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Após anos trabalhando na área têxtil, Luci Marçal agora investe no seu próprio ateliê

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*Após anos trabalhando na área têxtil, ela investe no próprio Ateliê de roupas femininas*

_Luci Marçal decidiu abrir, ao lado do marido, seu próprio negócio. Uma semana depois ela é pega de surpresa pela pandemia do novo coronavírus

Luci Marçal desenvolveu o amor pela costura cedo. Sua mãe é modelista e costureira e, juntas, as duas passavam semanas na produção de vestidos de noiva e festa. Com o surgimento de oportunidade para atender esse nicho, a mãe da jovem começou a trabalhar para outros fornecedores, enquanto Luci foi estudar a área têxtil. Formada, atuou por anos em diversas empresas do ramo, no Rio de Janeiro. Na última companhia, era responsável desde o início do desenvolvimento do produto até a entrega final para o cliente. Em 2019, veio à notícia de que os donos da empresa iriam desmobilizar alguns setores do qual era responsável.

“Eles iriam refazer toda a logística e enviar a operação para um serviço terceirizado participei desse processo de desmob. Mas nesse meio tempo, comecei a pensar na opção de abrir um próprio negócio ou trabalhar para outra empresa. Conversei com o Sérgio, meu marido, a respeito e ele me apoiou logo de cara na questão de empreender. Temos a mesma formação, então logo iniciamos o projeto do que seria futuramente o Atelier Luci Marçal”, comenta Luci.

Já decididos em abrir o próprio negócio, Sérgio conheceu a Nação Empreendedora logo no início da comunidade levou-a para um encontro. Ela conta que foi um dos maiores presentes que o marido deu. Eles participaram da alcateia no Rio de Janeiro e logo se integraram à Nação. Convidada a participar de uma mentoria com o Alexandre Guerra e o Eduardo Pires, a empresária comentou sobre os planos do Atelier e pediu conselhos para o negócio. De imediato, os fundadores apoiaram a ideia e participaram ativamente de todo o processo de abertura.

“Foi uma experiência maravilhosa. Ter a presença deles nesse projeto foi um privilégio, porque fomos com a ideia e eles abriram o caminho. Tenho conhecimento na área de moda e produção, mas a ajuda deles na parte de administração foi ímpar”, relembra.

No começo deste ano, a empresária concluiu o ciclo da antiga empresa para então cuidar dos últimos detalhes da abertura do Atelier Luci Marçal. O lançamento do espaço ocorreu em março, com uma coleção de moda capsula que foi um sucesso entre os clientes e os familiares do casal. Mas uma semana após a inauguração, veio a surpresa: foi decretado o fechamento do comércio no Rio de Janeiro em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

“Tínhamos contratado quatro pessoas e estávamos dando os primeiros passos. Ficamos aflitos e com medo de perder todo o nosso investimento. Logo no início de abril fui fazer uma mentoria com os fundadores para conseguir lidar com o momento. Foi uma montanha russa porque planejamos algo em uma semana e na outra, todo o programação caiu por terra e foi necessário repensar em tudo. A ajuda dos fundadores e membros da Nação Empreendedora foi essencial para nos dar o suporte durante a crise”, conta.

Com o negócio todo voltado para alfaiataria com modelos para o público feminino, Luci precisou refazer todo modelo operacional do atelier e buscar contratos com centro hospitalares. Fizeram alguns protótipos e conseguiram um cliente que encomendou 10 mil aventais, mas problemas com o fornecimento da matéria prima fez a entrega das peças atrasarem e o pedido foi cancelado. Com um estoque cheio, precisaram prospectar novos consumidores.

“Em nenhum momento pensamos em desistir. Sergio e eu trabalhamos por semanas, dia e noite sem parar. Era um período de muitas expectativas, até que conseguimos um cliente que, com o contrato firmado, ajudou a manter nosso caixa. Conseguimos vender todos os aventais e ainda tivemos mais demanda desse produto. Apesar de toda a incerteza, fechamos o Atelier só por 15 dias e agora, seguindo todas as recomendações de segurança, estamos retomando todos os nossos atendimentos”, explica.

Com os clientes em isolamento social, Luci teve a ideia de lançar uma coleção “homewear”, baseado na necessidade das mulheres de ficarem em casa, mas ainda se vestirem bem e com conforto. A divulgação, feita de forma on-line por meio de lives, foi um sucesso. A empresária ainda mantém, em paralelo, a produção de peças para proteção hospitalar, porque é um faturamento que tem ajudado no caixa do Atelier. Mas para o futuro, os projetos estão bem encaminhados, inclusive, ela acaba de fechar uma parceria com uma plataforma de marcas de vestuários.

“Eles fizeram contato comigo para participar de um projeto de incubadora. Tem sido uma via de mão dupla, eles entram com o investimento e produções e a gente com projetos. Comentei com o diretor deles que a minha expectativa é ser a maior fornecedora do grupo em alguns anos. Uma vez ouvi uma blogueira comentar que para uma empresa de moda ser reconhecida como uma das melhores do país, ela precisa ter clientes no Norte e Nordeste e isso me marcou. Então pretendo levar meu negócio para essas áreas e tornar ele necessário nessas regiões”, comenta.

A empresária conta que a participação da Nação Empreendedora desde quando o Atelier Luci Marçal era um embrião foi o que tornou muitos dos processos possíveis. “Fazer parte dessa comunidade junto com o meu marido e saber que os fundadores estão lá por nós é importante, porque ser empreendedor não é fácil, mas com eles abrindo o caminho, esse percurso fica mais simples”, finaliza.

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