Copacabana, Lagoa, Tijuca, Vila Isabel, Barra e Rocinha continuam com risco alto da Covid, mas prefeitura estende para toda a cidade

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A prefeitura do Rio decidiu manter o alerta de risco alto em todo o município, apesar da maioria dos bairros ter apresentado queda relevante no nível de contágio. Das 33 regiões administrativas, 27 passaram de risco alto para moderado, segundo boletim divulgado nesta sexta-feira. Apenas seis regiões apresentam risco alto na cidade: Copacabana, Lagoa, Tijuca, Vila Isabel, Barra da Tijuca e Rocinha.

Na semana passada, todas as regiões administrativas foram avaliadas com risco alto. A taxa de letalidade da covid-19 na cidade também caiu de 9,2 pra 5,7. O boletim da Prefeitura do Rio também indicou que as filas por internação na Rede SUS do Rio de Janeiro está zerada.

Três cepas também foram identificadas: Uma mulher de 36 anos foi contaminada com a variante britânica (B.117), ela mora na Freguesia, Zona Oeste do Rio; um homem de 40 anos residente em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, foi infectado com a variante brasileira (P1), assim como um morador de Copacabana de 30 anos.

O prefeito Eduardo Paes repreendeu a constatação de que justamente a área mais nobre da cidade manteve-se com risco alto de contágio.

“A absoluta maioria da cidade foi para risco moderado. As áreas de risco alto são as mais ricas da cidade. Tem setores da nossa cidade agindo com enorme irresponsabilidade. Se as pessoas saudáveis do Rio, com mais condições, continuarem achando que a vida é uma festa, eles vão sair das suas festinhas e vai ter alguém idoso, hipertenso em casa que pode ir a óbito. Gostaria de flexibilizar (as medidas restritivas) nas áreas mais pobres que demonstraram mais responsabilidade, mas vamos manter assim por causa da nova cepa”, afirmou o prefeito nesta sexta-feira.

Reparem que são as áreas mais ricas da cidade é que estão com risco alto. Esse quadro é uma demonstração de que há setores da nossa cidade agindo com enorme irresponsabilidade. O sujeito que pega a porcaria do BRT lotado do jeito que tá, o trem, tá em risco moderado. Caso todas as pessoas saudáveis do Rio, que vivem nas áreas nobres da cidade, continuem agindo como se a vida fosse uma festa, depois vão infectar alguém com comorbidade em casa. Não é admissível que nas áreas mais nobres a gente continue com essa irresponsabilidade — disse o prefeito.

Com exceção das RAs V (Copacabana), VI (Lagoa), VIII (Tijuca), IX (Vila Isabel), XXIV (Barra da Tijuca) e XXVII (Rocinha), todas as demais regiões da cidade já teriam condições de passar para a faixa moderada. No entanto, com a mudança no cenário após a identificação de um caso da variante B.1.1.7 (britânica) e três da P1 (originária em Manaus/AM), esta última com maior potencial de transmissão, torna-se necessário reforçar os cuidados e as medidas de prevenção. A Secretaria Municipal de Saúde intensificou as ações para a ampliação da rede hospitalar, garantindo que a fila por leitos permaneça zerada.

– A gente já tem a circulação do vírus na cidade, da cepa P1. Ainda não tem estudo sólido que comprove uma maior gravidade ou transmissibilidade. Na dúvida, para não correr riscos, vamos manter as medidas restritivas e o risco alto. Qualquer tipo de alteração nos números, se a gente não conseguir reduzi-los vai precisar aumentar as medidas restritivas em bairros da Zona Sul e na Barra – disse o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

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