Blog do Luiz Otávio: Brasileirão nem começou e já tem polêmica

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O Campeonato Brasileiro ainda nem começou, mas já tem a polêmica envolvendo os jogos programados pela Turner, e aí começo a temer por um Brasileirão sem TV. O que se agrava por estarmos em uma pandemia, por enquanto, com estádios sem público. A canetada do governo desencadeou uma bola de neve que pode gerar um atraso gigante.

Pela tabela, usando a MP do mandante, Turner incluiu entre os jogos que transmite do brasileiro: três do Flamengo como visitante em dez rodadas, além de dois do Vasco e clássico São Paulo e Santos. Advogados de clubes da Turner analisaram bem a questão.

A Turner se baseou na MP para programar jogos. Na primeira rodada, por exemplo, afirma que transmitirá Palmeiras x Vasco, já que o jogo é no Allianz, e tem contrato com o time paulista. Na terceira, exibirá o Flamengo.

Globo notificou a Turner para que ela não exiba jogos do Brasileirão com clubes que têm contrato com a Globo. A emissora promete entrar na Justiça se isso acontecer. 13 partidas com times da Globo foram escolhidas pela Turner. Guerra jurídica começou.

Aí obviamente que a “torcida organizada” dos dirigentes do Flamengo não entenderiam. O problema na venda de direitos está posto há muito tempo. A venda do mandante é melhor do que o sistema anterior, mas não deveria ter sido feito sem debate, atravessando contratos em vigor?

O melhor cenário sempre é o da negociação em bloco, com mais de uma opção de transmissão, inclusive, com clubes tendo possibilidade de negociar acordos individuais. Tem 40 anos que tá claro que o “cada um por si” só ajuda um e outro no Brasil.

A questão é que foi uma canetada de um dia para o outro. O Campeonato Carioca já ficou sem TV, imagina o Campeonato Brasileirão também ficar sem transmissão de TV?

A vigência dos contratos é um ponto e todos sabem que não é tão longa, então, poderia ser adequado gradualmente, inclusive por já existirem clubes que não estão cobertos, outros que poderiam rescindir.

Mas o fato é que o mercado se ajusta… Uma hora a mudança chega e períodos de adaptação são normais… Quando a Globo compra, ela não pode escolher não transmitir. E sem TV nenhuma, a Turner é contrato de TV fechada. Daqui a pouco, todo mundo vai ter o direito de alegar insegurança jurídica e quebrar contratos…

Mas, é claro que grande parte se explode para os pequenos. Mas se os contratos fossem por mais 20 anos, a regra muda só em 2040? Legalmente não é assim que funciona. Dito isso, acho que a melhor maneira é entrar pela Lei Geral do Esporte, muito mais eficaz e completa.

E os streamings?

Streaming não é TV. Nem todo mundo tem acesso à internet, e talvez nem todos os 20 clubes consigam gerar uma transmissão…

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