Morreu neste domingo, aos 69 anos, o jornalista, escritor e dramaturgo Artur Xexéo. Ele lutava contra um linfoma e estava internado na Clínica São Vicente, na Zona Sul do Rio.
Xexéo iniciou a carreira jornalística em 1975, como estagiário da editoria de Geral no Jornal do Brasil. Após trabalhar em redações de revistas em São Paulo, voltou para o JB em 1985, agora como subeditor do “Caderno B”, o seu suplemento cultural
Em 2001, Xexéo assumiu como editor do “Segundo Caderno”, no GLOBO.
Em 2010, ele deixou o cargo de editor e passou a se dedicar apenas à sua coluna no jornal, onde escrevia duas vezes por semana. Diariamente, conversava com Carlos Heitor Cony e Viviane Moss, na rádio CBN. Em 2015, ele se desligou do GLOBO, mas retornou como colunista um ano depois. Xexéo também foi comentarista da rádio CBN (RJ) e do Estúdio i, do canal GloboNews (RJ).
Xexéo narrou a vida de grandes damas da televisão em livros como “Janete Clair – A usineira dos sonhos” (1996), sobre a lendária autora de folhetins. Em 2017, ele publicou “Hebe: A biografia”, que conta toda a trajetória da irreverente apresentadora Hebe Camargo. Um personagem que a princípio parecia difícil de biografar, pois sempre se expôs muito, pensava Xexéo. Mas ainda assim o autor conseguiu encontrar ângulos surpreendentes, como as passagens sobre a insegurança da apresentadora.
Ele também lançou os livros “O torcedor acidental” (Rocco, 2010) e “Liberdade de Expressão” (Futura, 2003), com Carlos Heitor Cony e Heródoto Barbeiro.
Ricardo Abreu escreveu em seu Twitter:
“Que tristeza saber da morte do queridíssimo Artur Xexéo! Sempre, sempre atencioso e amoroso, quando nos falávamos. Que a cultura, sempre defendida e propagada por Xexéo persista e siga, por ele e para ele!
Obrigado por tudo”.
Linfoma é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, conjunto composto por órgãos (linfonodos ou gânglios) e tecidos que produzem as células responsáveis pela imunidade e vasos que conduzem essas células através do corpo.