O nosso último Moicano

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O Hospital Municipal Ronaldo Gazolla (referência no tratamento de Covid-19), e todo o seu corpo médico, deram adeus ao “Último dos Moicanos”.

Adelino Gomes da Silva Filho, de 70 anos, era o último paciente internado com Covid-19 no hospital, ele recebeu alta na tarde desta segunda-feira (15).

Um guerreiro, que assim como no século 18, em meio à guerra entre franceses e ingleses no continente norte-americano, um homem branco criado pelos índios tentava defender a sua tribo dos ataques, seu Adelino Gomes, lutou contra o Covid-19, tentando se defender. Ele ficou internado durante três meses na unidade devido a complicações decorrentes do coronavírus. E como o Último dos Moicanos, ele venceu e, pela primeira vez desde o início da pandemia, o hospital não terá mais nenhum paciente internado com a infecção.

Existe uma luz no fim do túnel para todo mundo, essa frase reflete a confiança de quem enfrentou e venceu a Covid-19. Doença que já fez, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 6 milhões de mortos e infectou mais de 543 milhões de pessoas no mundo. Atualmente, o estado do Rio de Janeiro registra 106 casos de Covid-19 confirmados.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, a taxa de ocupação nas unidades de tratamento intensivo está em 29,9%. Já nas enfermarias, o percentual está em 16,6%. A fila para internações por Covid está zerada.

Se não fossem os médicos (as) e enfermeiros (as), não existiria o último paciente. Não poderia deixar de enaltecer esses guerreiros da medicina:

Tanta dor em ser um paciente, quanto medo em ser um médico, o paciente entre a vida e a morte e o médico entre a felicidade e a tristeza.

Alma sem algum corpo, meta sem algum topo, água sem algum copo, e por fim sem alguma esperança.

Hoje os sentidos não fazem sentido, entre a vida e a morte, ainda assim prefiro acreditar que morremos por permissão de Deus, ainda prefiro acreditar que continuamos vivos por permissão de Deus.

Não faz sentido, me molhar na chuva para me secar no sol. Não faz sentido
Morrer para nascer. Médicos e enfermeiros, salvem uma vida, vocês são heróis. Salvem 100 vidas, vocês serão heróis.

Ser médico/enfermeiro é colorir a vida de alguém sem usar lápis de cor. O médico/enfermeiro é o coração dos cuidados em saúde.

A medicina/enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes!

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