Neste sábado (3), a candidata pedetista percorreu áreas das regiões oeste e norte e conversou com moradores e usuários do sistema de saúde
A delegada Martha Rocha, candidata à prefeitura carioca pela Coligação “Unidos pelo Rio” (PDT – PSB), comentou os resultados da pesquisa Ibope que apontaram empate técnico na segunda posição, dentro da margem de erro, entre ela e o atual prefeito.
Martha avalia, que neste início de campanha, o índice de rejeição deve ser observado, porque demonstra o grau de insatisfação do eleitorado. A pesquisa apontou que 57% dos eleitores não votariam, de jeito nenhum, em Marcelo Crivella, enquanto 32% não escolheriam, de forma alguma, Eduardo Paes. O índice da pedetista é um dos menores entre todos candidatos e candidatas.
— A campanha está só começando. Por isto, eu queria pedir aos cariocas que conheçam nosso plano de ação, que visitem nossa página, para conhecer exatamente o que a gente está planejando para a Cidade do Rio de Janeiro.
Ela ressaltou o quesito “rejeição” apontado pelo Ibope:
_ Eu quero destacar que as duas pessoas, que já estiveram na Prefeitura da nossa cidade, têm altos índices de rejeição. Isto demonstra que o carioca está pensando em uma outra via. E eu quero dizer que tenho coragem para ser esta outra via que a cidade tanto precisa, para que o carioca ande de cabeça erguida.
À tarde, Martha Rocha, que preside a comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, foi até a entrada do Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, zona oeste, para ouvir a população e verificar pessoalmente as condições precárias da unidade, que sofreu um princípio de incêndio na última quinta-feira (1).
Segundo ela, a situação da saúde pública carioca é um dos principais motivos para o alto índice de rejeição dos últimos prefeitos da cidade.
— O que acontece no Hospital Municipal Lourenço Jorge é o exemplo do que acontece na saúde pública de nossa cidade. A imagem que temos dos hospitais é de idosos largados em maca, aguardando a internação. Da falta de insumos, da falta de medicamentos, da fila de espera de um ano para se fazer uma consulta, uma cirurgia ou um exame. Isto tudo traduz a má gestão e o descaso da Prefeitura com a saúde pública. Convido você a conhecer o nosso plano de ação. Nós vamos fortalecer a rede de atenção básica, vamos instituir o prontuário eletrônico, vamos dar transparência ao Sistema de regulação. Vou criar uma comissão de monitoramento e acompanhamento dos contratos, dos gastos e do atendimento na saúde pública de nossa cidade — defendeu a candidata, em conversa com usuários da rede municipal de saúde.
Ela lembrou que a unidade é a maior em emergência da região, atendendo cerca de dez mil pessoas ao mês.
— Esta semana, um curto-circuito foi registrado neste hospital. Em 2015 um fato semelhante. Em 2018, um incêndio provocou a morte de pacientes. Queria chamar a atenção para os dados da Comissão de Saúde da Câmara dos Vereadores. Das 329 unidades de saúde da rede municipal, apenas 22 têm certificado de Aprovação do Corpo de Bombeiros. Portanto, 90% das unidades de saúde colocam em risco a vida dos pacientes e dos profissionais de saúde. A saúde pública no município vem sofrendo.
Mais, cedo, Martha Rocha caminhou pelas ruas do bairro onde mora, na Tijuca, zona norte, e conversou com moradores e comerciantes. No calçadão da Rua Conde de Bonfim, em frente à Praça Saenz Peña, ruas sujas e infraestrutura urbana precária.
— Eu vivo na Tijuca há 19 anos e o que acontece aqui é o que está acontecendo em toda cidade. O Rio de Janeiro, que já foi o mais belo cartão postal do Brasil, hoje reflete o abandono e a desordem. A nossa proposta para a cidade do Rio de Janeiro é estimular a geração de emprego e renda, aproveitar nossa economia criativa, apostar em tecnologia e, sobretudo, investir na educação. Nós vamos resgatar o projeto dos Cieps.
