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Não deixe o futuro repetir o passado, eu mudei e você pode mudar também

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Minha vida mudou muito nos últimos anos. Eu mudei muito nos últimos anos. Mudei sem oferecer a menor resistência. Mudei sem me surpreender com as mudanças. Elas simplesmente apareceram, aconteceram, me invadiram e se instalaram. Então, eu finalmente me senti em casa dentro de mim mesmo. E hoje, mais do que nunca, sinto que não devo nada para ninguém. A gente demora demais para se livrar de pesos e culpas. Mas um dia, finalmente, a gente acorda. E descobre que tem uma vida inteirinha pela frente.

Não foi mágica, apenas uma mudança consciente de foco. Troquei de canal para levar minha vida pra passear um pouco. Para soprar algumas nuvens. Para respirar melhor. Ao permitir que o pensamento se dissipasse, abri espaço para mudar meu sentimento. O problema continuava no mesmo lugar; eu, não.

Durante toda a minha vida muitas pessoas passaram por mim dia após dia, mas somente algumas destas pessoas ficarão pra sempre em minha memória, estas pessoas são ditas amigas e as levarei pra sempre em meu coração. As vezes pelo simples fato de terem cruzado a minha vida, as vezes pelo simples fato de terem dito uma única palavra de conforto quanto eu precisei, as vezes por terem me dado um minuto de sua atenção e me ouvido falar de minhas angústias, medos, vitórias e derrotas. As vezes por terem confiado em mim e me contado também os seus problemas, seus medos angústias e vitórias, isso é ser amigo é ouvir é confiar é amar e amigos de verdade ficam pra sempre em nossos corações. Assim como as pegadas na alma que são indestrutíveis. À você meu amigo, a você que é tão especial e importante para mim, eu amo você e sua amizade para mim tem um valor enorme e nada que eu possa dizer a você pode ser tão especial o mais significativo que a sua amizade.

Ninguém passa pela minha vida sem que eu perceba sua presença ou passagem, Já me enganei algumas vezes, até chorei pelo que nunca me acrescentou em nada, mas reconheço todas as perdas como algo que me fizeram crescer e ser o que sou hoje. Aprendi, que o tempo passa, e a gente esquece aquelas pessoas que só nos magoaram…o tempo passa a gente cresce e amadurece! E hoje, para mim estas pessoas não fazem a mínima diferença.

Mudei. Mas sei que não vou conseguir “zerar” esse assunto, mas o termo macaco é um termo racista, que machuca uma parte da população pelo tanto de preconceito que vem carregado com ele. Não deve ser usado nem como brincadeira. Dito isso, se há amizade entre as pessoas, se há carinho, o caminho deve ser o de educar e ensinar. Nunca o de destruir.

CONFESSO que eu já usei termos racistas, já fui homofóbico. É a educação social que recebemos e que muitas vezes nos faz repetir (até para ser aceito no grupo). Felizmente aprendi e hoje faço diferente. Todos podem melhorar e evoluir. Não se pode descartar um ser humano por um erro.

Não se deve falar isso nem brincando, mas vamos ser honestos…quem nunca foi chamado de “viado”, “negão” ou “macaco” sem ser em tom ofensivo? Os amigos estavam brincando entre si, tudo bem, afinal, não quero aqui pautar o tom de brincadeira de ninguém! Acho que o ideal é não usar o termo numa roda de amigos. Como eu falei, já fiz também. Parei.

Se admitimos que o racismo é estrutural e estruturante, ou seja, que ele não é apenas uma reminiscência ideológica da escravidão, mas um sistema de poder contemporâneo que articula as relações interpessoais, coloniza o imaginário social (campo simbólico) e domina as instituições econômicas, políticas e jurídicas, este é um caminho inescapável para quem se ocupa de elaborar estratégias de emancipação social de cunho antirracista.

Reconhecemos que os nossos passos fazem parte de uma caminhada ancestral que antecede a todos e todas que estão aqui. Os registros de resistência que constituem essa trajetória remontam aos quilombos, atravessam os saberes populares construídos nos terreiros, nas rodas de samba, nos afoxés, nas periferias, nos bailes funks, nos slams, na literatura de cordel etc e as elaborações do(a)s incansáveis pensador(a)es da questão racial, em seus trânsitos e intercâmbios ao longo do Atlântico negro.

Adeus 2020… Feliz 2021!

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