Empresária se reinventa após a morte do pai na pandemia

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Alessandra Trautmann procura forças para superar perda do pai, morto pela covid-19, e as adaptações para seguir com sua ‘joalheria’.

A Covid-19 provocou uma mudança significativa na vida e nas perspectivas das pessoas. As coisas pioram quando perdemos alguém que amamos e convivemos. Ainda mais quando este é um dos nossos pais. Perder alguém para essa doença maldita é motivo de deixar a gente sofrer pelo resto da vida.

O caso que vamos contar é de sofrimento sim, mas de muita luta e disposição para seguir em frente. Alessandra Trautmann tem 50 anos e dedicou 23 deles ao mundo das joias. Nascida no Rio de Janeiro, ela convive com as vendas desde pequena, por causa do seu pai, o empresário Sérgio Antônio Pereira Coelho.

Quando era jovem, Sérgio Antônio vendia as famosas enciclopédias Barsa, de porta em porta. E, de vendedor, tornou-se o fundador da Editora Sagres, sediada na Rua México (Centro do RJ), empresa que geriu por 25 anos. Até que, em um dado momento, decidiu deixar a editora e se dedicar a outra paixão: o ouro. Com isso passou a comercializar joias. Ramo para o qual convidou a filha a atuar e em que trabalhou até os últimos dias de sua vida.

Sérgio foi mais uma das vítimas da Covid-19, em setembro passado, aos 79 anos de idade.

Mas seu legado e garra permanecem nas lembranças e, por isso, Alessandra prossegue.

“Meu pai era um visionário e foi um exemplo para todos nós. Por isso, apesar da dor imensa e da saudade avassaladora, vou seguir, porque sei que era o que ele esperava, já que sempre confiou em mim”, diz emocionada.

E assim ela segue com foco e muita fé. Sua força de venda, antes em contato com os clientes na chamada venda direta, hoje está na internet e nas redes sociais. Até ai tudo bem, porque, com a pandemia, esses são os canais comuns a todos.

Mas o diferencial da Trautmann Joias está no produto que entrega. Todas as joias, segundo a empresária, são confeccionadas com pedras naturais, de cores e formas diferentes, o que confere as peças, um ar ‘exclusividade’.

“Gosto que minhas clientes comprem o que eu gostaria de comprar e usem o que eu gostaria de usar. Isso me motiva e me faz bem.Pois fazer com que se sintam valorizadas e únicas é nosso objetivo, nosso diferencial”, diz ela, ao ressaltar que procura vender o que, realmente tem em estoque, outro ponto positivo para a marca.

“Como trabalhamos com internet, procuramos atender aos nossos clientes com o máximo de celeridade. Por isso, tudo o que postamos, temos em estoque. Acreditamos que, nada melhor do que receber o que se comprou dentro do prazo. Afinal, quando compramos, criamos expectativas sobre a compra e queremos recebê-la logo, certo. Nós fazemos isso”.

O nome da sua marca também tem um significado muito especial para Alessandra. Trata-se do sobrenome e uma homenagem ao marido, Sérgio Murilo Trautmann, com quem é casada há 24 anos, e ao sogro, Walter Trautmann, que, segundo ela, sempre foram homens visionários e trabalhadores, como seu pai.

“Nome é identidade e eu me identifico muito com esses homens, que sempre estiveram a frente do seu tempo, trabalhando e buscando, com seriedade, integridade e amor, construir algo que pudesse gerar frutos permanentes. A Trautmann Joias vende mais que joias, mas alegrias, realizações e sonhos”, conclui.

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