Desvaneço toda minha alma
Ao caminhar diante da luz.
Faltam-me forças,
Sobram-me pés
Que me escondem ao revés
Do verde que pressinto.
Quisera puxar para dentro
O ar, num suspiro de alento,
Imergir nas cores,
Experimentar os sabores
De tamanha grandeza natural.
Todavia, sobram-me pés,
E eles carregam-me, num tropeço,
Para longe, num horizonte
Que se perde, enquanto desvaneço.