Após a justiça decidir pela volta da cobrança do pedágio na Linha Amarela, a indignação da população chegou ao deputado Dionísio Lins, Transportes da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Ao Jornal O DIA, ele afirmou:
“Não dá para aceitar o retorno da cobrança de R$ 7,50 tanto na ida quanto na volta. Isso é um verdadeiro assalto! Estamos passando por um momento de recessão histórico, e a população não pode ser penalizada. A cobrança desse valor para ligar um bairro ao outro não tem cabimento, um exemplo é a ponte Rio Niterói, que liga dois municípios com um valor de R$ 4,50 em sentido só”, explicou o parlamentar.
Dionísio afirma ainda que caso a prefeitura insista na cobrança, que é a ideia da secretária Maina Celidônio, a comissão entrará com ação no Ministério Público pedindo a imediata redução do valor.
Prefeitura diz que quer voltar com pedágio menor na Linha Amarela
A disputa entre a prefeitura e a Lamsa se arrasta na Justiça há mais de um ano. Em outubro de 2019, o então prefeito Marcelo Crivella anunciou um rompimento unilateral de contrato com a Lamsa, para que a prefeitura passasse a administrar a Linha Amarela. No dia 27 daquele mês, o prefeito ordenou que as cancelas fossem derrubadas com o auxílio de retroescavadeiras. No dia seguinte, a Justiça ordenou que o pedágio voltasse a ser cobrado, e que a gestão da via voltasse às mãos da concessionária.
Dias depois a prefeitura retomou a administração, mas a Justiça devolveu o comando da via expressa à Lamsa. Depois disso, foram pelo menos quatro derrotas da prefeitura até que o presidente do STJ, ministro Humberto Martins, autorizou a Prefeitura do Rio a retomar a administração da Linha Amarela. Em novembro, a concessionário recorreu, mas o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, negou o pedido pela devolução da concessão da via.