Acabou a geração penta. Em entrevista a Galvão Bueno, no Esporte Espetacular da Globo, Ricardo Izecson Leite, conhecido mundialmente como Kaká anunciou a aposentadoria aos 35 anos de idade.
Foi uma declaração digamos surpreendente, já que Kaká era especulado no São Paulo e até mesmo no Milan, dois clubes onde é ídolo.
Houve propostas oficiais das equipes mas Kaká resolveu parar.
Foi o último melhor jogador do mundo brasileiro. Isso em 2007 concorrendo já com os monstros Messi e Cristiano Ronaldo, que levaram tudo na sequência.
Kaká disputou três copas do mundo. 2002 quando era o caçula da equipe e 2006 e 2010 como um dos astros.
Um craque. Dentro e fora de campo. Segue a sua fé cristã e sempre se portou de maneira exemplar no futebol.
Um ídolo meu, confesso.
Gosto muito do Milan e um desses motivos foi a grande equipe montada nos anos 2000 com Kaká no meio junto com Seedorf, Pirlo, Gattuso e craques como Shevchenko, Maldini e tantos outros.
Foi o melhor jogador disparado da temporada 2007, decisivo na semi-final da Champions League contra o Manchester United e na final contra o Liverpool.
Era o craque brasileiro no seu auge já no pós auge de Ronaldinho Gaúcho.
Sua transferência para o Real Madrid talvez tenha sido um passo equivocado na carreira mas era uma oportunidade relegada a poucos no futebol.
Seguidas lesões fizeram Kaká ter um desempenho abaixo da média nas temporadas pelo Real. Chegou a ser reserva com o técnico José Mourinho e decepcionou na Copa do Mundo de 2010 onde a qualquer momento sua lesão poderia voltar.
Kaká foi um exemplo de profissional, diferentemente de outros jogadores da sua geração. Foi um craque do futebol raiz.
Ao sair do Real, volta ao Milan. Não dá certo na temporada. O Milan já não dá certo há muito tempo.
Volta ao São Paulo e é um dos destaques da equipe na campanha da temporada 2014.
Na minha opinião tinha espaço na equipe que disputou a Copa. Felipão foi injusto não levando-o preferindo jogadores como Fernandinho, Hulk e Luiz Gustavo, abaixo da média para o futebol profissional.
Kaká vai para os EUA e no Orlando City se torna o principal jogador da sua liga.
Não aguentou as lesões e a falta do brilho de antigamente.
Ainda é acima de média para o futebol brasileiro por exemplo mas os arranques, velocidade, chutes de fora da área ficaram para trás.
Kaká foi um craque. Poderia ter sido muito mais do que foi, se não fosse as lesões mas deixa sua marca na história do futebol.
Nem tão cedo veremos outro brasileiro como melhor do mundo.
Valeu Kaká!