Tava reparando uma coisa em uma página de um grande portal de noticia aqui no Facebook:
Uma matéria que falava mal do PT tinha como comentários de maior “sucesso” aqueles que criticavam a matéria e falavam bem do PT. Então fui reparar em outras matérias e encontrei algumas que eu poderia dizer que seguem mais a linha do partido, ai os papéis se invertiam, passando a fazer mais sucesso aqueles comentários que falavam mal do PT.
Nenhuma surpresa né? Todo mundo sabe do nosso fetiche por falar mal e o quanto a “treta” dá audiência. Temos certa fixação pela negatividade (e nem faço juízo se isso é negativo rs). É como aquela máxima: se você pega um trânsito tranquilo para voltar pra casa, isso não será um assunto, mas se você passar horas parado no trânsito esse certamente será um dos seus principais assuntos do dia, esperado.
A grande imprensa percebe isso e muitas vezes joga nisso a sua razão de existir. No que considero o mundo ideal teríamos uma grande imprensa no Brasil, primeiramente livre, e depois que tomasse partido das coisas.
Raramente isso acontece de maneira escancarada nos editoriais, porque ter um claro público alvo é pior para os interesses do que o caos e os ataques de todos os lados, ainda mais nos tempos de redes sociais. O caos jogado num liquidificador de emoções controversas da massa gera uma puta variedade comercial.
Para a Globo por exemplo é muito mais interessante ser atacada por camadas da esquerda que a consideram “golpista” e ao mesmo tempo ser atacada por conservadores que urram por um beijo Gay em novela. É muito mais interessante ter por um lado gente criticando por suas alianças com grandes empresas e por outro lado pessoas que criticam pela aliança de verbas publicitárias com o governo. E por ai vai… faz parte do jogo!