Leonardo Oliveira
O Primeiro turno acabou. Teremos Marcelo Crivella e Marcelo Freixo disputando a prefeitura do Rio no segundo turno. Com 100% das urnas apuradas, vamos aos números:
- Marcelo Crivella – 27,78% -842.201
- Freixo – 18,26% – 553.424
- Pedro Paulo – 16,12% – 448.775
- Flávio Bolsonaro – 14,00% -424.307
- Índio da Costa – 8,99% – 272.500
- Osório – 8,62% – 261.386
- Jandira – 3,34% – 101.133
- Molon – 1,43% – 43.426
- Carmen Migueles – 1,27 – 38.512
- Cyro Garcia – 0,19 – 5.759
- Thelma Bastos – 0,05 – 1.436
O resultado mostrou uma derrota política ao PMDB, partido que está no comando do Estado desde 2006 e da cidade desde 2008. Eduardo Paes não conseguiu fazer de Pedro Paulo o seu sucessor político.
O segundo turno já começa com a surpresa da proximidade maior entre Marcelo Crivella e Freixo. Crivella que estava na faixa dos 30% agora ficou com menos de 28 por cento. Seu menor número desde o início da eleição. Freixo chega ao segundo turno também motivado pelo voto útil, que fez com que Jandira e Molon tivessem menos votos para que uma candidatura de esquerda chegasse ao segundo turno. Freixo tem a sua militância mais centrada na Zona Sul, estudantes e professores do Rio, além de pessoas com ensino superior completo ou cursando. Muitos jovens também fora das classes sociais mais abastadas manifestaram apoio a Freixo. Entidades, coletivos ligados a favelas cariocas também manifestaram apoio a Freixo.
O eleitorado de Crivella tem na sua base pessoas mais velhas, senhoras de idade, evangélicos entre os quais fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus. Moradores de favelas, camelôs, frentistas, pessoas humildes com menos estudo votam em Crivella por estarem cansados do governo Paes mas sem ver lógica no plano de Freixo.
Diante de uma derrota gigantesca do PMDB, vemos uma novidade e uma disputa interessante.