A Prefeitura do Rio anunciou uma nova fase da vacinação. Ela agora vacina atualmente profissionais de saúde com 60 anos ou mais, com a devida comprovação, que atuam na cidade nas redes pública e privada nas seguintes categorias:
assistentes sociais;
biólogos;
biomédicos;
enfermeiros;
farmacêuticos;
fisioterapeutas;
fonoaudiólogos;
funcionários do sistema funerário que tenham contato com cadáveres potencialmente contaminados;
médicos veterinários e seus respectivos técnicos e auxiliares;
médicos;
nutricionistas;
odontólogos;
profissionais de educação física;
psicólogos;
terapeutas ocupacionais.
O grupo da nova fase de vacinação soma cerca de 66 mil pessoas, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
Desde quarta-feira (27), estão sendo usadas tanto a CoronaVac quanto a vacina de Oxford/AstraZeneca. O vacinado receberá a dose que for oferecida, não podendo escolher.
Até o dia 3 de fevereiro, esses profissionais deverão procurar uma das 236 clínicas da família e centros municipais de saúde para tomar a vacina.
Descarte de doses no Rio
Funcionários de uma Clínica da Família localizada na Zona Oeste do Rio denunciaram ao Jornal O DIA que ao menos cinco doses da vacina de Oxford/AstraZeneca serão descartadas nesta quarta-feira por falta de uso e outras doses podem ficar inutilizadas nos dias correntes. O motivo é a ausência de público para a vacinação, já que apenas profissionais de saúde com 60 anos ou mais podem ser vacinados com o imunizante britânico neste momento.
Cada frasco do imunizante do Reino Unido é capaz de vacinar até dez pessoas. Uma vez aberto, o material precisa ser usado em até seis horas ou perde a validade. Um profissional, que preferiu não se identificar, relatou que, até às 13h20 desta quarta-feira, apenas cinco pessoas tinham ido à unidade de saúde para serem vacinadas. Para complementar o uso deste único frasco da vacina, outras cinco pessoas precisariam comparecer ao local.
“Está todo mundo revoltado aqui. Nossa orientação é para não dar a dose para o próximo da fila, que seriam os idosos que não são profissionais da saúde. Recebemos a ordem de jogar fora”, disse o funcionário da clínica.
A Secretaria municipal de saúde respondeu a matéria dizendo que: “a recomendação é de que as unidades se programem para utilizar todas as doses do frasco no período orientado pela fabricante. Neste primeiro dia de vacinação, todas as unidades receberam centenas de pacientes desde o início da manhã, não tendo motivos para a não utilização das doses até o final dos frascos.”
A pasta relatou ainda que “ao final do dia, pode acontecer de haver um número menor de pacientes na unidade e sobrar algumas doses no frasco. Neste caso, para evitar desperdício, está excepcionalmente indicada a aplicação em outros profissionais da própria unidade, mas essa situação deve ser realizada sob supervisão, para garantir que de fato se tratem de doses excedentes à demanda do dia. Com a altíssima procura neste primeiro dia de vacinação dos profissionais de saúde com 60 anos ou mais, não houve relato de desperdício de doses por este motivo”.