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Morre o ex-deputado Jorge Picciani

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Rio de Janeiro - O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani, devolve para o governo estadual medidas que constavam no pacote de ajuste fiscal proposto. (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Jorge Picciani, ex-deputado estadual do Rio de Janeiro, morreu (14) hoje. Ele tratava de um câncer no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, e tinha 66 anos. O falecimento foi confirmado pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), que divulgou nota lamentando a perda e informou que irá decretar luto de três dias.

“A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro lamenta profundamente a morte do ex-deputado e ex-presidente da Casa, Jorge Picciani. A Casa foi informada oficialmente do falecimento no início da manhã de hoje pela família de Picciani, que presidiu a Alerj por três mandatos. O presidente da Casa, André Ceciliano, ofereceu as instalações do Salão Getúlio Vargas para o velório, que deve acontecer no início da noite desta sexta-feira”, diz nota da Assembleia Legislativa.

Carreira política

O pecuarista Jorge Sayed Picciani foi eleito pela primeira vez para a Assembleia Legislativa (Alerj) em 1990, sendo reeleito quatro vezes, presidindo a instituição de 2003 a 2010. Em 2010, concorreu ao Senado, mas não foi eleito, voltando para a Alerj na eleição de 2014 e também à presidência da Assembleia Legislativa. Filiado ao então PMDB desde 1995, foi presidente estadual da legenda.

Em novembro de 2017, Picciani foi preso na Operação Cadeia Velha, por participar de um esquema de propina no setor de transportes do estado, e novamente em novembro de 2018 na Operação Furna da Onça, acusado de participar de esquemas de corrupção do ex-governador Sérgio Cabral.

Jorge Picciani deixa a esposa, Hortência, e cinco filhos. Entre eles, os também políticos Leonardo Picciani, que foi deputado federal e ministro do Esporte de Michel Temer, e Rafael Picciani, que exerceu mandatos de deputado estadual, tendo sido secretário de Transportes da prefeitura do Rio de Janeiro e de Habitação do Estado.

Amigo e parceiro Eduardo Paes lamentou

Eduardo Paes (PSD), lamentou a morte de Picciani. “Sempre tive com ele uma ótima relação”, disse o prefeito, que foi correligionário de Picciani no MDB até 2018. “Especialmente, (quero) abraçar a família dele, os filhos dele, a mulher dele. É uma pena que a gente tenha a morte de uma pessoa ainda muito jovem. Teve um processo muito difícil.”

Em 2018, Paes apoiou Picciani

Dados mostram que o comitê de campanha de Eduardo Paes (DEM) fez doações para a campanha de Leonardo Picciani (MDB), filho do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani. Ao todo, o candidato recebeu neste ano R$ 1.928. Além disso, no primeiro mandato de Paes na prefeitura do Rio, Leonardo Picciani ocupou a Secretaria de Estado de Habitação. Em 2011, foi substituído por seu irmão Rafael Picciani (PMDB). Em 2014, já no segundo mandato de Paes, Rafael voltou à administração municipal: assumiu a pasta dos transportes.

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