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Especialistas falam sobre tratamento para dependência do cigarro

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Especialistas lembram Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado segunda (29) e orientam sobre tratamento para a dependência do cigarro

Criado em 1986 o Dia Nacional de Combate ao Fumo inaugura a normatização voltada para o controle do tabagismo como problema real de saúde coletiva no Brasil e traz um importante alerta à população: Cigarro traz adoecimento e morte. Só para este ano, segundo dados do Ministério da Saúde, são estimados mais de 30 mil novos casos de traqueia, brônquio e pulmão. Fora outros tipos associados ao cigarro.


Luiz Henrique Araújo, Oncologista da rede Dasa, destaca a importância de alertar a população sobre o consumo do tabaco. “Eu gostaria de destacar os efeitos maléficos do cigarro sobre a saúde das pessoas, visto que ele está fortemente relacionado com diversos tipos de câncer e de doenças cardiovasculares, entre elas o câncer de pulmão, sendo ele o mais comum associado.

Porém, tumores da região da cabeça e pescoço e do trato gastrintestinal e até tumores como bexiga estão altamente relacionados ao consumo do cigarro”, alerta o Diretor Regional de Dasa Oncologia no Rio de Janeiro. Ainda de acordo com Luiz, outras formas de fumar tem se tornado mais populares, como mais recentemente o narguilé e os cigarros eletrônicos, que estão também fortemente relacionados a riscos. “É fundamental um alerta para as pessoas evitarem esse tipo de produto. Para quem não fuma e para os jovens, de modo que evitem o surgimento da dependência. Com o consumo de cigarro em queda, podemos reduzir as consequências de cânceres. Para pessoas que desejam abandonar o tabagismo, é importante informar que existe um tratamento para evitar e para auxiliar na cessação tanto na rede privada quanto na rede pública. Então pergunte a seu médico, pergunte no posto de saúde, sobre as possibilidades de tratamento para abandono do tabagismo”, orienta Luiz Henrique. Vale lembrar que no Brasil a venda do cigarro eletrônico é ilegal.

A médica Paula Bruna Araújo, Diretora Médica dos Laboratórios Lâmina, Bronstein e Sérgio Franco, que integram a Dasa destaca outros pontos importantes. “Datas como esta são oportunidades para destacar que o tabagismo é uma dependência que traz muitos malefícios para os indivíduos que fumam, e isso não se resume apenas às doenças pulmonares como a doença pulmonar obstrutiva crônica e o câncer de pulmão. Tabagismo também se associa ao aumento do risco cardiovascular, ou seja, aumento do risco de infarto e AVC (também conhecido como derrame)”, diz ela.


Segundo as orientações da médica, portanto, as pessoas que fumam devem ter acompanhamento médico e fazer alguns exames regulares que incluem desde exames de imagem pulmonar até os cardiológicos e exames laboratoriais, devendo se dar especial atenção aos níveis de colesterol. Isso porque indivíduos com o colesterol alto e que fumam, potencializam a formação das placas de ateroma, que são a fonte de obstrução de vasos sanguíneos (as artérias) e podem levar às doenças cardiovasculares.


“Mais importante do que apenas acompanhar a saúde as pessoas que fumam devem pensar seriamente em abandonar esta dependência e é importante saber que existem opções medicamentosas que podem ajudar as pessoas a abandonar o cigarro. Este tipo de tratamento está disponível tanto na rede privada quanto no Sistema Único de Saúde (SUS). Como endocrinologista, vejo muitos pacientes que referem ganho de peso quando estão tentando parar de fumar, e por isso reforço que essa tomada de decisão deve ser acompanhada de perto por um médico, porque nós temos meios de ajudar a minimizar os efeitos da abstinência do cigarro”, explica Paula.


“Então, aqui vai o meu recado para você que é fumante e que quer parar: procure ajuda. Quem ainda não pensou sobre isso, pense seriamente. Já que pode ganhar muitos anos de vida abandonando o tabagismo”, finaliza Paula Bruna Araújo.

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