Colégio GPI demite professores que cobravam salários atrasados

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O Colégio GPI demitiu via e-mail cerca de vinte professores que prestavam serviços para o colégio. Como a Gazeta informou ontem, os professores cobram salários referentes aos meses de julho e agosto.

Sem salários, os profissionais que já não tem nenhum tipo de segurança trabalhista já que não tem carteira assinada e nem contrato, ficam ainda sem saber o que vai acontecer.

Os salários sofreram diminuição a partir de março e apesar das promessas de pagamento, os atrasos começaram a acontecer.

Entenda o caso

Exclusivo: Professores denunciam salários atrasados no Colégio GPI

Os professores do ensino fundamental e do ensino médio entraram em greve exigindo o pagamento dos salários atrasados de julho e agosto.

Segundo um dos professores que não quis se identificar, com medo de represálias, o dono da escola Jorge Menezes Neto não cumpriu com suas obrigações trabalhistas, não pagou o salário integral de Março e atrasou os salários de julho e agosto

“Ele não nos pagou e isso só causa problemas e transtornos na nossa vida. Essa pandemia nos complicou, mas não pode prometer e não cumprir. É um absurdo. Dependo exclusivamente do GPI. Tenho família, preciso receber”

Segundo consta, para acabar com a greve ele chegou a dar 200 reais para os professores, que continuaram parados e que dava desculpas para não conversar com os professores

“Ele começava sempre com desculpas ‘meu celular vai descarregar” “estou dirigindo” , quando ia ao ponto dizia que o número de inadimplência é alto, mas que assinaria contrato com uma editora que adiantaria dinheiro e com isso ele conseguiria pagar nossos atrasados”

“Em Março não recebemos nada, em Abril e Maio não chegou nem a 25% e junho fizemos uma pressão grande para ele pagar. Ele deu para alguns 200 reais. Eu mesma recebi 70 reais. Quem vive com 70 reais um mês inteiro? Um absurdo”

Precariedade no material e falta de uniforme

Um dos professores conta também que os pais dos alunos pagaram por um material que por obrigação deveria ser dado pela escola: o chromebook. Os pais pagaram o valor de 1400 reais pelo aparelho e alguns sequer receberam. Uniforme também andou em falta na unidade. Os professores tiveram que produzir seu próprio uniforme

 

Professores trabalham sem carteira assinada e garantias trabalhistas

Também contou que os professores trabalham no colégio sem nenhuma garantia trabalhista, nenhum contrato, muito menos carteira assinada.

“No início do ano ele prometeu assinar nossa carteira até março. Mas aí veio a pandemia e ele adiou isso para junho, mas não cumpriu com a palavra”.

Indícios de fechamento da unidade

Menezes Neto estaria transferindo alunos para outros colégios com a pretensão de fechar ou vender a unidade Jardim Guadalupe, que assim como a unidade Jardim Guanabara, são de sua administração. As outras unidades do GPI como Tijuca e Duque de Caxias são franquias.

Ainda segundo consta, afirmam ter sofrido ameaça dos professores grevistas de demissão caso continuassem protestando.

Vale lembrar que o GPI possui 21 unidades, entre próprias e franquias, passou por crise na década de 2010 e chegou a ter apenas 44 alunos em 2015, tendo em 2017 adotado o modelo de franchising. O GPI em 2002 tinha uma das maiores redes de escolas particulares do Brasil e sendo a maior do estado.

O GPI surgiu em 1968 com a abertura do curso pré vestibular Perspectiva, no bairro de Cascadura. Em 1973 o curso Perspectiva compra o Curso Integral. Com a união surge o nome de GPI.

A Gazeta informou que o dono da escola, Jorge Menezes Neto já havia tido problemas quando foi parceiro do Vasco e do Flamengo e é muito amigo do ex-prefeito Eduardo Paes

Jorge Menezes Neto não quis falar

O diretor Amauri que ontem se apresentou como pai de aluno e disse que água informalmente na escola, hoje se apresentou como diretor do GPI, como informado por professores e não quis responder ontem se demitiria os profissionais.

Alguns dos professores relataram ameaças de demissão por parte de Amauri. Coincidência ou não, na noite de ontem, as demissões começaram a acontecer.

Hoje ao ser questionado, Amauri não quis responder as perguntas.

Ontem ele havia negado o atraso do mês de julho, admitido o de agosto mas que iria pagar no dia 30 de setembro.

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