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Pandemia paralisou o mercado de turismo

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Recuperação pode ser lenta

Pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis ABIH (ABIH Nacional), realizado entre os dias 10 e 16 de junho, com a hotelaria independente de todo o País, mostra que os hotéis brasileiros devem retomar suas atividades entre julho e setembro, conforme a região e impactos da pandemia.

O cenário, no entanto, não é dos mais otimistas e pode complicar ainda mais se nada for feito. No momento, de um modo geral, 95% dos estabelecimentos hoteleiros estão com as suas atividades paralisadas em boa parte das unidades da federação.

A expectativa é que a retomada seja lenta, porém, gradual. Na china, logo após a primeira onda da pandemia, o turismo recobrou-se numa faixa de 35%. Entretanto, a prorrogação da pandemia como ocorre no Brasil pode afetar profundamente a confiança do turista.

Neste caso, o cenário americano fica mais próximo do nosso.

Estudos realizados pela STR e pelo Tourism Economics preveem uma melhoria lenta e gradual. A projeção de demanda para 2020 que era de menos 45%, melhorou para o patamar de menos 36,2%. Porém, os níveis baixos de ocupação e a alta competitividade entre os hoteleiros, além de descontos nas tarifas, complicam a situação. Neste cenário projeta-se levar até cinco anos para alcançar a tarifa média diária de pré-pandemia.

É difícil prever o cenário brasileiro, porém, no efeito sanfona da pandemia, deveremos ficar entre os dois mundos já citados. A retomada baixa, porém, positiva da china e o mercado negativo dos Estados Unidos. O resultado estará diretamente ligado ao tratamento dado à pandemia e o socorro ao setor de turismo.

Um ponto importante detectado pela pesquisa americana é a relação entre inexistência de aumento na curva de casos de covid-19 e aumento da intenção de viajem pelos turistas.

Assim, é fundamental que os governos mantenham recuperação do setor sem percalços, proporcionando um aumento da confiança dos turistas e consequentemente o crescimento da média de ocupação.

No mercado americano a pesquisa detectou que isto só ocorrerá plenamente em 2023. Torcemos para que no Brasil seja bem diferente.

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