Crise? Funcionário fantasma ganha 1,7 mil por mês sem trabalhar na Prefeitura do Rio

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Enquanto tem gente que ainda não recebeu o 13° atrasado, enquanto tem secretário acabando com auxílio alimentação, os cargos comissionados e amigos do rei continuam fazendo a festa na Prefeitura do Rio. Agora tem até funcionário fantasma

Um funcionário da Secretaria Municipal de Ação Comunitária, da Prefeitura do Rio, alegou ser funcionário “fantasma” da pasta. André José de Oliveira contou ao RJ2 que, desde que foi nomeado, por indicação do secretário Pedro Paulo, não tem função definida, não trabalho um único dia, mas recebe R$ 1,7 mil por mês.


Segundo a reportagem, André afirmou que sua principal função é ficar à disposição do deputado para fazer política para aliados na região do Itanhangá, na Zona Oeste do Rio. “Eu só vou na secretaria para bater o ponto. Eu sou lotado na secretaria, fui nomeado, mas não trabalho. Sou fantasma. Eu tive a última vez na sexta-feira (6) para assinar o ponto”, contou o homem.

Ele foi nomeado pela Secretaria de Governo e Integridade Pública no dia 7 de abril para atuar na Subsecretaria de Ações Territoriais da Secretaria Especial de Ação Comunitária. Só que André diz que não trabalha.

“Eu não faço nada, não tenho função. Mas o dinheiro está na minha conta. Eu recebo e fico à disposição do secretário Pedro Paulo. Ele que determinou minha nomeação na secretaria, e eu fico à disposição dele para fazer política na rua”, disse André, que aparece em ato de campanha ao lado candidato a vereador Márcio Ribeiro (Democratas) e do deputado e futuro secretário de Fazenda.


Na denúncia ao RJ2, ele ainda contou que pediu para ser exonerado. “Eu já pedi para ser exonerado, inclusive estou nessa situação de fazer campanha para o deputado Pedro Paulo, mas ao longo do ano não faz nada. Só espero 2022. Só recebo dinheiro da Prefeitura e fico em casa”, explicou.

André afirmou que trabalha com regularização de prédios construídos ilegalmente e, durante a campanha, trabalhou sem receber. Para provar, ele ainda gravou um diário mostrando os horários que deveria estar no serviço.
“Se o prefeito sabe, eu não sei, mas o Pedro Paulo sabe. Eu já falei para ele que quero ser exonerado. Inclusive a minha exoneração eles não aceitam”, finalizou

MARLI E PEDRO PAULO

Em uma conversa com um funcionário da prefeitura de nome Leonardo Neves, a que o RJ2 teve acesso, André diz: “Por favor, veja com Marli e o Pedro a minha situação essa semana. Só preciso que Marli me desligue pra eu seguir minha vida”.

Marli é Marli Peçanha, secretária municipal de Ação Comunitária, a mesma que atacou moradores em remoções e é apadrinhada política de Paes

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Perguntado se sabe que receber sem trabalhar é crime, André diz que sim, e que guardou todo o dinheiro recebido para devolve.r

“Eu vou devolver, eu quero devolver, não sei como. Eu vou ao MP, quero devolver. Eu não quero dinheiro da Prefeitura. Claro que tenho um conflito ético, por isso que eu estou fazendo isso”, diz ele acrescentando ainda que não é o único fantasma da prefeitura.

A Prefeitura do Rio disse que André Oliveira trabalha, e que sua nomeação foi uma escolha da secretária Marli Peçanha. A prefeitura disse ainda que a função dele é realizar visitas em favelas e comunidades, participar de reuniões e articulações locais para atender demandas e levar serviços da prefeitura à população.

Pedro Paulo reagiu mal a reportagem e disse ter fotos e provas de que André de fato trabalhava para a prefeitura.

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