma Copa para o Brasil. Nossos erros não deixaram isso acontecer.

Nossos enquanto time, da imprensa e da comissão técnica.

Ano que vem tem Copa América aqui.

Getty Images

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Leonardo Oliveira Brito
Leonardo de Oliveira Brito é Jornalista. Participou de projetos como o CDD na Tela e da Agência Jovem de Notícias onde cobriu a Rio + 20, em 2012. Oficialmente começou sua carreira em 2013, no projeto Parceiros do RJ do RJTV na TV Globo. Em 2014 foi para o site SRZD onde cobriu os carnavais de 2015 e 2016 e depois, em 2018 e 2022. Também passou pelos sites Carnavalesco, Destino ATW e Na Tijuca e Eu Rio!, onde participou da criação do site. Criou o seu blog, em 2016 e em 2018 lançou o jornal online Gazeta do Rio. Hoje também é repórter do jornal A Tribuna, de Niterói.

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