Foto: Caminhoneiros bloqueiam a Rodovia dos Imigrantes, em São Paulo (SP), durante o quarto dia de greve – 24/05/2018 (Miguel Schincariol/AFP
Primeiramente venho pedir desculpas ao público que lê o Blog e que sempre espera alguma notícia ou algo atualizado aqui. Confesso que ando muito sem tempo, já que semana retrasada fiquei doente com uma gripe que me deixou mal a semana toda, já na semana passada sem tempo por conta do meu trabalho formal (não, não vivo do Blog óbvio) de 9 as 18 horas.. enfim.. ainda irei me adaptar a essa realidade mas não deu pra falar muito sobre os assuntos da semana e do dia a dia.
Falei sobre o passamento do mestre Alberto Dines porque não tinha como não falar, não tinha como deixar em branco isso, tratando se de um dos grandes mestres do jornalismo brasileiro.
Então voltamos a nossa realidade, apesar que foi amplamente divulgada em todos os jornais, veículos de imprensa e blogs por aí a greve dos caminhoneiros que afeta sem dúvida a vida de toda a população brasileira.
Mas acho que antes de tudo há uma série de erros, como por exemplo criminalizar os movimentos e os próprios caminhoneiros, como vi em postagens no Facebook e até mesmo na televisão mostrando a consequência da greve, provocando um caos no país.
Não há transporte, não há alimentação, não há nada que aguente um tempo de paralisação como essa. A mídia tem uma preocupação excessiva em mostrar isso, pra fazer a população pensar que os movimentos na verdade é que são culpados por isso.
Mas é preciso acima de tudo cobrar na origem do problema. O governo federal na sua política de preços da Petrobras faz com que ela se equipare ao preço do dólar, encarecendo o combustível, tornando um preço realmente muito caro, ou seja.. o erro vem desde o começo onde um preço como esse também provoca um caos, tornando a nossa gasolina a mais cara do mundo.
Não sei o que tem que ser feito mas é preciso que seja feita uma nova política de preços na Petrobras e negociando com os caminhoneiros uma saída que agrade a eles mas acima de tudo a população.
Vemos a cada dia más gestões da Petrobras, nossa maior estatal, desde o governo Dilma Rousseff, desastroso por si só.
Temer entrou e não conseguiu estancar a sangria como deveria. Pelo contrário, manteve o alto índice de desemprego, apesar de quedas na inflação e da taxa de juros, mas não adianta nada se ao chegar no mercado, o consumidor vê o quilo da batata a 30 reais.
O preço até do pãozinho nosso de cada dia tá mais alto.
A greve deve sim continuar caso o governo não encontre uma saída satisfatória.
Recuar agora sem uma saída mostra que o governo pode fazer tudo que quiser sem uma consequência.
Privatizar a Petrobras que é uma saída encontrada por muitos também não se sustenta porque não há concorrência de alto nível, que não garanta o preço baixo do combustível. Uma boa gestão pública ainda é uma saída.
Isso mostra como o governo Temer agoniza até o fim.
É uma lição para essa próxima eleição. Precisamos de um presidente preparado de fato que entenda as reais necessidades do país e não de um messias com soluções simplórias e aproveitadoras.