Otavio Castro lança novo álbum Natiumbi

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Músico dá detalhes sobre gravações no meio da pandemia

Foto de capa: Maria Silva

O músico Otavio Castro lançou um novo disco chamado Natiumbi. O curioso nome do projeto é a junção de Tiumbi (nome da rua onde mora no Alto da Boa Vista) com ‘na’ da palavra natureza (que por sinal, é tão exuberante no local onde vive o artista).

Numa viagem solo em busca de novas experiências musicais, Otavio encarou o desafio de participar de todo o processo de criação dos arranjos, além de tocar todos os instrumentos das composições.

Otavio Castro também é professor, tendo colaborado diretamente para a formação de uma nova geração de gaitistas, dando aulas dentro e fora do Brasil. Em 2009, participou da Convenção Anual da SPAH (Society for the Preservation and Advancement of the Harmonica) realizada em Sacramento/CA (EUA).

O álbum Natiumbi foi lançado no dia 30 de outubro, conta com 13 faixas mesclando composições autorais com de outros artistas consagrados: Natiumbi, Bebê (Hermeto Pascoal), Miudeza, Saci (Guinga e Paulo Cesar Pinheiro), Lua Nova, Surpresa para Maria II, Viver de Amor (Toninho Horta e Ronaldo Bastos), Promessa, House Of Jade (Wayne Shorter), E Nem Dá para Dizer (Hermeto Pascoal), Bom Retiro, Calango e Nefertiti (Miles Davis).

Em entrevista a Gazeta do Rio, Otavio fala do lançamento do disco e da sua carreira

1- Qual a inspiração para o disco e para a carreira?

A inspiração para o álbum Natiumbi surgiu como resultado do processo de gravações acumuladas durante os primeiros meses da quarentena (entre os meses de abril e julho).

Tudo começou com vídeos para o YouTube (OCHARMONICA). Diante de muitos elogios e incentivos, decidi elevar o material ao patamar de álbum nas plataformas de streaming. Já a inspiração para minha a carreira veio da vivência no universo musical e da vontade de desenvolver uma linguagem original a partir das harmônicas.

Fale um pouco da carreira. Como começou e chegou até aqui?

Nasci numa família musical, meu pai foi baterista, compositor e um dos fundadores do clube de Jazz e Bossa nos anos 60. Minha irmã mais velha me arrastou para os bailes de MPB quando eu tinha 9 anos, e lá comecei a tocar. Tenho primos que também são excelentes músicos. Inclusive, com um deles gravei uma faixa-tributo em homenagem ao meu mestre, Mauricio Einhorn, chamada “Tristeza de Nós Dois”.

Enfim, a música sempre esteve presente. As harmônicas entraram na minha vida aos 14/15 anos de idade. Aos 17 anos iniciei nas gigs de jazz e isso tudo foi influenciando meu jeito de tocar. Tive oportunidade de trabalhar com pessoas maravilhosas como João Donato, Carlos Lyra, Chiquito Braga e Márcio Hallack. Em 2008, lancei meu primeiro álbum, “Promessa”, onde toco sambas e choros. Em 2019, lancei um álbum mais jazzístico, “Bom Retiro”. E, em 2020, lancei “Festança Gaitaria”, no segmento de música eletrônica. E ainda em 2020, lancei “Natiumbi”.

E como você vê 2020 e como produzir diante dessa pandemia que vivemos?

Sem dúvida, 2020 é um ano de contrastes que foram agravados pela pandemia do coronavírus. Natiumbi foi um álbum gravado em casa, sozinho, num modesto home studio. Musicalmente representou um retorno às minhas origens. Busquei remontar o clima das festas familiares que aconteciam quando eu era moleque. O intuito foi produzir alegria e afeto como forma de resistir. Acredito que esse modo caseiro de produzir estará cada vez mais presente no mercado fonográfico, principalmente em tempos de isolamento social.

O álbum está disponível nas plataformas musicais como o Spotify:

https://open.spotify.com/album/4vQh0mDyt8YSgkR0fvLw56?si=EH0tu80UQmO8QIUNpxqZuQ

https://www.otaviocastro.com/

@http://otavio.catro.harmonica

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