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Secretário de educação Pedro Fernandes é preso por corrupção na Fundação Leão XIII. Cristiane Brasil é procurada

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O secretário Estadual de Educação, Pedro Fernandes, foi preso na manhã desta sexta-feira no condomínio Península, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. A ex-secretária Cristiane Brasil, filha do ex-deputado Roberto Jefferson, também teve um mandado de prisão expedido na operação de hoje.

O secretário deve cumprir prisão domiciliar porque apresentou um laudo que aponta que está com covid-19.

Pedro é acusado de chefiar um esquema de corrupção dentro da Fundação Leão XIII, durante o governo Sergio Cabral e Pezão, quando comandou a pasta estadual de Assistência Social. O montante desviado seria de R$ 17 milhões. Pedro Fernandes recebia cerca de 20% de propina, segundo investigadores.

Entre os serviços oferecidos pela Fundação, que teriam sofrido desvios no contrato, estão cirurgias, exames de vista e doação de óculos.

Cristiane foi secretária de Envelhecimento Saudável da Prefeitura do Rio na gestão de Eduardo Paes e chegou a ser nomeada ministra do Trabalho no governo Temer, mas teve a posse suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF)

Em nota Cristiane afirmou

“Tiveram oito anos para investigar essa denúncia sem fundamento, feita em 2012 contra mim, e não fizeram pois não quiseram”, disse. “Mas aparecem agora que sou pré-candidata a prefeita numa tentativa clara de me perseguir politicamente, a mim e ao meu pai.”

“Em menos de uma semana, Eduardo Paes, Crivella e eu viramos alvos. Basta um pingo de racionalidade para se ver que a busca contra mim é desproporcional. Vingança e política não são papel do Ministério Público nem da Polícia Civil”, emendou.

Presos na operação

Pedro Fernandes, secretário estadual e ex-presidente da Fundação Leão XIII;

Flavio Salomão Chadud, empresário;

Mario Jamil Chadud, ex-delegado e pai de Flavio;

João Marcos Borges Mattos, ex-diretor de administração financeira da Fundação Leão XIII.

Pedro já era investigado

Na primeira etapa, em julho de 2019, a Polícia Civil do RJ e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam sete pessoas suspeitas de fraudar licitações da Fundação Estadual Leão XIII, da qual Fernandes foi presidente. Ele já era investigado aquela altura.

Com o aprofundamento das investigações na Leão XIII, a força-tarefa afirma que o esquema incluiu órgãos da Prefeitura do Rio, na gestão Eduardo Paes, chefiados por Cristiane Brasil — a Secretaria Municipal de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida e a Secretaria Municipal de Proteção à Pessoa com Deficiência.

Os contratos sob investigação, firmados entre 2013 e 2018, custaram quase R$ 120 milhões aos cofres públicos. O MPRJ afirma que sobre os serviços contratados eram cobradas vantagens indevidas que variaram de 5% a 25% do valor acertado.

Além de expedir cinco mandados de prisão e seis de busca e apreensão, a Justiça aceitou a denúncia do MPRJ e tornou 25 pessoas rés.

A primeira fase da Catarata mirou o projeto social assistencial Novo Olhar, que oferecia consultas oftalmológicas e distribuição de óculos para população de baixa renda.

A Controladoria-Geral do Estado (CGE) detectou a ocorrência de fraudes em quatro pregões eletrônicos entre 2015 e 2018, na Fundação Estadual Leão XIII. O MPRJ afirma que as concorrências foram vencidas fraudulentamente pela Servlog-Rio.

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