A Secretaria Municipal de Saúde do Rio determinou abertura de uma sindicância para apurar o caso do paciente Paulo Cesar dos Santos Oliveira, de 52 anos. Ele estava internado desde o dia 25 de junho, no hospital municipal Salgado Filho, no Méier, com suspeita de coronavírus. No dia primeiro de julho ele morreu, mas a família só teve conhecimento nesta quarta-feira (19) e acusa a unidade de informar o óbito cerca de 50 dias depois.
Tainara Souza dos Santos, filha de Paulo, disse que só descobriu a morte do pai porque precisou levar o irmão ao hospital. “Eu tive que trazer meu irmão, porque ele tem problemas respiratórios, aí através disso eu falei, vou dar uma olhadinha no meu pai. Mas, chegando aqui, cadê o homem?”.
Por meio de nota, a direção do Salgado Filho disse que foi enviado um telegrama para a família de Paulo no mesmo dia do óbito comunicando o falecimento do paciente. Ainda de acordo com o hospital, o telegrama é enviado somente quando a unidade não consegue fazer contato por telefone com os familiares.
O corpo de Paulo Cesar dos Santos Oliveira foi enterrado dia cinco de agosto, um mês e quatro dias após a morte, porém, a família não sabe por quem Paulo Cesar foi enterrado. Ele foi sepultado no cemitério de Inhaúma, na Zona Norte.
A direção do hospital também investiga se houve algum reconhecimento do corpo. Na manhã desta quinta-feira (20), a família foi até o hospital para conversar com o serviço de assistência social na tentativa de entender o caso, em seguida, eles pretendem registrar a ocorrência na Polícia Civil.
