domingo, maio 19, 2024

Grupo quer revitalizar a Praça Saens Peña trazendo de volta os cinemas de rua

RioGrupo quer revitalizar a Praça Saens Peña trazendo de volta os cinemas de rua

A Praça Saens Peña, o coração da Tijuca, poderá passar por uma grande revitalização urbanística. É o que sonha a Nova Tijuca – Associação Empresarial e de Moradores – em parceria com o Coletivo Cultural Faz na Praça, que uniram forças através de um ambicioso projeto, que deve ser apresentado a Prefeitura do Rio nos próximos dias.

A iniciativa apresenta propostas e soluções que viabilizassem uma melhor infraestrutura para toda região da Grande Tijuca, tendo a praça como ponto de partida. A recuperação de ruas, calçadas e espaços públicos, são algumas ações que integram o planejamento. Além disso, ações de plantio de árvores e parcerias com os agentes de segurança pública, como a Guarda Municipal e o Programa Segurança Presente estão no cronograma.

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A possível revitalização da área já teve, inclusive, uma parceria com a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ (FAU). Nos últimos anos, os formandos do curso apresentaram mais de 40 projetos, entre imagens 3D e maquetes para transformação arquitetônica e paisagista do trecho. A ideia seria expor esse material para que a população pudesse opinar nesses projetos.

Alguns deles podem ser acessados através do link: https://m.facebook.com/ai2atelierc/

A intenção dos idealizadores é estabelecer um diálogo com a prefeitura, cujo alguns projetos já foram entregues para o Prefeito Eduardo Paes, quando ele ainda estava em campanha no fim do ano passado, para saber o que é viável realizar na região, pensando, inclusive em reativações de espaços em outras área da Grande Tijuca. Uma reunião com o secretário municipal de Planejamento Urbano também está sendo agendada para discutir as ações.

O produtor cultural , Gustavo Colombo, uma das lideranças comunitárias da Tijuca e um dos envolvidos no projeto, diz que algumas questões menos complicadas já podem ser realizadas na área.

“Um projeto inicial que a gente já pensou é a questão da arborização. Uma coisa mais simples, mas que já tira um pouco da aridez da Praça Sans Peña, ela é um ambiente árido, não é um ambiente convidativo de convívio, como é, por exemplo a Afonso Pena e a Xavier de Brito [Outras importantes praças da Tijuca]. As árvores ajudam a dar esse ambiente um pouco mais agradável, isso é um passo inicial que já daria para resolver”, afirma Gustavo, que completa.

“Temos também uma proposta de mudança no trânsito, que é mudar um pouco o desenho das linhas de ônibus que passam as vezes dando duas, três voltas no mesmo lugar antes de seguir. temos a ideia de transformar o pedaço da General Roca, entre a Conde de Bonfim e Desembargador Isidro em rua de serviço, mundano o ponto de ônibus que tem ali, aumentando as calçadas e arborização, tornando um espaço mais atrativo. E claro, a proposta de ocupação cultural constante, até para atrair as pessoas. A gente pensa em ter uma campanha de atração de empreendimentos culturais e gastronômicos para a região para a gente aumentar o número de bares e restaurantes e aumentar a circulação de pessoas na região”.

Conheça a história da Tijuca

Iniciativa prevê a reabertura dos icônicos cinemas de rua da Tijuca

Um outro ponto importante do projeto, segundo Gustavo, e que certamente vai gerar muita nostalgia nos Tijucanos, é a reabertura dos famosos e icônicos cinemas de rua do bairro.

“É essencial, simbolicamente, comercialmente e culturalmente para a Tijuca, ter a reativação dos cinemas de rua na região. Seja o Tijuca Palace, que está fechado há mais de 30 anos, ali no Miguel Couto [Colégio], a gente já visitou o local duas vezes, é da família Valansi que é dona do cinema. A gente acha que poderia ser feito uma espécie de Imperator [Centro Cultural do Méier] ali pela Prefeitura. Assim como o prédio da Drogaria Pacheco, [da Praça Saens Peña], que ainda pertence ao Grupo Severiano Ribeiro, que é dono do Kinoplex. Quem sabe eles não poderiam fazer uma parceria com a prefeitura construir um prédio, tal como foi feito no Leblon ou no São Luiz, faria um complexo, com lanchonete restaurante e cinema no primeiro andar e em cima um prédio comercial. Se a prefeitura jogar junto e puxar esses parceiros, isso pode funcionar”, afirmou

E quem paga?

Sobre de onde saíram as verbas para todos esses investimentos, o presidente da Nova Tijuca, Jaime Miranda, diz que os projetos podem ser viabilizados através de parcerias público-privadas e créditos ambientais, quando uma empresa faz uma obra que causa algum tipo dano ao meio ambiente, ela destina uma verba para replantio de árvore ou outra ações nesse sentido.

“A parceria com empresas e instituições é muito importante. A associação, em parceria com outras empresas, ela adotaria a praça, a ideia é essa. A prefeitura tem as máquinas, os operários e o material e a gente entra com o que esteja faltando. A parceria pública-privada é isso, a Prefeitura já tem muita coisa lá, ela pode dispor, e o que não for possível, a gente busca na iniciativa privada, com um acordo para ver qual a contrapartida que eles terão por investir na revitalização da Praça Saens Penã”, diz, Jaime.

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